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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

já não sinto medo, amor…







Já não me deito nas acácias do teu corpo

nem me visto, nas giestas dos teus braços

onde o bosque se calou na solidão, amor.



Abraça-me, sinto frio…



As violetas que colho nos teus olhos

calam-me a dor minguante,

em pequenos cristais de sal, melodiosos



Já não sinto medo,



Corto com a lâmina de vidro, os glaciares

de velas,

que velam por mim,

num jardim de gerberas perfumadas,

aromas de nós, ainda desconhecidos.



Aceita-me, como uma açucena,

despe-me pétala a pétala

até que o caule encontre,

a raiz de um poema só nosso.



Conceição Bernardino
blog Amanhecer & Palavras ousadas

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo...