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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


Saúde

Seguro alerta para “eventual desgraça” e quer solução para transporte de doentes

29.02.2012 - Lusa

“É altura de o primeiro-ministro não se desculpar”, diz o líder do PS“É altura de o primeiro-ministro não se desculpar”, diz o líder do PS (Foto: Nuno Ferreira Santos)
 O líder do PS, António José Seguro, alertou nesta quarta-feira para uma “eventual desgraça” relativamente ao transporte não urgente de doentes, reclamando uma solução do Governo para que “nenhum português fique privado de chegar com vida a uma unidade de saúde”.

“Estamos nas vésperas de uma eventual desgraça que possa existir no que diz respeito ao transporte de doentes”, considerou o secretário-geral do PS, durante uma visita ao quartel da corporação de bombeiros de Avis, no distrito de Portalegre.

António José Seguro visita nesta quarta-feira vários concelhos daquele distrito alentejano, no âmbito do Roteiro em Defesa do Interior do PS – levou já Seguro, na semana passada, aos distritos de Bragança, Guarda e Vila Real.

Na deslocação a Avis, a primeira iniciativa para este dia na região de Portalegre, Seguro aproveitou para chamar a atenção para as dificuldades financeiras de várias corporações de bombeiros, devido aos cortes no transporte de doentes.

“Já há muito tempo que os bombeiros de Avis transportam doentes gratuitamente”, afirmou, explicando que as pessoas, que têm “poucos recursos financeiros”, vêm do médico sem que lhes seja passada a respectiva credencial.

“É altura de o Governo, de uma vez por todas, encontrar uma solução para que nenhum português fique privado de chegar com vida a uma unidade de saúde”, exigiu o líder socialista.

Segundo o secretário-geral do PS, o Governo deve “perceber, de uma vez por todas, que tem que ouvir as populações, tem que ouvir os bombeiros e tem que encontrar uma solução que não ponha em causa a vida das pessoas”. “Com a saúde das pessoas não se brinca”, disse, argumentando também que, “no interior de Portugal, os portugueses são duplamente penalizados com esta situação”.

Passos é “apaixonado pela austeridade”

O secretário-geral do PS acusou, por outro lado, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de ser “um apaixonado pela austeridade”, defendendo ser altura de “não se desculpar” com o anterior Governo socialista e “assumir as suas responsabilidades”.

O líder socialista foi ainda questionado sobre as recentes palavras do Presidente da República – em entrevista à rádio TSF, Cavaco Silva considerou ser “impossível impor mais austeridade” a um conjunto de portugueses mais vulneráveis –, afirmando: “Há muitos meses que digo isso.”

“É altura de o primeiro-ministro não se desculpar e assumir as suas responsabilidades. Há mais de oito meses que governa o país”, frisou. As declarações de Seguro surgem depois de, na terça-feira à noite, em Setúbal, o primeiro-ministro justificar que o Governo foi obrigado a aplicar mais medidas de austeridade para atingir os objectivos do défice para 2012 porque a situação era pior do que dizia o anterior Executivo.

“Se precisámos de ir mais além para chegar aos mesmos objectivos, é porque o nosso ponto de partida não era aquele que nos tinha sido comunicado pelo anterior Governo. Era muito pior”, afirmou Pedro Passos Coelho.

O secretário-geral do PS referiu que, “há muitos meses” e em cada debate quinzenal na Assembleia da República, tem dito ao primeiro-ministro que “a receita que ele escolheu” para Portugal colocou o país “num caminho errado”.

“Há uma alternativa, um outro caminho”, mas “o primeiro-ministro é um apaixonado pela austeridade”, acusou o líder socialista, garantindo que defende “a prioridade ao emprego e ao crescimento económico”.

“Os resultados para os portugueses [das políticas do Governo PSD/CDS-PP] estão à vista. É a política do 'custe o que custar' do actual primeiro-ministro”, criticou. Só que “o 'custe o que custar' do primeiro-ministro dá nisto: mais desemprego e menos economia”, considerou ainda Seguro.


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