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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012



Álvaro Santos Pereira – E se fosse gerir a carreira da...





Imagina-se que para um ultraliberal acreditar que uma sociedade pode mesmo funcionar na exclusiva base do lucro, numa lógica em que tudo é um negócio, mesmo as necessidades mais básicas dos cidadãos... algo tem que estar gravemente avariado no seu cérebro.
De facto, não se vê como é que alguém, na posse de todas as suas faculdades, possa achar normal entregar aos privados todos os cuidados de saúde, educação, transportes, assistência social, gestão de reformas e pensões, etc., colocando a vida de milhões de seres humanos nas mãos de gente motivada apenas pela quantidade de dinheiro que possa acumular à custa das necessidades e fragilidades alheias. E acreditar que isso vai dar certo.
Só que há ultraliberais que vão mais longe. Conseguem afirmar todos os princípios que atrás enunciei... mas com frases e rótulos típicos de verdadeiros débeis mentais. É o caso do nosso genial ministro da Economia, para os mais chegados, “o Álvaro”.
Conseguiu, sem se rir com aquela cara de parvalhão com que a Natureza o castigou, afirmar que os desempregados (lembremos que já são mais do que um milhão) passarão a ter nos Centros de Emprego, não funcionários públicos motivados e empenhados em fazer os possíveis por ajudar a encaminhar os seus casos desesperados, mas sim... «Gestores de Carreira».
Isto é, ou não é, gozar com a cara das pessoas? Isto mereceria, ou não, uma resposta, curta, grossa e adequada?

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