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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Câmara do Seixal desmente revista «Visão»


Atividade durante da Festa do Avante

A Câmara Municipal do Seixal desmente e rejeita o teor e conteúdo da informação avançada pela revista «Visão» sobre o apoio prestado à Festa do Avante! e afirma que sempre prestou a colaboração necessária à sua melhor realização, no quadro das suas atribuições, e sempre após deliberação em reunião de câmara.
Realizada na Quinta da Atalaia, freguesia de Amora e concelho do Seixal, desde 1990, a Festa do Avante! tem contribuído de forma indiscutível para a promoção do concelho no plano nacional e internacional. 
A Câmara Municipal do Seixal sempre prestou a colaboração necessária à sua melhor realização no quadro das suas atribuições, quer no ordenamento do trânsito, na facilitação da mobilidade das várias centenas de milhares de visitantes, na regulação da venda ambulante,  do estacionamento e circulação automóvel, no relacionamento com os moradores na vizinhança do recinto, assegurando o bem-estar de todos, principalmente dos munícipes do concelho. 
A Câmara Municipal do Seixal colabora com a Festa do Avante! desde 1990, aliás a exemplo de outras autarquias, como a Câmara Municipal de Lisboa. Esta colaboração é sempre deliberada em reunião de câmara, tendo sido sempre aprovada sem qualquer voto contra, e na maior parte das vezes até por unanimidade. 

(Consulte a deliberação da reunião de câmara de novembro de 2017, referente aos apoios prestados em 2018.)
Importa ainda referir que sempre que existem iniciativas no concelho que o justifiquem, como tendo sido o caso das Festas Populares do Concelho do Seixal, as comemorações do 25 de Abril, eventos desportivos, a Aldeia Natal do Seixal ou o Sunset Party da MTV, é solicitado o envolvimento de trabalhadores da autarquia de diferentes serviços para prestarem apoio logístico em diversas áreas, consoante as necessidades, implicações e exigências externas que os eventos em questão colocam na organização e regulação do espaço público. 

A título de exemplo, nas festas populares do concelho, o município do Seixal tem necessidade de recorrer a trabalhadores das mais diversas áreas para assegurar alguns dos serviços de apoio.
Documentação:
Deliberação da reunião de câmara de novembro de 2017, referente aos apoios prestados em 2018


www.cm-seixal.pt

Cavalheiros da Banca



Rafael Barbosa | Jornal de Notícias | opinião

É uma história recorrente na literatura, incluindo a de cordel. O mesmo no cinema, qualquer que seja a proveniência. O personagem aproxima-se da roleta, ou senta-se a uma mesa de póquer. Aposta e perde. Percebe que vai ter um problema em casa. 

Levanta-se e sai?

Nada disso. Continua a apostar o que tem e sobretudo o que não tem. Alguém pagará a conta. Mas isto é na ficção. Na vida real, não há baralhos em salas escuras e fumarentas, nem casinos clandestinos, nem olhares perdidos, nem mulheres fatais. É coisa de cavalheiros em fatos impecáveis, instalados em gabinetes bem iluminados e com ar condicionado.

Pelo menos é o que diz o Banco Central Europeu, fonte mais do que autorizada, uma vez que faz parte do clube. Diz o BCE que quando a crise financeira apertou, os cavalheiros da Banca fizeram as contas aos milhares de milhões que emprestaram sem garantia de retorno. Cortaram no crédito? Nada disso. Sem cigarro ao canto da boca, mas porventura com um bom copo de uísque de malte, apostaram as fichas todas em negócios que já só tinham lixo para dar. Sabiam que alguém pagaria a conta. Não se enganaram. Entre 2008 e 2017, o Estado injetou 17 mil milhões de euros na Banca.

Tendo em conta que, quando toca a pagar, o Estado somos nós, foram 1700 euros por cabeça. É isso mesmo, se tem uma família de cinco, contribuiu com 8500 euros. Seja porque lhe cobraram mais impostos, cortaram no salário, reduziram o subsídio de desemprego, deixaram de pagar abono de família, seja porque não consegue consulta com um médico de família, quanto mais marcar uma cirurgia. A Caixa Geral de Depósitos foi só um dos casinos.

Como ontem disse o Ronaldo das Finanças aos deputados, houve "um problema generalizado de gestão de risco no sistema bancário". Uma maneira cavalheiresca de dizer que houve um grupo de bandidos que, ao longo dos últimos anos, nos assaltou. E ainda cobraram comissão. Já agora, alguém sabe o que acontece quando o crime compensa? Conto essa história daqui a dez anos...

*Chefe de Redação



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O ponto da situação da ofensiva imperialista em diversas zonas do mundo


Entrevista com Atilio Borón

Uma importante entrevista em que é feito o ponto da situação da ofensiva imperialista em diversas zonas do mundo – com particular destaque para a América Latina -, da resistência dos povos, da generalizada ausência de influentes forças políticas revolucionárias que assumam a vanguarda da luta de massas anti-imperialista e anticapitalista.

Mohsen Abdelmoumen | O Diário.info

Mohsen Abdelmoumen: Como explica o recuo da esquerda e a ascensão da extrema-direita na América Latina, como vimos no Brasil com a eleição do fascista e torcionário Jair Bolsonaro e com Mauricio Macri na Argentina?

Prof. Atilio Borón: Há muitas razões, que só posso resumir aqui. Primeiro, foi impressionante a intensidade da contraofensiva dos EUA para derrotar os governos progressistas. Macri foi um presente inesperado, mais devido aos erros do kirchnerismo do que a qualquer outra coisa. Mas a vitória foi muito importante para os Estados Unidos. Bolsonaro é o produto da desmobilização do PT levada a cabo por Lula desde o início, da completa corrupção do sistema judicial que colocou Lula na prisão e permitiu que Bolsonaro não estivesse presente nos debates presidenciais, o apoio constante dos media hegemónicos e, claro, os graves erros dos governos Lula/Dilma, que acreditavam que a política social e o retirar de milhões de pessoas da pobreza extrema seriam suficientes para mudar a consciência popular e transformá-los em defensores de políticas progressistas. Como na Argentina, era uma política de redistribuição de renda sem educação de massas ou socialização. Além disso, o problema da violência dos gangues nas favelas era crucial no Brasil, e não foi bem combatido pelos governos do PT, dando a impressão de que a única política que eles tinham para lidar com este problema sério era um programa de educação cívica de longo prazo que, naturalmente, não conseguiu impedir o avanço vertiginoso do crime em bairros da lata e favelas. Propaganda subtil e metadados, mais a Cambridge Analytica e a habilidade de Steve Bannon fizeram o resto. O Brasil provou, como antes os EUA, que “notícias falsas” são geralmente consideradas informações confiáveis. Assim, as mentiras e a difamação da campanha de Bolsonaro foram extremamente eficazes.

MA - No seu muito relevante livro ” Twenty-First Century Socialism: Is There Life After Neo-Liberalism?”, demonstra que a América Latina não tem qualquer perspectiva com o capitalismo, e desmente as teses neoliberais que afirmam que o capitalismo é o remédio para todos os males. Não pensa que o sistema capitalista simplesmente fracassou, seja no centro capitalista como se vê com o movimento dos Coletes Amarelos em França, mas também na periferia? Não acha que o sistema capitalista não oferece perspectiva em nenhum lugar?

AB - O capitalismo foi um enorme fracasso. Muitas conquistas tecnológicas e subidas muito modestas no padrão de vida das maiorias sociais combinaram-se com uma concentração irresistível da riqueza e dos rendimentos, tanto no centro como na periferia. O livro de Thomas Piketty e milhares de artigos e livros provaram isso, e a tendência não pode ser revertida. Hoje, o 1% mais rico da população mundial apropriou-se de mais riqueza do que os 99% restantes. Esta situação não tem precedentes na história do mundo! E é política, social e economicamente insustentável. Além disso, recentes desenvolvimentos capitalistas prejudicaram a Mãe Natureza como nunca antes. Assim, a “segunda contradição” do capitalismo, como postulado por Jim O’Connor, tornou-se fatal nos dias de hoje. Basta analisar com suficiente atenção as catástrofes ambientais da mudança climática para entender a magnitude desse problema e a total incapacidade das sociedades capitalistas para lidarem com ele.

MA - Na sua opinião, não traz consigo o capitalismo a sua própria ruína?

AB - Sim, foi a principal tese de Marx nos seus escritos, mas também foi estabelecida, embora metafisicamente, pelas penetrantes reflexões de Hegel sobre a dialética dos mercados e da sociedade civil no capitalismo. Mas, como Lénine ensinou, o sistema capitalista não entrará em colapso a menos que as forças sociais e políticas o derrubem. Bernstein estava errado a este respeito e Marx e quase todos os seus seguidores estavam certos em apontar a necessidade de uma força revolucionária, seja um partido, um movimento ou qualquer outra organização popular. Por si mesmo, o capitalismo perdurará apesar das suas contradições e, nesse processo, a barbárie tornar-se-á o seu sinal distintivo.

MA - Na sua opinião, o movimento dos Coletes Amarelos que surgiu na França e que está a espalhar-se na Europa não será um movimento revolucionário e fundamentalmente anticapitalista?

AB - É uma revolta popular, anti-neoliberal, mas não inteiramente anticapitalista. Além disso, é uma colecção extremamente heterogénea de actores sociais e não tenho a certeza de que no final todos estariam prontos a atacar a cidadela ou o poder capitalista. Não ficaria surpreso se uma parte significativa deles concluísse o seu activismo juntando-se às forças da direita. O “poujadismo” foi uma experiência muito importante na França do pós segunda guerra mundial.

MA - Não acha que há necessidade de refundar a esquerda na América Latina e no mundo? A classe trabalhadora não terá a necessidade imperiosa de uma estrutura revolucionária que corresponda às exigências do momento?

AB - Sim, é absolutamente necessário. Mas somos confrontados com um problema crítico: a divisão das condições objectivas da revolução, já suficientemente maduras, e o atraso na constituição de uma consciência revolucionária, o atraso no amadurecimento das condições subjetivas. Apesar do passado, a perspectiva revolucionária é completamente invisível para as massas, na América Latina e no resto do mundo. A formidável eficácia dos aparelhos ideológicos do Estado capitalista apagou completamente a revolução da paisagem. Portanto, a enorme importância da batalha ideológica é de convencer as massas de que a revolução não é apenas possível, mas necessária. Em segundo lugar, uma vez que a primeira tenha sido alcançada, deveríamos encontrar a forma política apropriada para canalizar o renovado impulso revolucionário das massas. Os partidos leninistas ou gramscianos tradicionais são a resposta certa para um novo proletariado mundial, imenso e muito heterogéneo, fragmentado em milhares de pequenos pedaços, como um espelho quebrado? Eu duvido disso. O dito de Mariátegui de que “a revolução não pode ser nem uma “cópia verdadeira” (calco,”traço”), nem uma réplica mas uma criação heroica das massas” é mais válida do que nunca.

MA - O ex-assessor de Trump, Steve Bannon, está em vias de federar toda a extrema-direita na Europa. Sabendo que na América Latina, os EUA apoiaram fascistas como Bolsonaro e Macri, não pensa que existe um plano liderado pelo governo dos EUA para unir toda a extrema-direita no mundo?

AB - Sim, de facto. E isso foi explicitamente declarado por Bannon e muitas outras pessoas. É uma aspiração de longa data do governo dos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e a rápida mudança no clima político (numa direcção reacionária, começando na Europa por causa dos refugiados e a crescente presença de população muçulmana) forneceu a Trump uma oportunidade de ouro. No entanto, o resultado está longe de ser o que eles esperam e numerosos factores intervêm na evolução da situação política. Os resultados podem ser muito decepcionantes para o governo dos EUA.

MA - Segundo a sua opinião, em alguns países susceptíveis de sofrer intervenções imperialistas visando as riquezas do seu subsolo e por interesse geopolítico, como por exemplo a Argélia, não haverá necessidade de ter dirigentes legítimos e honestos e instituições fortes para evitar o caos? Ibn Khaldun profetizou que os tiranos atrairão os invasores; os verdadeiros aliados do imperialismo não serão os dirigentes corruptos e ilegítimos?

AB - Para combater o caos criado pelo imperialismo, uma liderança honesta e instituições fortes devem ser acompanhadas por uma mobilização popular intensa e bem organizada. Há muitas histórias na América Latina em que governos honestos foram expulsos por golpes de estado promovidos pelo governo dos EUA e seus aliados oligárquicos no terreno. Tomemos o caso de Salvador Allende no Chile em 1973 ou de Arturo U. Illía na Argentina em 1966, dois exemplos eloquentes do que digo. Em contrapartida, a sabotagem, a corrupção e o despotismo foram as marcas de todos os regimes estabelecidos após a intervenção imperialista na América Latina ou no Caribe. Casos como Alfred Stroessner no Paraguai, François Duvalier no Haiti, Rafael L. Trujillo na República Dominicana e Anastasio Somoza na Nicarágua, para não mencionar ditaduras mais recentes na Argentina, Brasil e Chile, mostram conclusivamente que os Estados Unidos e os interesses burgueses locais não acreditam em procedimentos democráticos. A retórica da direita é absolutamente falaciosa. Se, para fazer prevalecer os seus interesses, eles necessitam de matar, encarcerar ou torturar, eles farão tudo isso. Tomemos o caso de Sukarno na Indonésia e o assassínio em massa de meio milhão de pessoas para limpar o país de “comunistas”; ou os milhares de “desaparecidos” na Argentina, ou magnicídios perpetrados contra personalidades destacadas da esquerda na América Latina como João Goulart, Pablo Neruda, Orlando Letelier (em Dupont Circle, Washington DC !!!), Omar Torrijos do Panamá e Jaime Roldós do Equador, entre as personalidades mais conhecidas. O imperialismo e os governos honestos não vão bem juntos. A luta pela autodeterminação nacional, para uma democracia dinâmica e uma governança honesta está condenada ao fracasso sem uma forte resistência contra o imperialismo, verdadeiro factótum dos regimes mais atrozes que já conheci na nossa região.

MA - Sobreviverão as conquistas da revolução sandinista na Nicarágua aos contínuos ataques do imperialismo dos EUA?

AB - Penso que sim, mas à custa de um endurecimento do regime político. Uma cidadela sitiada nunca oferece um terreno fértil para a tolerância, o pluralismo, liberdades desenfreadas. Mas os planos do império são exactamente de fazer os sandinistas regredir numa involução não democrática levando a uma “crise humanitária” que poderia servir de prelúdio a uma “solução Líbia”, invasão, caos social e econômico, desordem e linchamento de Ortega e dos seus próximos.

MA - Não há risco de intervenção americana na Venezuela?

AB - Existem planos. O Comando Sul disse-o há alguns anos. O problema com que estão confrontados é que as forças militares bolivarianas são fortes, bem equipadas e prontas para lutar. O Exército brasileiro hesita em participar numa invasão e os seus homólogos colombianos temem que a distração das suas forças na Venezuela crie as condições para um crescimento rápido da guerrilha no seu país. Então, eu não excluiria a possibilidade de uma intervenção militar cirúrgica dos Estados Unidos na Venezuela, mas até ao momento tudo não passou de conversas e nenhuma ação. Além disso, de forma não militar, é persistente a intervenção norte-americana na Venezuela desde a ascensão de Chávez em 1999. Sanções económicas, sabotagem, tentativas de golpe, pressão diplomática, bloqueio comercial etc. têm sido comuns e persistentes ao longo de toda a experiência bolivariana.

MA - Como analisa a transição política em Cuba? Como explica o contínuo encarniçamento do governo dos EUA contra Cuba desde que o embargo foi introduzido em 1962?

AB - É uma longa história. Já em 1783, John Adams solicitou a incorporação de Cuba sob a jurisdição dos Estados Unidos. Cuba tem um enorme valor geopolítico enquanto principal porta de entrada para o Caribe, considerado pelos militares e estrategas dos EUA como uma espécie de “mare nostrum”, e eles não aceitam o facto de Cuba agir como como nação soberana, com autodeterminação e não queira receber humildemente as ordens da Casa Branca. O bloqueio fracassou porque o regime revolucionário não caiu, mas os sofrimentos infligidos ao povo cubano são enormes e criminosos, tal como os obstáculos que o bloqueio causou ao desenvolvimento económico de Cuba. No entanto, a Revolução continua capaz de oferecer melhores políticas sociais em matéria de saúde, educação e segurança social do que a maioria dos países do mundo e, para Washington, é um “mau exemplo” intolerável que deve ser erradicado a todo o custo. Até agora, não foram capazes de o fazer e não penso o farão num futuro próximo.

MA - Vê-se, por exemplo, o martírio do povo palestino pela entidade criminosa de Israel, ou o massacre do povo do Iémen pela Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos. Não será necessário ter uma frente mundial anti-imperialista seja na América, África, Europa ou Ásia, onde os povos compartilham a mesma luta: resistir ao imperialismo que devasta os países e o capitalismo que explora e sangra os povos?

AB - Absolutamente. Chávez queria criar essa frente anti-imperialista, mas a sua solicitação não foi bem acolhida porque muitos interpretaram mal a sua proposta como sendo um renascimento ou a Terceira Internacional sob Stalin. Foi estúpido, mas infelizmente numerosas organizações populares seguiram essa linha. Samir Amin, François Houtart e eu próprio propusemos a criação de uma tal frente internacional no Conselho Internacional do Fórum Social Mundial de Porto Alegre e fomos derrotados, em grande parte devido à oposição de ONG’s poderosas que rejeitaram essa ideia. Não apenas isso: essas ONG’s foram também instrumentais na disseminação de um forte sentimento “antipolítico” que desprezava os partidos políticos, os dirigentes políticos e as agendas políticas. A tal ponto que foi muito difícil convidar Lula e Chávez para as reuniões sucessivas do Fórum. Hoje, isso mudou, embora eu não tenha certezas quanto à profundidade e coerência desse desenvolvimento promissor.

"FILHOS DA PUTA"... (Que outro título dar a isto?)




"FILHOS DA PUTA"... (Que outro título dar a isto?)

"É impossível que a CGD tenha concedido créditos de centenas de milhões de euros sem quaisquer garantias e que isso apenas fosse do conhecimento dos administradores de honestidade duvidosa que os concederam. Nem quadros do interior do banco, nem auditores externos, nem os ministros das Finanças, nem sequer o Banco de Portugal? Ninguém acredita que um grande banco público tenha sido conduzido à beira da falência depois de esbanjar milhares de milhões de euros sem que ninguém tivesse reparado.

O que é evidente em relação à CGD também é evidente em relação a todos os bancos que foram à falências ou estiveram à beira disso. Ninguém viu por uma razão muitos simples, a banca deu de ganhar a muita gente, altos quadros do Estado tinham na banca o emprego seguro para os filhos, os políticos tinham na banca promessas de carreiras bem remuneradas quando deixassem a política.

Enquanto empresas e cidadãos eram espremidos pela banca sempre que precisavam de um crédito ou da prestação de serviços, havia umas centenas de pessoas que tinham todas as facilidades e beneficiavam das vantagens do acesso fácil ao dinheiro barato do BCE. Os bancos tinham lucros e todos os seus quadros recebiam prémios, os amigos tinham facilidades, havia milhões para jogos na bolsa e compras de casas de luxo no Algarve.

Na hora da verdade todos desapareceram, eram como o Carlos Costa que no BCP tinha o pelouro das relações internacionais mas não sabia de nada, até foi promovido a governador do Banco de Portugal, tal como um outro distraído, um tal Vítor Constâncio, foi enriquecer para o BCE.

O que se passou na banca foi uma pilhagem colectiva onde desde os chefes das agências aos altos responsáveis do regulador estiveram envolvidos. Esta pilhagem foi um dos maiores atentados à economia do país em toda a sua história e lamentavelmente vai ficar impune."

Via Jumento



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Parlamento Europeu reconhece Juan Guaidó como presidente da Venezuela, servil aos EUA



Podia dizer-se que a notícia é uma bomba se não conhecêssemos as qualidades do Parlamento Europeu e da atual União Europeia no seu servilismo aos EUA, a Trump e aos capitalistas globais que semeiam guerras e desumanidades na sua ganância de se apoderarem dos recursos naturais e mundiais que lhes garantem fortunas inauditas, imorais e escandalosas, que são causa principal das mortes e miséria, da desumanidade que abunda no globo terrestre.

O título é da autoria do Notícias ao Minuto, no original, sem incluir o servilismo aos EUA. O texto ainda está a ser mitigado naquela redação, informando-nos que a notícia avançará após atualização. Acompanharemos aqui no PG...

Decorridos breves minutos a notícia é atualizada e publicada por completo. A UE reconhece como presidente da Venezuela um títere de Trump e do grande capital, afinal uns donos da UE.

Guaidó foi ilegalmente eleito por uns ínfimos deputados num golpe que pretende depor Maduro e entregar o país aos EUA com algumas migalhas à UE. Maduro foi na realidade e legitimamente eleito por mais de 6 milhões de eleitores. Assim se percebe por transparência a vergonhosa atitude antidemocrática da direita fanática e servil aos EUA que abunda no Parlamento Europeu, rumo ao nazi-fascismo - com outras cores e outras vestes, com outras palavras e toneladas de mentiras e de ilusões que enganam os povos europeus e de outras partes do mundo. Principalmente os europeus porque votam e os elegem, tal qual como Hitler foi eleito. Depois viu-se o que era e quem era. O que queria e o que que fez. Os milhões que matou parece que foram esquecidos pela humanidade, pelos europeus.

Reconhecer Guaidó, que não foi eleito... Que espécie de democracia abunda no Parlamento Europeu e na totalidade dos orgãos da UE? O fascismo avança e já vimos o autoritarismo e o servilismo pungente em Bruxelas, em Estrasburgo, etc.
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A notícia atualizada, do NM, em seguida. (PG)

Parlamento Europeu reconhece Juan Guaidó como presidente da Venezuela

No passado dia 23 de janeiro, a Assembleia Constituinte elegeu Juan Guaidó como presidente interino.

De Bruxelas já tinha chegado um aviso: ou Nicolás Maduro aceitava eleições livres, ou a União Europeia mudaria a postura e passaria a reconhecer Juan Guaidó como novo líder do país

Esta quinta-feira, o Parlamento Europeu reconheceu Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.

Numa resolução aprovada por 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções, a assembleia europeia, reunida em Bruxelas, solicitou também à chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e aos Estados-Membros que "adotem uma posição firme e comum e reconheçam Juan Guaidó como único Presidente interino legítimo do país até que seja possível convocar novas eleições presidenciais livres, transparentes e credíveis tendo em vista restabelecer a democracia".

Os eurodeputados reiteram o seu pleno apoio à Assembleia Nacional, "que é o único órgão democrático legítimo da Venezuela e cujos poderes devem ser restabelecidos e respeitados".

Recorde-se que o clima de tensão social, política e económica que a Venezuela tem vivido atingiu novo ponto já este mês.

No passado dia 23 de janeiro, a assembleia venezuelana reconheceu Guaidó como presidente interino do país.

Logo após a autoproclamação como líder interino, países como os Estados Unidos, o Canadá, o Brasil,  e a Colômbia e outra nações sul-americanas apressaram-se a considerar Guaidó o presidente legítimo.

A posição europeia perante este novo episódio da crise venezuelana numa primeira fase passou por pressionar Maduro a aceitar eleições. Maduro, recorde-se, foi reeleito nas presidenciais venezuelanas de 2018 com uma larga maioria. As eleições, no entanto, não foram reconhecidas como legítimas por boa parte da comunidade internacional. Nos últimos dias, a Rússia, a China e a Turquia mantiveram apoio a Maduro.

Na quarta-feira, Nicolás Maduro disse ser a favor de eleições legislativas antecipadas para acabar com a crise política do país, mas recusou a hipótese de novo escrutínio presidencial.

Esta mudança de postura por parte de Estrasburgo surge numa altura em que os ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia estão reunidos, entre hoje e sexta-feira, em Bucareste, na Roménia. A crise política na Venezuela estava no topo da agenda, precisamente após o ultimato europeu para eleições no país.

A posição do Governo de Portugal tem acompanhado a de outros países da UE, com a preocupação acrescida de haver uma larga comunidade lusodescendente na Venezuela.

Pedro Filipe Pina | Notícias ao Minuto

A VIDA DOS CIGANOS ANTES DA 2ª GUERRA MUNDIAL






Os denominados povos ciganos, que já falamos en passant no post "Ciganos da vida real pelo mundo" têm uma grande história de perseguição desde um longínquo passado da sua origem na Índia. Hoje estão assentados, em sua maioria, na Europa, mas estão presentes também, em menor proporção, no resto do mundo, sendo que o Brasil tem a maior população significativa em um só país.


A vida dos ciganos na Europa antes da Segunda Guerra Mundial 01
Como não podia ser diferente, a correção política também alcançou os ciganos e existe até uma proposta comum para utilizar "rrom" (roma), tanto como nome do povo como do idioma como forma de evitar o preconceito.Aqui caímos no clássico problema do conceito invadindo a palavra e que, ao invés de promoverem o fim da discriminação, decidem simplesmente por mudar a designação, até que o conceito negativo se aposse novamente e novamente da palavra em um circulo vicioso sem fim.
A vida dos ciganos na Europa antes da Segunda Guerra Mundial 02
O termo "cigano", assim como outras palavras relacionadas às minorias, também teve seu significado invadido pelas conotações negativas, tanto que em fevereiro passado uma ação civil pública solicitava a imediata retirada de circulação do Dicionário Houaiss, sob a alegação de que a publicação é discriminatória e preconceituosa em relação à etnia cigana. No dicionário, a palavra "cigano" tem como um de seus significados "aquele que trapaceia; velhaco, burlador" e "aquele que faz barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina".
A vida dos ciganos na Europa antes da Segunda Guerra Mundial 03
A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não permitia que fossem reconhecidos como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo tenham sido qualificados como egípcios. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe no florescimento de lendas sobre os ciganos, a ponto da imbecilidade de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos.
A vida dos ciganos na Europa antes da Segunda Guerra Mundial 04
Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Jesus, ou, segundo outra versão, que teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação.
A vida dos ciganos na Europa antes da Segunda Guerra Mundial 05
Caracterizados pelo nomadismo, o modo de vida dos ciganos e suas condições de subsistência são sempre determinados pelo país em que se encontram: os mais ricos são os ciganos suecos e os mais pobres encontram-se nos Bálcãs e no sul da Espanha.
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Embora mantendo sua identidade, em alguns aspectos os ciganos revelam grande capacidade de integração cultural: sempre professam a religião local dominante, da mesma forma que suas danças, músicas, narrativas e provérbios manifestam a assimilação da cultura no meio em que vivem.
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Durante a Segunda Guerra Mundial, entre duzentos e quinhentos mil ciganos europeus foram exterminados nos campos de concentração nazistas. Entre os ciganos, o massacre é denominado de porajmos e começou a ser recuperado pela historiografia apenas a partir dos anos 1970.
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Este post mostra fotografias históricas de dias antes daqueles anos negros, um pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Fotografias de arquivo da vida dos ciganos europeus na primeira metade do século passado.
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