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sábado, 17 de setembro de 2011

Pobres patrões!


O “enorme aumento da ofensiva da legislação laboral” (como bem lhe chama a CGTP), o fundo de despedimentos cozinhado pelo governo Passos/Portas, é rejeitado tanto pelos trabalhadores, como pelos patrões... embora, obviamente, por diferentes motivos.
Ontem, num canal de televisão, o Sr. António Saraiva, presidente da CIP, queixava-se dos males que atacam o patronato, explicando a sua rejeição deste “fundo” e apontando armas a uma das causas desses males: «Os trabalhadores têm todos os direitos!» - disse ele.
Convenhamos que isso é mais do que evidente! É exactamente por essa razão que, salvo raríssimas excepções, os trabalhadores tendem a ser mais ricos do que os seus patrões.
...e se não acreditam em mim, deem uma espreitadela aos parques de estacionamento reservados aos “jeepes” topo de gama das funcionárias das caixas do Continente/Belmiro de Azevedo... ou das empregadas das peixarias do Pingo Doce/Alexandre Soares... ou aos Ferraris e Porsches em que aceleram para casa as operárias das corticeiras do Amorim.

 


Pobres patrões! (2)


Do país que muitos, por teimosia, ignorância, cegueira, simples estupidez - e vá lá saber-se por que motivos mais – continuam a chamar a pátria da liberdade e da democracia, chegam constantemente notícias contraditórias. Ao mesmo tempo que na ciência, nas artes, no desporto, no puro entretenimento de qualidade, a “américa” continua a ter gente capaz do melhor, vai sendo governada (mais ainda nos bastidores do que às claras) por verdadeiros gangsters. Gente capaz do pior e do mais abjecto para vender as suas armas, os seus produtos de consumo, a sua política externa imperialista, a sua incontrolável cultura de violência e rapina global.
Trata-se de gente que, apesar da sua “cassete” neoliberal sobre “liberdade”, a “escolha individual”, o “menos estado”, na verdade cultiva o maior desprezo pelo indivíduo comum, pelo cidadão, pelos trabalhadores. Só isso explica que aquela que é (ainda) a maior economia do planeta, não consiga ter solução para resolver os mais básicos problemas de milhões dos seus cidadãos, como nos diz esta notícia, sobre os quase 50 milhões de pobres nos EUA.
Um país que se orgulha do espírito empreendedor e ferozmente independente de canalhas, como estes patrões (uma estirpe de porcos carnívoros e selvagens), que acham pura e simplesmente que «estão no direito de demitir» uma funcionária que, por razões de saúde, razões essas apoiadas por relatórios médicos, se viu obrigada a faltar ao emprego uns poucos dias mais do que aquilo que estava estipulado, quando se submeteu a uma intervenção cirúrgica... para doar um rim a um filho.
(Pronto! Lá estou eu a ser antiamericano primário, sectário, etc., etc...)

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