AVISO
OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"
Este blogue está aberto à participação de todos.
Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.
Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.
Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.
domingo, 18 de setembro de 2011
ALGARVE - A antiga governadora civil do Algarve regressa ao lugar de professora.
Na manhã de 13 de Setembro, os alunos do 5ºC da Escola Básica 2,3 Eng. Nuno Mergulhão, em Portimão, entraram na aula de Matemática, sem saberem que a sua professora é uma cara bem conhecida na região. Nervosos por ser o primeiro dia de aulas de um novo ciclo escolar, os estudantes desconheciam igualmente que Isilda Gomes, a sua professora, também estava a assinalar um dia marcante na sua vida: o regresso à profissão de docente, depois de 14 anos dedicados à política.
A única mulher que ocupou o cargo de Governadora Civil do distrito de Faro recomeçou assim o seu percurso como professora, numa escola conhecida por ter muitos alunos oriundos de bairros sociais. “Sou efectiva nesta escola há 10 anos e nunca quis mudar. O meu empenhamento é igual e estou preparada psicologicamente para o que vou encontrar. Sinto orgulho em estar nesta escola, ainda por cima, quando o patrono é o saudoso Nuno Mergulhão”, confessa Isilda.
Troca de experiências
Os cargos políticos ocupados nestes 14 anos de afastamento do ensino foram muitos: desde deputada, a Governadora Civil, Isilda Gomes, passou pela vice-presidência da Câmara de Portimão e foi ainda a primeira coordenadora distrital do Projecto «Vida», no Algarve, e delegada regional do Instituto do Emprego e Formação Profissional.
“Estou no ensino, como na política: quero prestar um serviço público. Levo a minha experiência adquirida noutros cargos para a escola e recebo todo o saber dos meus colegas que têm trabalhado nesta área nos últimos anos”, explica Isilda Gomes.
Neste sentido, a professora de Matemática começou a mexer-se logo que chegou e já está envolvida em vários projectos, juntamente com outros professores.
“A educação no Algarve está bem e recomenda-se”
Isilda Gomes deu aulas durante 18 anos, antes de deixar as escolas, e, neste momento, vê algumas diferenças e outras coisas que ainda não mudaram. “As aulas são muito mais bem preparadas agora. No entanto, a carga burocrática que cai sobre os professores também é muito maior. Penso que deve haver um meio termo. Já a participação dos pais continua a ser insuficiente”, frisa a antiga Governadora Civil, que afirma que “não vale a pena estarmos a interiorizar regras que depois não são seguidas em casa”.
Todavia, para Isilda Gomes, “a educação no Algarve está bem e recomenda-se”. “Temos professores e responsáveis muito trabalhadores que se dedicam à causa”, diz, lamentando, no entanto, a extinção do cargo de director regional de Educação. “Preocupo-me com a centralização, quando lutamos pela regionalização. As delegações passam a ser meras caixas de correio. Confesso que também havia tendência para o centralismo no meu Governo, mas sempre lutei contra isso”, refere.
OBSERVATÓRIO DO ALGARVE
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário