Cultura
Associação dos Músicos de Faro pede ajuda aos candidatos presidenciais contra ação de despejo
A Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM), sedeada em Faro, enviou uma carta aberta a todos os candidatos à Presidência da República a denunciar o que alega ser «uma injusta ação de despejo».
«A ARCM é alvo de uma injusta ação de despejo que põe em risco a continuidade do seu projeto que, sem fins lucrativos, mas financeiramente autossuficiente, serve transversalmente a comunidade farense, a cultura da região e representa, nesta dimensão e abrangência, um exemplo único de associativismo que cria as condições necessárias à liberdade criativa e de expressão», lê-se na carta.
Na missiva, além de um breve historial da associação, é chamada a atenção para as consequências do encerramento da sua sede para o tecido cultural da região.
«O encerramento da sede afetaria diretamente duas centenas de pessoas que aqui desenvolvem o seu trabalho artístico. Milhares seriam privados da única sala multiusos com estas características (fora do circuito institucional dos teatros e auditórios municipais), sempre disponível para acolher os mais variados eventos, de concertos a teatro, de convívios de grupo a eventos de solidariedade… A cidade e a região ficaria muito mais pobre, dezenas de bandas e outros grupos artísticos teriam o seu fim por falta de espaço de ensaio», ilustra a associação de músicos.
«A intervenção dos organismos públicos detentores de competências nas áreas em que a ARCM desenvolve atividade, é uma das respostas necessárias para a resolução do problema e que se enquadra nas responsabilidades do estado, expressas na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente nos Artigos 70.º(Juventude) e 78.º (Fruição e criação cultural)», considera a ARCM.
«O Presidente da República eleito com o voto dos portugueses, terá, no que se refere ao garantir do regular funcionamento das instituições democráticas, como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu ato de posse, defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa», conclui a associação.
4 de Janeiro de 2011 |
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