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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Morreu Davy Jones, ex-membro dos Monkees

Quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012



Morreu  Davy Jones, ex-integrante dos Monkees

Morreu nesta quarta-feira (29/02/2012), na Flórida, o actor e cantor inglês Davy Jones, que ficou famoso ao participar, entre 1965 e 1970, no grupo pop The Monkees, criado para uma série de TV homónima. Segundo o seu agente, Jones, que tinha 66 anos, sofreu um ataque cardíaco fulminante enquanto dormia, segundo o site especializado em celebridades TMZ.
Jones nascera em Manchester, na Inglaterra, em 30 de dezembro de 1945, e começou a actuar aos 11 anos, participando de séries e novelas da BBC. Embora tivesse interrompido a carreira aos 14 anos para se tornar jóquei, pois era muito baixo, ele voltou aos palcos em 1962, numa montagem do musical “Oliver!”. O papel abriu as portas para o jovem actor, que apareceu no prestigiado “Ed Sullivan Show” no mesmo dia da lendária apresentação dos Beatles. Em seguida, assinou contrato com o estúdio de TV americano Screen Gems e chegou a gravar um disco, que não fez muito sucesso.


Em 1965, a Screen Gems decidiu produzir uma série de TV da esteira do sucesso do filme “A Hard Day′s Night”, dos Beatles. “The Monkees” mostrava um conjunto fictício vivendo aventuras que, embora inocentes e recomendáveis para todas as idades, já traziam elementos do psicadelismo que dominaria a cena musical e cultural dos EUA. Quatro jovens foram seleccionados para “o grupo”, Michael Nesmith, Peter Tork (ambos também músicos e considerados bons instrumentistas), Micky Dolenz e Jones.
A série tornou-se um enorme sucesso, e o grupo chegou a gravar discos e a fazer shows. A situação levou a que um jovem aspirante a cantor inglês também chamado David Jones ter adoptado o nome artístico David Bowie para não ser confundido com o então mais famoso o homónimo dos Monkees.
A série (e, por conseguinte, o grupo) chegou ao fim em 1970. Davy Jones então embarcou numa carreira a solo que rendeu mais cinco discos, sendo dois lançados apenas no Japão. Além de participar esporadicamente de séries de TV, ele chegou a apresentar-se com os antigos colegas em diversos shows de retorno dos Monkees.

Fonte: Agência O Globo /  Diario de Pernambuco 

Bordel da Mouraria precisaria de 'novo enquadramento legal'

29 de Fevereiro, 2012
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, disse hoje que para criar na Mouraria uma «safe house», um bordel para a prática de sexo seguro sem lenocínio, seria necessário um «novo enquadramento legal».Segundo o Jornal de Negócios, uma das propostas incluídas no Programa de Desenvolvimento Comunitário da Mouraria (PDCM) - um documento que foi elaborado por cerca de 40 associações que trabalham na zona e entregue este mês à Câmara de Lisboa - é a criação de uma «safe house» em 2013, um bordel para a prática de sexo seguro sem a prática de lenocínio, dado que seria gerido por uma cooperativa de prostitutas.
Questionado à margem de uma reunião de câmara, António Costa confirmou que esta é uma proposta incluída no PDCM e que está a ser estudada pela autarquia, mas referiu que para avançar iria necessitar de um «novo enquadramento legal».
O autarca indicou que esta proposta foi avançada pelas Irmãs Oblatas, que desenvolvem «um trabalho muito relevante no apoio a prostitutas», considerou, e que trabalharam no PDCM.
Também uma das directoras da Associação Renovar a Mouraria confirmou à Agência Lusa que esta foi uma das propostas incluídas no PDCM entregue este mês ao executivo liderado pelo socialista António Costa.
«Ao aprovarmos o programa na totalidade e ao fazê-lo chegar ao executivo, estamos intrinsecamente a apoiar esta proposta», disse Filipa Bolotinha.
A directora da associação apoiou a primeira fase do projecto, que prevê que as associações da zona tentem encontrar formas alternativas de vida para as prostitutas da Mouraria e a sua respectiva associação numa cooperativa: "Parece-nos bem», referiu.
Filipa Bolotinha escusou-se a fazer mais comentários, referindo que a área de intervenção da Renovar a Mouraria não passa pelo acompanhamento e apoio a casos de prostituição.
Também António Costa não prestou mais esclarecimentos.
Lusa/SOL





  • Marinho Pinto: «Fechar tribunais é um convite à justiça pelas próprias mãos»

O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, criticou hoje a proposta do Governo para a reforma judicial, considerando que fechar tribunais no interior do país é «um convite a que as pessoas façam justiça pelas próprias mãos».

«A partir do momento que os tribunais encerrarem nas zonas do interior, isso é um convite a que as pessoas façam justiça pelas suas próprias mãos. Está reconhecido unanimemente que os tribunais, enquanto símbolos da soberania nacional, têm que estar presentes e não pode haver extensões enormes de território sem a presença da Justiça», disse o bastonário.
Marinho Pinto falava aos jornalistas à margem de uma reunião na sede da Ordem dos Avogados, em Lisboa, com os 47 municípios que deverão ficar sem tribunais no âmbito da reorganização judicial, a maior parte deles provenientes do interior do país.
Os municípios e a Ordem de Advogados anunciaram que vão solicitar audiências com o Presidente da República, com o primeiro-ministro e com a presidente da Assembleia da República, para mostrar o «descontentamento» relativamente à proposta para a reforma judicial.

Marinho Pinto pede ao Ministério da Justiça para que «seja mais sério e mais rigoroso», justificando que os dados apresentados pelo Governo para sustentar a proposta não estão corretos. Por isso, o executivo propõe, segundo o bastonário, encerramento de tribunais que cumprem o mínimo exigido de 250 processos anuais.

O bastonário adiantou que «não se trata de nenhuma guerra» com a ministra da Justiça e que o que move a Ordem dos Advogados é «encontrar as melhores soluções para as populações».

«Não admitimos o encerramento de tribunais em nenhuma comarca. Encerrar tribunais é uma má política. Os tribunais não são para dar lucros», disse.

Marinho Pinto e o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Rui Solheiro, adiantaram aos jornalistas que uma das propostas para a reforma administrativa que resulta desta reunião passa por apostar na deslocalização dos magistrados às comarcas em vez de encerrar tribunais.

«Uma proposta que nos parece simples e que até já funciona nalguns sítios do pais é o funcionamento agregado dos tribunais. Quem se desloca são os magistrados e não as populações e nós podemos evitar que milhares de pessoas se desloquem dezenas de quilómetros para esses tribunais», referiu Rui Solheiro.

«Estamos abertos a soluções, mas não estamos abertos é a ver a Justiça sair dos nossos territórios e de junto das nossas populações», acrescentou.

O novo mapa judiciário vai estar «no terreno» em 2013, mas as alterações a adotar serão definidas até 31 de julho deste ano, lê-se no despacho da ministra da Justiça publicado a 20 de fevereiro em Diário da República.

Resultará de reuniões de um grupo de trabalho para «recolher um conjunto o mais alargado possível de opiniões e contributos», integrando o Conselho Superior da Magistratura, Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, Conselho Superior do Ministério Público ou a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Depois de concluída a auscultação pública, «através da realização de reuniões individuais» com estas entidades, o que deverá acontecer até 15 de março, será preparado um «Anteprojeto de Organização Judiciária», a apresentar até 15 de abril, corporizando as bases da nova estrutura judiciária.
Diário Digital / Lusa





Prémio de 983 mil euros para Bairrão

Bernardo Bairrão, que em Junho de 2011 abandonou a TVI para ser secretário de Estado, o que acabou por não se concretizar, saiu da estação com um prémio de 983 mil euros.)
Hugo Real


A informação consta do Relatório de Governo da Media Capital, ontem divulgado, que informa ainda que ao prémio acresce um salário de 276 mil euros, num total superior a 1,25 milhões. Ao CM, Bairrão diz que não se trata de um prémio pela saída, mas por objectivos alcançados desde 2006. Contactada, a Media Capital não fez comentários.
O documento revela ainda que Bairrão vai receber este prémio em duas tranches de 491 582 euros, uma paga em 2011 e outra este ano. Em 2011, 0 administrador Miguel Gil ganhou 415 mil euros (99 mil de prémio), Juan Herrero 330 mil e Rosa Cullell, que substituiu Bairrão, 132 mil. Miguel Pais do Amaral, presidente não-executivo da empresa, recebeu 170 mil.
CM

Ai Mouraria










foto album Alvaro Roxo



Amália Rodrigues
Ai, Mourariada velha Rua da Palma,onde eu um diadeixei presa a minha alma,por ter passadomesmo ao meu ladocerto fadistade cor morena,boca pequenae olhar trocista.
Ai, Mourariado homem do meu encantoque me mentia,mas que eu adorava tanto.Amor que o vento,como um lamento,levou consigo,mas que ainda agoraa toda a horatrago comigo.
Ai, Mourariados rouxinóis nos beirais,dos vestidos cor-de rosa,dos pregões tradicionais.Ai, Mourariadas procissões a passar,da Severa em voz saudosa,da guitarra a soluçar.

E agora algo diferente, completamente, mesmo





E agora algo diferente, completamente, mesmo


A verdade é que na vida real as histórias raramente terminam como nas outras, aquela coisa do viveram felizes para sempre é mentira, ninguém vive feliz para sempre, nem sempre, a felicidade é uma coisa que nos escorrega nos dedos que por vezes temos e não damos conta, sei lá, fui feliz milhares de vezes, por momentos, por horas, por dias, por meses, há coisas que me fazem feliz mesmo em dias maioritariamente tristes, complicados ou difíceis, geralmente são coisas pequenas, um abraço, um chá quente quanto está muito frio, os bagos de romã descascados numa tigela pela minha avó quando eu regressava da escola, o cheiro a biscoitos no forno, os cheiros bons de uma maneira geral fazem-me feliz, canela, jasmim, sândalo, laranja, bebés, terra molhada, mar, sem ordem preferencial conforme as estações e o estado de espírito, os sorrisos e os risos, claro, a agitação de e a efervescência, de um projecto, de outras coisas, a paz, a calma, também, fui feliz quando era pequena, enquanto crescia e agora já mulher, portanto também não é da idade, fui feliz apaixonada e de coração completamente livre, o contrário também é verdade, fui feliz com joelhos esfolados e com meias de senhora, fui feliz com pouco e com muito, acho que sou tremendamente feliz por períodos ocasionais, rápidos, inesperados, fátuos, mas sou feliz, nem sempre, nem para sempre, de vez em quando.
Ana Porfírio

AURORAS BOREAIS E OUTROS FENÓNEMOS DA NATUREZA- VEJA (7) MARAVILHOSOS VÍDEOS)


AS FLOREIRAS DO ANTIGO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE FARO

Malfadado, triste foi o destino
famigeradas floreiras que custaram uma " mina "
uma ideia " brilhante " do José Vitorino
própria do Marquês da Campina

(este é um exemplar dos que adornam a cidade de Faro)





Afinal havia esgotos Tóxicos a envenenar as Aguas da Docapesca em Olhao!

IPTM já avançou com ligação de esgotos que viabilizará fábricas no Porto de Olhão

A obra de construção de um ramal de saneamento, que irá permitir às duas novas fábricas instaladas no Porto de Olhão começar a laborar, já está em curso e deverá estar concluída em menos de um mês. Esta solução é provisória, mas deixa já parte da intervenção final feita e permite às unidades produtivas trabalhar sem restrições, a partir do momento que estejam concluídas.
O diretor da delegação do Sul do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) Brandão Pires confirmou ao Sul Informação que as obras estão em curso há poucos dias e que custarão «pouco mais de 20 mil euros», como já se previa.
Quando, há cerca de mês e meio, estalou a polémica em torno da falta de condições de saneamento básico para que as fábricas inseridas no porto de Olhão pudessem obter as licenças necessárias para operar, Brandão Pires já havia avançado a possibilidade de se avançar para uma solução provisória, mais barata.
O impasse esteve ligado, disse então o diretor do IPTM no Algarve, ao facto de a obra definitiva custar cerca de 200 mil euros, verba que, apesar de estar inscrita no orçamento de Estado de 2011 e 2012, acabou por nunca ser liberada.
O IPTM avançou, desta forma, com uma intervenção de ligação do Porto à rede de saneamento básico pública da Câmara de Olhão bem menos pesada, mas que resolve o problema no curto prazo. Além disso «a parte mais importante da obra fica já feita», faltando depois preparar a rede interna de saneamento do porto de Olhão para aguentar um maior volume de esgotos.
Além das duas fábricas novas, uma da Companhia de Pescarias do Algarve (CPA) já há muito concluída e outra da empresa Freitas-Mar, em fase de conclusão, serão ligadas a esta rede todas as unidades que já existiam e que neste momento deitam os seus efluentes diretamente para a Ria Formosa.
Noticia retirada do Sul Informação on line.
Nota do Olhao Livre: Durante anos andamos a alertar em vários artigos esse crime,como pode ver aqui já em 2010 do que se passava na Docapesca em Olhão, a CMO fez orelhas moucas e chamava-nos mentirosos, e aprovou a construção de unidades industriais, sabendo que não havia rede de esgotos onde ligar esses esgotos industriais.
A presidente da ARH, Valentina Calixto, dizia desconhecer esse esgoto, e dizia que eram descargas pontuais,como se pode ver em mais este artigo do Olhao Livre.
Os sucessivos directores do PNRF a quem foram feitas inúmeras queixas nem tugiram nem mugiram pois foram lá colocados para não abrir a boca, perante os crimes cometidos contra o ambiente na Ria Formosa .
Os Capitães de Porto que passaram por Olhão também devem ter as orelhas a arder pois tantas vezes foram chamados ao local do crime,mas a unica coisa que fizeram foi colocar as queixas num sitio bolorento onde aí, se perderam.
Parece, que esse esgoto vai ter um FIM, mas e os responsáveis, vão ficar sem julgamento????? E os prejuízos que causaram ao ambiente, e em quem faz da Ria o local de trabalho.
Será Portugal um estado de direito onde se vê que houve um crime cometido,contra o ambiente durante anos, e agora uma obra de 20 000€ apaga tudo???
Mas este não é o único esgoto Tóxico em Olhão sem tratamento, pois basta ir, na maré vazia, ao T, local de embarque para as ilhas da Armona Culatra e Farol ,e verificamos que existem lá 2 esgotos Tóxicos sem tratamento a despejar para o porto de abrigo de Olhão também da responsabilidade do IPTM, só que esses esgotos são da responsabilidade da CMOlhão, e sabemos que a CMOlhão desde há décadas que nada faz para acabar, com esse crime, que diariamente é cometido contra a ZPE da Ria Formosa, e contra quem trabalha na Ria Formosa.
Na Marina de Olhão também da responsabilidade do IPTM acontece isso diariamente,mas parece que nem com um Hotel de 5 Estrelas construído lá em frente o presidente da CMO e o vereador Carlos Martins ,pretendem acabar com mais este crime cometido pelos esgotos Tóxicos despejados pela CMO para a ZPE da Ria Formosa.
Até quando perguntamos Nós??????? Responda quem souber, ou então façam , como tem feito até aqui, continuem a poluir, pois a lei em Portugal protege os detentores de cargos públicos, nestes crimes contra o ambiente e contra a Ria Formosa.
É caso para perguntar se perante tais crimes, cometidos à vista de todos,e sem que ninguém seja chamado à Justiça,se Portugal é mesmo um país de direito?


BPN: Estado tem de emprestar mais 300 milhões

Acordo entre Governo e BIC está a ser analisado pelas autoridades europeias de concorrência
O Governo e o BIC acordaram, durante o processo de negociação de venda do BPN, que o Estado português vai garantir ao banco luso-africano uma almofada de liquidez de 300 milhões de euros. Um empréstimo concedido pela Caixa Geral de Depósitos à taxa Euribor, sem spread (margem do banco), escreve o «Público».

Este acordo está a ser analisado pelas autoridades europeias de concorrência por suspeita de que possa configurar ajuda pública ao grupo financeiro.

A tranche de 300 milhões destina-se a ser utilizada caso a carteira de depósitos que vai ficar no BPN/BIC se reduza para garantir que o rácio de transformação de créditos em depósitos ultrapasse o limite de 120%, valor exigido pelo Banco de Portugal.

O contrato prevê que a carteira de depósitos do BPN a transferir para o BIC Portugal ronde 1,7 mil milhões de euros, enquanto a carteira de créditos será à volta de 2,25 mil milhões, o que garante os 120%.

O acordo entre a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e o presidente do BIC, Luís Mira Amaral, prevê ainda outra linha de liquidez, no valor de 400 milhões de euros, relacionada com uma emissão de mil milhões de euros de papel comercial do BPN, subscrita pela CGD, que o BIC assumiu.


SÉRGIO GODINHO, "Liberdade"


Saúde

Seguro alerta para “eventual desgraça” e quer solução para transporte de doentes

29.02.2012 - Lusa

“É altura de o primeiro-ministro não se desculpar”, diz o líder do PS“É altura de o primeiro-ministro não se desculpar”, diz o líder do PS (Foto: Nuno Ferreira Santos)
 O líder do PS, António José Seguro, alertou nesta quarta-feira para uma “eventual desgraça” relativamente ao transporte não urgente de doentes, reclamando uma solução do Governo para que “nenhum português fique privado de chegar com vida a uma unidade de saúde”.

“Estamos nas vésperas de uma eventual desgraça que possa existir no que diz respeito ao transporte de doentes”, considerou o secretário-geral do PS, durante uma visita ao quartel da corporação de bombeiros de Avis, no distrito de Portalegre.

António José Seguro visita nesta quarta-feira vários concelhos daquele distrito alentejano, no âmbito do Roteiro em Defesa do Interior do PS – levou já Seguro, na semana passada, aos distritos de Bragança, Guarda e Vila Real.

Na deslocação a Avis, a primeira iniciativa para este dia na região de Portalegre, Seguro aproveitou para chamar a atenção para as dificuldades financeiras de várias corporações de bombeiros, devido aos cortes no transporte de doentes.

“Já há muito tempo que os bombeiros de Avis transportam doentes gratuitamente”, afirmou, explicando que as pessoas, que têm “poucos recursos financeiros”, vêm do médico sem que lhes seja passada a respectiva credencial.

“É altura de o Governo, de uma vez por todas, encontrar uma solução para que nenhum português fique privado de chegar com vida a uma unidade de saúde”, exigiu o líder socialista.

Segundo o secretário-geral do PS, o Governo deve “perceber, de uma vez por todas, que tem que ouvir as populações, tem que ouvir os bombeiros e tem que encontrar uma solução que não ponha em causa a vida das pessoas”. “Com a saúde das pessoas não se brinca”, disse, argumentando também que, “no interior de Portugal, os portugueses são duplamente penalizados com esta situação”.

Passos é “apaixonado pela austeridade”

O secretário-geral do PS acusou, por outro lado, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de ser “um apaixonado pela austeridade”, defendendo ser altura de “não se desculpar” com o anterior Governo socialista e “assumir as suas responsabilidades”.

O líder socialista foi ainda questionado sobre as recentes palavras do Presidente da República – em entrevista à rádio TSF, Cavaco Silva considerou ser “impossível impor mais austeridade” a um conjunto de portugueses mais vulneráveis –, afirmando: “Há muitos meses que digo isso.”

“É altura de o primeiro-ministro não se desculpar e assumir as suas responsabilidades. Há mais de oito meses que governa o país”, frisou. As declarações de Seguro surgem depois de, na terça-feira à noite, em Setúbal, o primeiro-ministro justificar que o Governo foi obrigado a aplicar mais medidas de austeridade para atingir os objectivos do défice para 2012 porque a situação era pior do que dizia o anterior Executivo.

“Se precisámos de ir mais além para chegar aos mesmos objectivos, é porque o nosso ponto de partida não era aquele que nos tinha sido comunicado pelo anterior Governo. Era muito pior”, afirmou Pedro Passos Coelho.

O secretário-geral do PS referiu que, “há muitos meses” e em cada debate quinzenal na Assembleia da República, tem dito ao primeiro-ministro que “a receita que ele escolheu” para Portugal colocou o país “num caminho errado”.

“Há uma alternativa, um outro caminho”, mas “o primeiro-ministro é um apaixonado pela austeridade”, acusou o líder socialista, garantindo que defende “a prioridade ao emprego e ao crescimento económico”.

“Os resultados para os portugueses [das políticas do Governo PSD/CDS-PP] estão à vista. É a política do 'custe o que custar' do actual primeiro-ministro”, criticou. Só que “o 'custe o que custar' do primeiro-ministro dá nisto: mais desemprego e menos economia”, considerou ainda Seguro.



Crise

“É impossível impor mais austeridade”, diz Cavaco Silva

29.02.2012 - Lusa

Cavaco Silva critica líderes europeusCavaco Silva critica líderes europeus (Foto: Nelson Garrido)
 O Presidente da República defende que “é impossível impor mais austeridade” a um conjunto de portugueses mais vulneráveis, “a que agora se chama novos pobres”, e afirma que “é preciso olhar às pessoas”.

Em entrevista à rádio TSF, divulgada hoje, Aníbal Cavaco Silva disse que “as medidas não têm em conta as especificidades” dos grupos sociais atingidos por elas, sublinhando que não se refere apenas aos pensionistas quando fala em portugueses mais vulneráveis, mas a quem “é impossível impor mais austeridade”. Famílias, sobretudo as endividadas e aquelas que sofreram cortes abruptos nos rendimentos, e também micro empresários preocupam o chefe de Estado.

Quanto ao programa de apoio externo, Cavaco Silva disse acreditar que Portugal não vai precisar de um segundo resgate, mas sublinhou que o cumprimento do programa imposto pela troika não garante um regresso aos mercados.

Ainda sobre a crise, e numa perspectiva europeia, o Presidente da República criticou a actuação dos líderes europeus e o seu posicionamento em relação às agências de rating.

“De facto surpreendo-me como é que 27 líderes europeus se deixam condicionar, e até chantagear, por três agências de rating norte-americanas”, considerou também o Presidente na mesma entrevista à TSF, pedindo ainda uma regulamentação para as agências que garanta “mais transparência”