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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Alentejo



Uma maravilha !

ruas, casinhas

ruas, casinhas do nosso país

                   pedrinhas, flores, a nossa raíz
                   canteiro de malva e malmequer
                   a cal que de alva nos fere a vista
                   e um luar de Agosto que nos conquista
                   como o belo rosto de uma mulher


                   António Garrochinho 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

SER SOLIDÁRIO por José Mário Branco

Ser solidário assim pr’além da vida
Por dentro da distância percorrida
Fazer de cada perda uma raiz
E improvavelmente ser feliz

De como aqui chegar não é mister
Contar o que já sabe quem souber
O estrume em que germina a ilusão
Fecundará por certo esta canção

Ser solidário assim tão longe e perto
No coração de mim por mim aberto
Amando a inquietação que permanece
Pr’além da inquietação que me apetece

De como aqui chegar nada direi
Senão que tu já sentes o que eu sei
Apenas o momento do teu sonho
No amor intemporal que nos proponho

Ser solidário sim, por sobre a morte
Que depois dela só o tempo é forte
E a morte nunca o tempo a redime
Mas sim o amor dos homens que se exprime

De como aqui chegar não vale a pena
Já que a moral da história é tão pequena
Que nunca por vingança eu te daria
No ventre das canções sabedoria

José Mário Branco - Ser Solidário

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

1983 - Luís Cília - "Inventário"



Adriano vai na memória
Dos séculos que há na canção
Que persiste em ver na História
O reverso desta ilusão.
Vai a Grandola cantando o Zeca
O Sérgio está mais gordinho
O Fausto ficou careca
E eu feito num desalinho.

O GAC perdeu o pé
Tropeçou, caíu no poço
Canta o Graça um fado em ré
Diz o Branco um Padre Nosso.
Nas maminhas da Maria
Não há ninguém que não toque
Há guerra na Academia
Quando o Coiro canta o rock.

A velha diz que se mata
O Partido perdeu a linha
Só por causa do Barata
Querer cantar prá criancinha.
A canção do punho erguido
Partiu o punho, que chatice.
Matei o porco, fiz um enchido
Fiquei cheio de aldrabice.

Eu, disco d'oiro e tu, de prata
Reina a selva na canção
Há quem faça discos de caca
P'ra ver se chegam ao milhão.
Já cantaste na Patagónia
Em Badajoz e no Seixal
E como vives da Parvónia
És uma star internacional.

Quem não sabe fazer nada
Quem não lê e escreve mal
Vai prá polícia montada
Ou p'ra crítico musical.
Diz do primo, que esse é que sim
E do cozido, que é português
Vai dizendo mal de mim
E apadrinha dois ou três.

Agora, para ser artista
É preciso ir à TV
Ao concurso pluralista
Bardamerda, vá você.

Quem perde no Festival
Da canção dos vomitórios
P'ra consolo do seu mal
Meta três supositórios.

Vi um burro comer alpista
Vi voar um camaleão
Um general que é pacifista
E que não gosta do neutrão.
Vi uma bomba que é uma ofensa
E vi a outra, que é muito boa
Só não vi foi a diferença
Se uma delas cai em Lisboa.

Vou mudar de profissão
Ninguém ouve o meu recado
Isto não dá nada, não
Vou, mas é, p'ra deputado.
Porque a minha cama é fria
Não vou ficar ao relento
Espero ir dormir um dia
Nas sessões do parlamento.

Depois desta canção
É que vou ouvir das poucas
Mas aceito a condição
De Cília. o Manda Bocas.
Parece que canto mal
Ao que diz o Índio Chupista
Que até chupa o Capital
P'ra mostrar que é progressista.

Acordai

Letra: José Gomes Ferreira


Acordai
...acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz

Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações

Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois

mais um amolador

Acordei com um som estranho vindo da rua. Uma mistura de maçarico com apito . Olhei pela janela  e parado na calçada estava um senhor com um instrumento pra lá de esquesito, um antigo amolador de facas, e tesouras. Procure no arquivo deste blogue outro amolador em vídeo-entrevista por Adão Contreiras.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Comércio justo

 
Produtores equatorianos de quinoa, ligados ao comércio justo.
DireitoA Wikipédia possui o:
Portal de Ambiente
Comércio justo (Fair Trade em inglês) é um dos pilares da sustentabilidade econômica e ecológica (ou econológica, como vem sendo chamada).
Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas.
A idéia de um comércio justo surgiu nos anos 1960 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo. O café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988. A experiência se espalhou pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a International Fair Trade Association, que reúne atualmente cerca de 300 organizações em 60 países.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa por seu trabalho.
Composição do preço final do café ao consumidor, na Europa Ocidental.
 44,9%impostos, direitos aduaneiros, frete
 23,7%margem do varejo
 17,8%margem dos atacadistas e torrefadores
 8,5%proprietários da plantação
 5,1%salários dos trabalhadores
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao fazeram a opção pela agroecologia, como agricultura orgânica.
O comércio justo é definido pela News! (a rede européia de lojas de comércio justo) como "uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é promover a eqüidade social, a proteção do ambiente e a segurança econômica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização".

 

 


Comércio Justo MZ



Comercio justo, tem página no facebook.

Cocas BMW - Publicidade Censurada



publicidade censurada

O Casamento cigano de Paca e Cristiano



Casamento cigano em Santa Bárbara de Nexe.

the rose



TEMEROSO DE MORRER. QUE NÃO APRENDEU A VIVER !

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Uma primeira análise.

Eleições presidenciais de 23 de Janeiro
Uma Primeira Análise
O professor Cavaco Silva, embora com uma frágil vitória, será de novo Presidente da República (P.R.). Com a legitimidade e, acima de tudo, com a responsabilidade que lhe advém da sua condição de mais Alto Magistrado da Nação, espera-se do Presidente uma postura de cumprimento da Constituição da República e um empenho efectivo numa acção política que, responda aos graves problemas com que o país se depara.
Analisando o seu primeiro mandato, a CGTP-IN tem bem presente que, em regra, o P.R. promulgou toda a legislação anti-trabalhadores que lhe foi submetida, ao mesmo tempo que incentivou e ou apoiou as políticas desastrosas que colocam Portugal numa situação de enormes bloqueios e a maioria dos portugueses em condições de grande injustiça, ou com carências gritantes.  
Sem falsas expectativas e constatando profundas contradições nos posicionamentos adoptados enquanto P.R. ou como candidato presidencial, a CGTP-IN regista que Cavaco Silva assumiu pública e abertamente que os trabalhadores da Administração Pública estão a ser injustiçados, que não deve haver revisão da legislação laboral, que os jovens têm direito a um futuro melhor, que é preciso uma mobilização geral para combater o desemprego, a pobreza e as desigualdades.
Uma leitura atenta dos resultados das eleições, observando os votos obtidos por cada uma das candidaturas e as características destas e, em particular, a dimensão da abstenção, confirma a existência no seio do povo português de muitos descontentamentos e desconfianças.
Esses sentimentos e posturas emergem de factores muito concretos, dos quais destacamos:
            – o facto de os governantes e outros detentores do poder não terem em consideração, e tratarem de forma arrogante, as justas reivindicações e propostas que os trabalhadores e outras camadas da população formulam e as manifestações de protesto que desenvolvem no exercício dos seus direitos de cidadania e de participação cívica, que são essência da democracia;
            – a imposição de políticas neoliberais profundamente injustas e retrógradas – sempre apresentadas como inevitáveis e únicas possíveis –, propagandeadas até à exaustão pelos grandes meios de comunicação social em nome das “necessárias respostas à crise”, mas sempre a produzirem agravamento das desigualdades;  
            – a proliferação de práticas de compadrio e corrupção entre o poder financeiro e económico e o poder político, que esvaziam o exercício da política de valores imprescindíveis, de ética e de autoridade democrática;
            – a eliminação da esperança aos jovens, a quem é oferecido apenas precariedade no trabalho, baixíssimas remunerações, incertezas e instabilidades para os seus projectos de vida;
             – os ataques aos direitos dos desempregados, às condições mínimas de protecção social que qualquer cidadão deve ter em democracia, bem como, o não cumprimento de compromissos no que se refere a políticas sociais, ao direito ao salário contratualizado, ou ao Salário Mínimo Nacional;
             – o atraso, por parte de forças progressistas, no trabalho de construção, de maturação, de ampla credibilização de alternativas capazes de romper com as actuais políticas e afirmar caminhos novos de esperança e de futuro.
AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO, LUTAR PELO FUTURO
Os trabalhadores e o povo português sabem que o caminho para a resolução dos problemas e para a construção de um futuro melhor é dar vida à democracia, participar e reivindicar, não desistir dos objectivos e das lutas que são justas e necessárias.
Este é o compromisso da CGTP-IN e por isso afirmamos ser imperioso:
            – prosseguir uma dinâmica e forte acção e luta sindical, designadamente, contra o desemprego e a precariedade laboral, contra o agravamento do custo de vida e a pobreza, pela melhoria dos salários e da protecção social;
            – lutar pela revitalização do aparelho produtivo para que os portugueses tenham emprego e produzam, nos mais diversos sectores, bens e serviços úteis ao desenvolvimento da sociedade portuguesa;
            – exigir políticas que recentrem e valorizem o papel do Estado e das políticas públicas, quer na dinamização da economia e na defesa e criação de emprego, quer na garantia do direito universal e solidário à saúde, à protecção social, ao ensino, à justiça;
            – combater o processo de agiotagem que aprisiona o desenvolvimento do país e exigir novas políticas no plano nacional e a nível da União Europeia.
O primeiro passo desta caminhada de intervenção e luta sindical e social, no quadro político pós eleições presidenciais, será dado já nesta semana de 24 a 29 de Janeiro, com os objectivos e dimensão das concentrações distritais que a CGTP-IN realizará em todo o país.
Lisboa, 24.01.2011
DIF/CGTP-IN


Vitorino no Coliseu 1985 -Cantiga Dum Marginal do Século XIX



OS SENTIDOS SEMPRE ALERTA !

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Amolador



o amolador nos Gorjões - Santa Bárbara de Nexe - Algarve

Inti Illimani - El Pueblo Unido



UNIDOS NA LUTA E NO TRABALHO !

interessante

Nos pasaran la cuenta - Patxi Andion



os que ficam com o dinheiro do trabalho de outros.

o que Cavaco não explicou, ou explicará !

No dia 17 de fevereiro de 1999, quarta-feira de cinzas, dava entrada na Conservatória do Registo Predial de Albufeira a aquisição do lote 18 da Urbanização da Aldeia da Coelha. Uma permuta entre o casal Aníbal e Maria Cavaco Silva e a empresa Constralmada - Sociedade de Construções, Lda, atesta a passagem da propriedade para o atual Presidente da República. No registo não se encontra, como a VISÃO noticiou na edição de 13 deste mês , a escritura pública que contratualiza a permuta. Ou seja, não se pode apurar, e Cavaco Silva não esclarece, o que deu em troca dos dois lotes de terreno (os antigos lotes 18 e 19 do loteamento inicial, correspondentes ao atual lote 18, e o "edifício composto por cave, rés-do-chão e 1º andar, do tipo T-6, com logradouro" de 1891 metros quadrados).
A VISÃO enviou várias perguntas para Cavaco Silva (ver caixa no final desta página), que receberam, às 16h00 desta terça-feira, 18, uma resposta de fonte oficial da direção da sua campanha para a re-eleição na Presidência da República: "O Professor Cavaco Silva já disse o que tinha a dizer sobre o assunto." E da Presidência não nos chegou qualquer resposta.
Na sequência do trabalho publicado pela VISÃO na semana passada , quando confrontado por outros jornalistas, Cavaco Silva disse apenas: "O desespero já é muito grande. Façam as investigações que quiserem, publiquem tudo que talvez depois do dia 23 talvez eu possa ler."
O que se sabe é que a permuta foi feita com uma empresa de construção, a Constralmada. E que essa empresa era uma sociedade por quotas fundada por Fernando Fantasia e detida em 33,3% pela sua empresa Opi 92, SA. Era, porque foi dissolvida em Janeiro de 2004.
Fernando Fantasia é um dos moradores no restrito aldeamento da Coelha. Viria a ser, também, um dos rostos de algumas das mais complexas operações durante a gestão de Oliveira e Costa no BPN/SLN. Mas isto aconteceu alguns anos após o negócio com Cavaco Silva. Muito embora não se consiga situar, precisamente, quando é que a Opi deixou de ser exclusivamente detida por Fernando Fantasia para passar a ser mais uma das "participadas" do grupo do BPN.
O mistério Opi Nuno Melo, deputado do CDS, durante os trabalhos da Comissão de Inquérito do Parlamento ao caso BPN, chegou a declarar que "a OPI e as sociedades que gravitam à volta desta, como a Pluripar e outras, são um problema grande que temos para compreender. E são um problema grande porque refletem o que no BPN funcionava à margem da transparência das contas, à margem da consolidação, à margem das informações ao Banco de Portugal." (ata da reunião de 24/3/2009)
Fernando Cordeiro, acionista da SLN, declarou aos deputados, por seu turno, que "Oliveira Costa falou-nos que 100% da OPI eram da SLN Valor".
E Franquelim Alves, o administrador da área não-financeira da Sociedade Lusa de Negócios, que se demitiu em 2008 por discordar da gestão do grupo, adensou ainda mais as dúvidas, no Parlamento: "Quanto à OPI 92 e à relação de domínio, de facto, nesta matéria, e este foi mais um dossier que se prolongou ao longo do tempo, a perceção do que é que era a OPI 92 e de quem era a OPI 92 e quem eram os beneficiários da OPI, não era possível alcançar porque não havia nada escrito que o comprovasse. Eu nunca vi nada escrito. Havia declarações que diziam que esta sociedade era detida pelo Sr. Fantasia, mas, na realidade, em última instância, o beneficiário da sociedade deve ser a SLN ou a SLN Valor."
Esta ausência de registos escritos, e a dúvida sobre quem era, de facto, o dono da Opi, originou este curioso diálogo, na reunião da Comissão parlamentar de Inquérito, do dia 24 de Março de 2009. O deputado Nuno Melo questiona Fernando Fantasia, administrador da Opi (citação da ata da reunião):
"O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - (...) Surge-nos aqui a OPI como... Bom, basicamente, transformam o Sr. Dr. numa espécie de testa-de-ferro, grosso modo...
O Sr. Dr. Fernando Fantasia: - Como?
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Porque aqui no documento estabelecem... 
O Sr. Dr. Fernando Fantasia: - Sim, mas não me assumi como tal. Quer dizer, eu fui acionista e fui-o de empresas do Grupo CUF, sou gestor e se se considerar como testas-de-ferro dos acionistas todos os gestores, então, todos os gestores o são... É como eu me sinto. A minha vida foi de gestor de empresas e de gestor de empresas do setor imobiliário e representei os acionistas e, por vezes, eu próprio porque também era acionista. Mas, na maior parte dos casos, eu fui sempre minoritário.
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - O Sr. Dr. compreenda que não é uma imputação que lhe estou a fazer!
O Sr. Dr. Fernando Fantasia: - Mas também compreenderá que depende do conceito que tenham de testa-de-ferro. Se testa-de-ferro é representar os acionistas, então, terei sido testa-de-ferro sempre toda a minha vida."
A curiosidade dos deputados devia-se, sobretudo, à famosa compra de terrenos na zona de Alcochete. A aquisição dos últimos 4.000 hectares da chamada herdade de Rio Frio 2, a poucos dias da decisão governamental de instalar o novo aeroporto de Lisboa nas imediações, por empresas ligadas à Opi, de Fernando Fantasia e da SLN, continuou a ser investigada. Mas a suspeita de que teria havido informação "privilegiada" nunca passou disso mesmo. Fernando Fantasia chamou-lhes "insinuações". E garantiu aos deputados que o seu interesse naqueles terrenos era bem anterior ao da polémica Ota/Alcochete, e era sobretudo "turístico".
Perguntas sem resposta Estas são algumas das questões enviadas a Cavaco Silva, para Belém e para a sua direção de campanha.

- Pode o senhor Presidente da República confirmar que adquiriu a propriedade do atual lote 18 da Urbanização da Coelha (Sesmarias, Albufeira) à empresa Constralmada?
- Essa transação foi feita através de uma permuta de terrenos?
- Por que valores foram avaliados os terrenos que adquiriu, e os que cedeu?
- Recorda-se do ano em que foi feita a escritura pública desta transação?
- Tinha conhecimento que a referida empresa, a Constralmada, era detida pela Opi-92, empresa de que eram acionista o Dr. Fernando Fantasia?
- Quem lhe propôs a permuta?
- Recorda-se do cartório notarial onde foi firmada a escritura pública desta transação?
MAIS DESENVOLVIMENTOS NA VISÃO DA PRÓXIMA QUINTA FEIRA, 20

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Do jornal o Avante !

A Rússia viveu o ano passado a pior seca dos últimos 50 anos. A Austrália sofre inundações gigantescas num território do tamanho da França e da Alemanha que já afectam mais de 200 mil pessoas. Estes dois casos, que concitam natural consternação em todo o mundo, são noticiados entre nós como incidentes longínquos, terríveis e devastadores para as vítimas directas mas sem quaisquer consequências para as nossas vidas. E no entanto... seja no respeitante ao pão que comemos ou à carne que pomos na mesa, para dar apenas dois exemplos, não é de somenos o que se passa na Rússia, na Austrália e em muitos outros pontos do globo, pela simples razão de que temos de importar praticamente tudo o que consumimos em matéria de cereais (incluindo para alimentação de gado), porque temos de importar mais de 60 por cento da carne (a de bovino é toda importada e quanto à de aves e de porco só em parte Portugal satisfaz as suas necessidades), porque importamos todo o açúcar que consumimos, porque o olival (só há pouco tempo se voltou à plantação) não chega para as encomendas. Numa palavra, Portugal enfrenta um sério problema de soberania alimentar que não pára de se agravar: na última década o défice alimentar cresceu 23,7 por cento. Hoje, 70 por cento do que consumimos é importado.
A explicação para tal estado é conhecida. Como afirmou há dia o director-geral da Federação das Indústrias Agro-alimentares (FIPA), esta situação é fruto de «anos e anos de uma política agrícola comum (PAC) que nos fez desinvestir na produção».
As consequências estão à vista, seja quanto à dependência do estrangeiro para provirmos às nossas necessidades, o que se traduz numa efectiva perda de soberania, seja nos custos que tal representa para a economia nacional: apesar do aumento das exportações nos últimos 10 anos, as importações subiram mais de 50 por cento, representando quase o dobro do que se exporta (dados do INE).
Quer isto dizer, em linguagem crua, que nos endividamos para comer. Mais grave ainda, para comer o que podíamos produzir. A culpa morre solteira, diz-se onde não se assume responsabilidades, mas os culpados andam todos por aí, bem instalados no poder político e/ou económico, fingindo nada ter a ver com a PAC, fazendo de conta que não mataram a Reforma Agrária, que não destruíram a indústria e as pescas, travestidos de defensores da Pátria e insistindo nas políticas que estão a levar Portugal para o abismo, apelando ao «sacrifício de todos» para impor mais exploração e miséria aos trabalhadores e ao povo português. Os culpados de ontem e de hoje, que escarnecem do PCP e da sua campanha Portugal a Produzir ou – na melhor das hipóteses – os silenciam, são os mesmo que querem continuar amanhã no poleiro do poder, não se cansando de apregoar as suas públicas virtudes para melhor esconder os muito (e muitos) secretos podres.
Se a hipocrisia pagasse imposto, bastava uma campanha eleitoral para resolver o défice. Não é o caso. A hipocrisia cobra, e muito, aos portugueses que se deixam enganar. O resultado, amargo, está à vista, e não é pela falta de açúcar. A exigir, como pão para a boca, uma ruptura decisiva.

 

 

Sindicalistas detidos vão procesar PSP. Julgamentos vão ser no dia 31 de Janeiro e 2 de Fevereiro

"O julgamento [sumário] teve início e sou acusado de desobediência, de me ter atirado para o chão e de ter oferecido resistência", disse hoje à saída do tribunal José Manuel Marques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local-STAL.
Perante esta afirmação, os ânimos exaltaram-se e as dezenas de dirigentes sidicais que estavam à porta do tribunal começaram a gritar: "Mentirosos".
José Manuel Marques esclareceu que foi arrastado e empurrado, mas que nunca se atirou para o chão.
O julgamento começou hoje, mas foi pedido o adiamento porque os próprios arguidos não tinham conhecimento das acusações de que são alvo, disse o dirigente sindical.
"É preciso preparar a defesa", afirmou, justificando assim o pedido de adiamento e sublinhando que não é um criminoso, apenas um dirigente

Na rua onde tanto brinquei.

    Na rua Pires Laranjeira
    onde tanta vida havia
    morre muda, a tarde derradeira
    da mesma maneira,nasce o dia !
 

Jovens num mundo de paz e amor











foto de Eduardo.

sal gema - mina de Loulé

fotografia de Mário Martins.
Sal-gema algarvio é uma das armas utilizadas para combater os efeitos do tempo frio em Portugal e noutros países europeus. Escassez verificada nos stocks de sal no Norte do país não está ligada à mina louletana.
O frio vivido a Norte tem reflexos positivos a Sul. «Este ano, devemos superar os nossos objetivos em larga medida, no target do sal para degelo, na ordem dos 30 por cento. Também temos boas previsões para 2011», revelou o diretor das minas de sal-gema de Loulé.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Zeca Afonso Os Vampiros



acorda Portugal !

BEN ALI ROUBOU 1,5 ton DE OURO

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo francês suspeita que a família do presidente tunisiano destituído Zine el Abidine Ben Ali fugiu da Tunísia com 1,5 tonelada de ouro, informa hoje o jornal "Le Monde".

As suspeitas do governo francês estão fundamentadas nos serviços secretos do país.

Segundo este, a mulher do ex-chefe de Estado, Leila Trabelsi, foi até o Banco Central da Tunísia para buscar as peças, equivalentes a 45 milhões de euros.

"Le Monde" indica em seu site que o diretor da instituição negou a princípio o pedido da mulher, mas aceitou depois de a solicitação ser feita pelo marido dela por telefone.

Um conselheiro do Palácio do Eliseu - sede da Presidência - citado pelo jornal diz que "a informação é de uma fonte tunisiana do Banco Central", e que os fatos denunciados "estão praticamente confirmados".

"Le Monde" acrescenta que, segundo os serviços franceses, a mulher de Ben Ali tomou posteriormente um voo com destino a Dubai antes de partir em direção a Yedah, capital da Arábia Saudita, para onde o presidente fugiu na sexta-feira (14) após um mês de protestos populares que acabaram com 23 anos de mandato.

O Banco Central de Tunísia, no entanto, desmente a informação e relatou que "não receberam nenhuma ordem verbal, nem por escrito para tirar o ouro", e que suas reservas de ouro "não foram alteradas".

Sem citar o ex-presidente Ben Ali ou sua família, as autoridades francesas apontaram neste fim de semana que fizeram o "bloqueio administrativo" dos movimentos financeiros suspeitos relativos à Tunísia, "de acordo com a legislação".

NOVO GOVERNO

O primeiro-ministro da Tunísia, Mohammed Ghannouchi, deve anunciar hoje o novo governo de unidade do país, que incluirá os líderes da oposição após a queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali, que passou 23 anos no poder, em meio a protestos em massa e violentos confrontos.

Ghannouchi prometeu anunciar um novo governo de coalizão na esperança de manter o momento de progresso político no país, evitar o vácuo político que pode alimentar a instabilidade e enfraquecer as forças leais ao ditador deposto.

"Amanhã, nós anunciaremos o novo governo que abrirá uma nova página na história da Tunísia", disse o premiê em breve comunicado ontem.

Três líderes da oposição ganhariam postos na nova coalizão, segundo duas fontes próximas ao governo disseram à agência Reuters. Mas os ministros do Interior e de Relações Exteriores permaneceriam no cargo.

Sebastião Antunes no Comício do Campo Pequeno de apoio a Francisco Lopes



Quase 7000 pessoas encheram o Campo Pequeno.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Poema de um funcionario cansado



retrato poético cru e nu !

Caso BPN: O que esconde Cavaco?



VEJAM E OUÇAM O QUE DIZ CAVACO !

O Mosquito nasceu há 75 anos.

A revista custava 50 centavos (metade de um escudo, a moeda da época) e os cinco mil exemplares de tiragem, considerável para a altura, esgotaram-se rapidamente – o mesmo aconteceu nos números seguintes – e a publicação continuou a crescer de semana para semana. Passou por vários ciclos editoriais e formatos, e conheceu mesmo uma periodicidade bissemanal (saía à quarta-feira e ao sábado) no período de 1942 a 1948. A cisão, neste último ano, entre os seus dois fundadores e principais animadores, António Cardoso Lopes Júnior (conhecido também por Tiotónio) e Raúl Correia, marcou o início do declínio da publicação, que saiu à rua pela última vez em 1953.

As razões deste curioso sucesso editorial, num pequeno país atrasado e com elevada taxa de analfabetismo, e numa época de grande asfixia política e cultural, continuam por explicar totalmente. José Ruy, autor português de bandas desenhadas que descobriu “O Mosquito” aos cinco anos de idade – e viria a colaborar nele intensamente anos mais tarde –, sintetiza com rara felicidade a reacção maravilhada de uma geração ao aparecimento da revista, num texto publicado na obra “História da BD Publicada em Portugal - 1ª parte” (Edições Época d'Ouro):

“Esse jornalinho funcionou para mim como uma janela aberta ao mundo e à fantasia; equivalia ao que hoje representa o ecrã da televisão.”

Para o historiador e crítico António Dias de Deus, “O Mosquito” é “o alfa e o ómega do jornalismo infantil português, do gosto juvenil, da aventura tornada imagem, da figura elaborando o gesto e a fala”, escreveu no mesmo livro. E o fascínio que provocou de forma duradoura tem a ver, segundo o mesmo autor, com a circunstância de aquela publicação ter sido “o espelho fiel dos jovens que o liam, enquanto estes começavam a entrever a realidade através do fluxo feérico da banda desenhada”.

Construções e novelas

Até 1941, a revista publicou “comics” ingleses com textos didascálicos (por baixo das imagens) e séries espanholas de humor (assinadas por Arnal, Moreno e outros). António Cardoso Lopes assinava as diatribes de Zé Pacóvio e Grilinho. Em 1942, no auge da guerra, “O Mosquito” reduz o formato para metade devido à falta de papel e é no decurso do ano seguinte que Eduardo Teixeira Coelho passa a colaborar na revista com capas, ilustrações e construções de armar.

As novelas de José Padinha, Raúl Correia, Lúcio Cardador e Orlando Marques surgem ao lado das bandas desenhadas inglesas e espanholas. É nesta fase que autores clássicos do país vizinho como Jesús Blasco, Emilio Freixas e Ángel Puigmiquel chegam ao conhecimento do público. O português Vítor Péon revela-se igualmente nesta fase que vai até 1948, considerado por Dias de Deus o período áureo de “O Mosquito”.

Em 1946 a revista regressa ao formato inicial, publicando as grandes criações de Teixeira Coelho. No ano seguinte, José Ruy começa a trabalhar na publicação a desenhar e litografar as cores. Entretanto, José Garcês e Jayme Cortez assinarão em “O Mosquito” as suas primeiras histórias significativas.

Em 1948 dá-se a separação entre Raúl Correia e Cardoso Lopes. José Ruy publicará ali, finalmente, a sua primeira e única história, “O Reino Proibido”.

As duas últimas fases da publicação caracterizaram-se pelo aparecimento de dois fortes concorrentes, “O Mundo de Aventuras” e “O Cavaleiro Andante”. Apesar das dificuldades financeiras, ainda ali são apresentadas séries inglesas de qualidade como Garth (de Steve Dowling) e Buck Ryan (de Jack Monk), Terry e os Piratas (George Wunder), e autores franceses da craveira de Gigi, Marijac, Paul Gillon e outros. Mas os tempos já não são os mesmos. A revista saiu pela última vez em 24 de Fevereiro de 1953. Era “O Mosquito” nº 1412.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A aldeia do cavaquistão - Visao.pt

A aldeia do cavaquistão - Visao.pt

Hasta Siempre



UMA MANEIRA SENSUAL DE CANTAR HASTA SIEMPRE !

Sérgio Godinho - A Democracia



uma surpresa de Sérgio Godinho

Cavaco Silva não se lembra !

Segundo uma investigação da "Visão", no período de pousio político, Cavaco Silva conseguiu um terreno, onde agora tem uma propriedade, através de uma permuta com um construtor civil. Não se sabe com quem e com quê foi feita a permuta. E o próprio Cavaco Silva não se lembra. Ao contrário do que informou o Presidente da República, a matriz da propriedade que é referida no Tribunal Constitucional não está nos registos notariais.
Sabe-se que o negócio foi feito por um ex-adjunto seu e que no pequeno aldeamento, financiado pelo BPN, em que quase tudo tem estranhos contornos, Cavaco tem como vizinhos Oliveira Costa e Fernando Fantasia. São dois homens fortes da SLN. Um vendeu e comprou ações a Cavaco Silva, dando-lhe um bom pé de meia. Outro fez excelentes negócios em Alcochete, socorrendo-se de informação privilegiada, depois do empenho dos cavaquistas em ver ali o novo aeroporto.
Será mais uma coincidência a rede dos negócios ser sempre a mesma?
Cavaco Silva pode continuar a dizer que os seus filhos sairam há muito tempo de casa e que não pode responder pelo seu comportamento tantos anos depois de lhes ter perdido o rasto. Mas, de cada vez que se cava um buraco, lá aparecem as mesmas minhocas. É coincidência que tantos filhos do cavaquismo tenham ido parar ao BPN? É coincidência que Cavaco tenha mantido, com todos eles e com o banco que eles construiram e que nos está a destruir, relações tão próximas? Que eles apareçam nos seus negócios privados, nas suas comissões de honra e nas listas dos financiadores das suas campanhas?
A verdade é que os filhos que Cavaco Silva renega quando se fala do BPN nunca sairam da sua casa. Construiram um banco que se mostrou ruinoso para o país com base nas redes clientelares do cavaquismo. E, na gestão da sua vida financeira e patrimonial, Cavaco Silva continuou a mover-se sempre nessa mesma rede.

Daniel Oliveira - antes pelo contrário
Expresso

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

realidades de Cuba

Cuba lidera o grupo de dez países emergentes com maior índice de desenvolvimento social, conclui um estudo feito por uma equipa de investigadores da ONU com base nos resultados do Relatório do Índice do Desenvolvimento Humano 2010 , divulgado em novembro do ano passado.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi proposto há cerca de 20 anos pela ONU como alternativa aos tradicionais indicadores de desenvolvimento dos países baseados no rendimento per capita, ao complementar esta informação com indicadores relacionados com a saúde e a educação das populações.
A partir do relatório de 2010, onde é calculado pela primeira vez um indicador sem a componente do rendimento, os investigadores das Nações Unidas chegaram a conclusões surpreendentes. Com efeito, nos países em desenvolvimento, o Top 10 é encabeçado por Cuba, seguida do Chile, Palau (Oceano Pacífico), Lituânia, Montenegro, Letónia, Argentina, Roménia, Uruguai e Geórgia.

17.º lugar no ranking mundial


Cuba encontra-se ainda em 17.º lugar no ranking mundial e o estudo da ONU sublinha que "foi o único país da América Latina no Top 10 do IDH sem a componente do rendimento, ao longo da última década".
Mesmo durante um período "marcado por carências económicas bem conhecidas, os indicadores sociais cubanos continuaram a melhorar, com a esperança de vida da população a aumentar dois anos e a escolaridade esperada a aumentar cinco anos", refere o estudo.
Quanto aos países desenvolvidos, a Noruega perde a liderança mundial para a Austrália, que se encontrava em segundo lugar, os EUA passam da quarta para a sétima posição e surgem quatro novos países no Top 10: Coreia do Sul, Japão, Islândia e Israel, que empurram o Canadá, Suécia, Holanda e Liechtenstein para fora do grupo dos dez melhores, onde figuram ainda a Nova Zelândia, Irlanda e Alemanha.
Como destaca o estudo, "o relatório de 2010 mostra que há uma reduzida correlação entre crescimento económico e melhoramentos na saúde e na educação, mesmo durante longos períodos de tempo".


Charola Flôr de Lis - estilo do começador

Flor de Lis 2011 estilo do começador e coro.

Charolas Flôr de Lis 01/01 2011

Flor de Lis 2011 marcha de saída

Lya - Te vas (Letra)

uma voz espanhola de raça !

Jornal de Campanha - Francisco Lopes - Presidenciais 2011 - 4ª Edição

Saúde - Taxas no Serviço Nacional de Saúde aumentam - RTP Noticias, Vídeo

Saúde - TaxasTaxas no Serviço Nacional de Saúde aumentam
A partir de hoje aumentam várias taxas no Serviço Nacional de Saúde. Um atestado para apresentar numa junta médica aumenta dos 90 cêntimos para os 50 euros. O ministério da Saúde alega que as taxas não tinham aumentos há mais de 20 anos. no Serviço Nacional de Saúde aumentam - RTP Noticias, Vídeo

COINCIDÊNCIAS


 VISÃO - investigou e denuncia.
Cavaco com vivenda de luxo num aldeamento construído pela SLN.



Jornalistas da Visão publicam que Cavaco Silva tem uma vivenda de luxo perto de Albufeira num complexo construído pela Sociedade Lusa de Negócios (BPN). Interpelado pelos jornalistas Cavaco disse não se lembrar onde registou o imóvel depois dos jornalistas da revista semanal terem verificado que a dita vivenda não se encontra registada na conservatória de Albufeira.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

nem só de pão vive o homem !

nem só de pão vive o homem !


Cultura
Associação dos Músicos de Faro pede ajuda aos candidatos presidenciais contra ação de despejo



A Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM), sedeada em Faro, enviou uma carta aberta a todos os candidatos à Presidência da República a denunciar o que alega ser «uma injusta ação de despejo».
«A ARCM é alvo de uma injusta ação de despejo que põe em risco a continuidade do seu projeto que, sem fins lucrativos, mas financeiramente autossuficiente, serve transversalmente a comunidade farense, a cultura da região e representa, nesta dimensão e abrangência, um exemplo único de associativismo que cria as condições necessárias à liberdade criativa e de expressão», lê-se na carta.

Na missiva, além de um breve historial da associação, é chamada a atenção para as consequências do encerramento da sua sede para o tecido cultural da região.

«O encerramento da sede afetaria diretamente duas centenas de pessoas que aqui desenvolvem o seu trabalho artístico. Milhares seriam privados da única sala multiusos com estas características (fora do circuito institucional dos teatros e auditórios municipais), sempre disponível para acolher os mais variados eventos, de concertos a teatro, de convívios de grupo a eventos de solidariedade… A cidade e a região ficaria muito mais pobre, dezenas de bandas e outros grupos artísticos teriam o seu fim por falta de espaço de ensaio», ilustra a associação de músicos.

«A intervenção dos organismos públicos detentores de competências nas áreas em que a ARCM desenvolve atividade, é uma das respostas necessárias para a resolução do problema e que se enquadra nas responsabilidades do estado, expressas na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente nos Artigos 70.º(Juventude) e 78.º (Fruição e criação cultural)», considera a ARCM.

«O Presidente da República eleito com o voto dos portugueses, terá, no que se refere ao garantir do regular funcionamento das instituições democráticas, como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu ato de posse, defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa», conclui a associação.

4 de Janeiro de 2011 |

experiencia

publicação

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Viagens



 Numa tarde em que me sentei ao lado de dois velhotes no banco mais propício á panorãmica do Largo, o tema da conversa dos dois idosos era a ceifa no Alentejo.Por ali foram percorrendo aldeias e montes falando da miséria desses tempos intervalando com peripécias da juventude onde cabiam os namoros quase proibidos,  com a vida de agora que até já nem "balham"  agarrados.
Faziam comparações, falavam da vida árdua mas barata, lembravam o nome dos antigos capatazes e agrários e iam disputando entre si,  nomes de estações e apeadeiros dos caminhos de ferro onde o importante era a Funcheira para beber um copito e comer a pouca comida levada no farnel.Falavam de Lisboa e recordavam-na na única vez que a visitaram convictos de que a cidade ainda hoje estaria como no tempo da sua visita.
A cavaqueira era lenta e um deles adormeceu. O companheiro deu-me um toque no braço e disse baixinho...olha Tóino ! já dorme que nem um de " rabo torcido ".
Sem prever os acontecimentos, fiquei calado durante algum tempo e quando olho para os dois, vi que ambos dormiam profundamente.
Levantei-me e sorrateiramente deixei os dois velhotes descansando talvez depois de um dia arduo de trabalho na ceifa do trigo, ou de uma fatídica viagem á capital.


António Garrochinho
estórias do Largo (1)