Pondo alguns pontos nalguns iiiii
Neste contexto do "Espaço para o Tempo", acontece, por vezes, não ter espaço para colocar tudo aquilo que, com tempo, me vai passando pela cabeça, pela ideia. Às vezes ficam só uns tópicos, que necessitariam de mais espaço para precisar melhor o que quero dizer com o que digo (escrevo), não me ficando naquela de que: "...meia palavra basta".
Ainda há dois números atrás, no artigo que escrevi sob o título de "Conflitos de Gerações e outros", referi-me, criticamente, a indivíduos que tinham "navegado" nas mesmas águas político-ideológicas que eu e que teriam passado para as áreas de influência do PS ou mesmo do PSD.
Poderá ter ficado na ideia de alguns leitores, que eu não conceba ou não reconheça a legitimidade de outras pessoas receberem a influência, concordarem ou mesmo escolherem militar nesses ou noutros partidos; de terem opções ideológicas ou políticas diferentes das minhas.
Quero aqui deixar bem claro que, não só percebo a existência da diversidade de pontos de vista, como respeito as opções de cada um, procurando, eu, compreender, tanto quanto possível, as razões e fundamentos dessas opções. Tal não significa que tolere todo o tipo de meios usados por alguns (individual ou colectivamente) para atingir os seus objectivos. O que critiquei então, e que critico, é aquele ar de "mandar poeira para os olhos" ou de "esperteza saloia" de certo tipo de indivíduos que andam ao "sabor da maré" ou "atrás do que está a dar".
Dizia, ironicamente, Churchil, o famoso 1º Ministro britânico do tempo da 2ª Grande Guerra, que a Democracia era o pior dos regimes políticos, exceptuando todos os outros. É evidente que Churchil se referia ao conceito que tinha de Democracia, o da Democracia formal, parlamentar, burguesa, capitalista. Assente no reconhecimento dos direitos político-sociais elementares mas, fundamentalmente, no princípio da propriedade privada dos meios de produção e da apropriação privada da mais-valia produzida pela acção do trabalho colectivo, o lucro. No caso de Churcil, admitindo mesmo, que o Estado deveria ter algum papel na correcção das insuficiências e desvios das "leis do mercado" (nome que dão à lei do mais forte, económica e financeiramente).
Tal ironia de Churchil tem o mesmo significado do que o que me diziam, aparentemente convictos, aqueles a quem me referi, de que a Democracia, afinal, seria o regime menos mau. É também evidente, que aqueles indivíduos fingiam esquecer que, nos nossos conceitos e linguagem, (nossos, daquela área ideológica e política, de influência comum marxista-leninista), a Democracia não se limita àquele formato, tendo até, como primeiro formato alternativo, a Democracia Popular, Socialista, assente não só no respeito, mas na prioridade da garantia dos direitos políticos sociais e económicos fundamentais das populações. Para tal, disporia o Estado, de organismos de gestão descentralizada, da propriedade pública dos principais meios de produção e da redistribuição criteriosa da mais-valia produzida pela acção do trabalho, direccionado para a produção e reprodução de mais qualidade de vida, colocando no mercado os bens e serviços necessários ao cumprimento daquele objectivo. Admito e assumo que, nas diferentes experiências de aplicação destes projectos houve fases e períodos de mais democracia (ainda que, paradoxalmente, sob a designação de "Ditadura do Proletariado", por vezes mais explicitamente, de "Ditadura Democrática do Proletariado" - e volta a faltar espaço...) e outras fases e períodos em que esta foi preterida em proveito de outros interesses.
Continuando na senda do respeito pela expressão da diversidade de pontos de vista e nomeadamente das opções eleitorais dos que não pensam como eu, pretendo manifestar, respeitosamente, que acho que a recente escolha eleitoral maioritária não foi acertada; foi escolhida uma equipa que defende a intervenção do Estado na Economia, corrigindo algumas insuficiências das "leis do mercado", na submissão à lei dos mais fortes económica e financeiramente, e na redistribuição criteriosa dos prejuízos causados pelas políticas anteriores.
Ainda há dois números atrás, no artigo que escrevi sob o título de "Conflitos de Gerações e outros", referi-me, criticamente, a indivíduos que tinham "navegado" nas mesmas águas político-ideológicas que eu e que teriam passado para as áreas de influência do PS ou mesmo do PSD.
Poderá ter ficado na ideia de alguns leitores, que eu não conceba ou não reconheça a legitimidade de outras pessoas receberem a influência, concordarem ou mesmo escolherem militar nesses ou noutros partidos; de terem opções ideológicas ou políticas diferentes das minhas.
Quero aqui deixar bem claro que, não só percebo a existência da diversidade de pontos de vista, como respeito as opções de cada um, procurando, eu, compreender, tanto quanto possível, as razões e fundamentos dessas opções. Tal não significa que tolere todo o tipo de meios usados por alguns (individual ou colectivamente) para atingir os seus objectivos. O que critiquei então, e que critico, é aquele ar de "mandar poeira para os olhos" ou de "esperteza saloia" de certo tipo de indivíduos que andam ao "sabor da maré" ou "atrás do que está a dar".
Dizia, ironicamente, Churchil, o famoso 1º Ministro britânico do tempo da 2ª Grande Guerra, que a Democracia era o pior dos regimes políticos, exceptuando todos os outros. É evidente que Churchil se referia ao conceito que tinha de Democracia, o da Democracia formal, parlamentar, burguesa, capitalista. Assente no reconhecimento dos direitos político-sociais elementares mas, fundamentalmente, no princípio da propriedade privada dos meios de produção e da apropriação privada da mais-valia produzida pela acção do trabalho colectivo, o lucro. No caso de Churcil, admitindo mesmo, que o Estado deveria ter algum papel na correcção das insuficiências e desvios das "leis do mercado" (nome que dão à lei do mais forte, económica e financeiramente).
Tal ironia de Churchil tem o mesmo significado do que o que me diziam, aparentemente convictos, aqueles a quem me referi, de que a Democracia, afinal, seria o regime menos mau. É também evidente, que aqueles indivíduos fingiam esquecer que, nos nossos conceitos e linguagem, (nossos, daquela área ideológica e política, de influência comum marxista-leninista), a Democracia não se limita àquele formato, tendo até, como primeiro formato alternativo, a Democracia Popular, Socialista, assente não só no respeito, mas na prioridade da garantia dos direitos políticos sociais e económicos fundamentais das populações. Para tal, disporia o Estado, de organismos de gestão descentralizada, da propriedade pública dos principais meios de produção e da redistribuição criteriosa da mais-valia produzida pela acção do trabalho, direccionado para a produção e reprodução de mais qualidade de vida, colocando no mercado os bens e serviços necessários ao cumprimento daquele objectivo. Admito e assumo que, nas diferentes experiências de aplicação destes projectos houve fases e períodos de mais democracia (ainda que, paradoxalmente, sob a designação de "Ditadura do Proletariado", por vezes mais explicitamente, de "Ditadura Democrática do Proletariado" - e volta a faltar espaço...) e outras fases e períodos em que esta foi preterida em proveito de outros interesses.
Continuando na senda do respeito pela expressão da diversidade de pontos de vista e nomeadamente das opções eleitorais dos que não pensam como eu, pretendo manifestar, respeitosamente, que acho que a recente escolha eleitoral maioritária não foi acertada; foi escolhida uma equipa que defende a intervenção do Estado na Economia, corrigindo algumas insuficiências das "leis do mercado", na submissão à lei dos mais fortes económica e financeiramente, e na redistribuição criteriosa dos prejuízos causados pelas políticas anteriores.
Autor: José Baeta
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