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sábado, 17 de setembro de 2011


Diretor a prazo inicia trabalho com poupança de milhões
17-09-2011

O novo diretor regional de educação reduziu o "staff" do organismo que dirige e já poupou por ano 2 milhões de euros em salários. Mas pode estar a prazo se o governo cumprir a meta de Dezembro de 2012 ao acabar com o seu posto. As novidades vêem esta semana no semanário o Algarve.  
 
Alberto Almeida é o novo director regional de Educação do Algarve, pelo menos até Dezembro de 2012, altura em que está prevista a extinção das direcções regionais de Educação, medida que considera “tremendamente racional e lógica”. Começou por reduzir nos funcionários e poupa num ano cerca de dois milhões de euros.
A Direcção Regional de Educação do Algarve vai sofrer um emagrecimento, mas “não vai haver redução de qualidade”, segundo referiu Alberto Almeida, o novo director regional de Educação da região, em entrevista ao semanário O ALGARVE.
“Há aqui um interesse manifesto de redução de gordura, mas mais em termos de recursos humanos, porque há perspectivas de que as coisas se façam melhor”, afirmou o responsável, salientando que “não é roubar àquilo que é básico e essencial num sector destes, que é assumidamente reconhecido como fundamental, mas retirar gordura”. “Temos condições para passar bastante bem, mesmo com esta redução, sem penalizar o que quer que seja”, sustentou Alberto Almeida, que considera que “também as câmaras sentem que têm sectores carregados”, empregando “grupos de pessoas que não têm nada para fazer, só que não podem fazer nada”.
Para o director, a direcção fica bem entregue, com um grupo técnico que considera “excelente”. “Vamos levar isto a bom porto e é por isso que não me assusta muito esta redução, embora me tenham mostrado, em termos de espaço físico, muitas secretárias vazias, na sequência deste regresso à escola de uma boa fatia de professores, cerca de 27”, comentou, afirmando-se “confiante” nos “reajustamentos”. Uma redução que representa cerca de dois milhões de euros de poupança em salários.
“Um ou outro espaço ficaram mais frágeis por força deste emagrecimento, mas temos técnicos experientíssimos e não vamos sentir, em termos de qualidade, o emagrecimento e as poupanças”.
Confrontado com a extinção das direcções regionais de Educação após Dezembro de 2012, sendo por isso um director a prazo, Alberto Almeida considera a mudança “tremendamente racional e lógica”. “O que se pretende é canalizar e transferir responsabilidades deste organismo para as próprias escolas. É dar mais poder às escolas e deixar que sejam elas a definir determinados objectivos”, já que actualmente “estão condicionadas a um sistema central”, o que torna a medida, neste aspecto, “extraordinariamente positiva” aos olhos do director. As direcções regionais de Educação serão deste modo substituídas por uma “delegação” ou outra “estrutura”, já em Janeiro de 2013. “Pensa-se que isto vai trazer funcionalidade e ganhos em termos práticos, não só em termos de orçamento de Estado, que esse é um dos objectivos, aos mais diversos níveis, deste Governo”, asseverou.
Para o director, “por imperativos nacionais, o País tem mesmo de entrar nos eixos”, pelo que “o objectivo é poupar, mas poupar bem, sem prejudicar aquilo que é essencial e que é a essência, neste caso, do próprio ministério”, a educação, que de acordo com o responsável, “está na base de tudo”.
A mudança torna-se ainda mais positiva tendo em conta o actual ministro da Educação, que elogiou convictamente. “Acredito que este ministro da Educação, para além de ser um homem desta área, tem aquela sensibilidade que nem todos têm”, assegurou, reforçando: “Já vimos ministros que enchiam a boca com a paixão e depois agrediam uma das partes. Para haver paixão, tem de haver cumplicidade entre as partes”, assegurou.
Em relação ao novo modelo de gestão escolar, Alberto Almeida frisou que “tem de haver muitas introduções de sistemas novos”, mas que “o princípio é bom”. “É dada mais autonomia às escolas, responsabilizando-as. É o princípio de liberdade-responsabilidade que dá às escolas condições e poder de decisão, enquadrando-se muito melhor nas suas necessidades”, referiu.
Entre as novas medidas, já se sabe que houve recentemente “acordos entre o sindicato e o ministério em relação a uma das partes muito importante, que tem a ver com a classe docente”.
Ligado à educação há mais de 30 anos, tendo sido director do Colégio de São Brás, desempenhado vários cargos no ensino e sendo actualmente professor de Português e Francês na Escola Secundária de Olhão, Alberto Almeida reconhece-se com algum “mérito” para assumir o cargo, considerando este um “desafio extraordinário”, mas anuncia que o mundo da educação é “muito complicado”, não tendo sido “convenientemente tratado”. “A educação não tem merecido a atenção que merece, ao longo dos anos, e por isso é que temos enfrentado vários problemas”, realçou, defendendo, no entando, que “da parte deste ministério, há um forte empenhamento, um grande amor e uma grande vontade de valorizar a educação”, dando-lhe “o papel que efectivamente merece”, já que “é importantíssima, está na base da própria sociedade” e “do desenvolvimento de um País”.
Para além das suas funções de professor, o novo director regional de Educação do Algarve é ainda, actualmente, vereador da Câmara de Olhão, sendo detentor dos pelouros do trânsito e relações internacionais e fazendo parte dos concelhos de administração dos mercados de Olhão e Ambiolhão. No entanto, já anunciou que vai prescindir do cargo. “Foi-me pedido que estivesse na direcção de Educação 24 horas por dia, o que mostra o empenhamento dos nossos responsáveis superiores, para que as coisas não falhem ou falhem o menos possível”, explicou.
Observatório do Algarve

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