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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O uno duplo

Os secretos ornamentos do pudor, adoração
de íntimas árvores e de um dorso sem estrelas,
aliança soberba de dois seres numa árvore,
deus semelhante ao sossego do mar e das montanhas,
as mãos na obscena fenda da terra incendiada,
a língua na glande e nos cabelos verdes,
o rio nas ancas, silencioso ciclone,
a volúpia da mão sobre as pernas de vespa,
o palácio do púbis, a negra arquitectura,
argila e ar e luz de uma floresta natal,
o êxtase de ser duplo sobre a língua da terra.

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