23-09-2011
A Repartição de Finanças de Faro colocou em hasta pública um terreno destinado à construção urbana com uma área de 3.011 m2, pertencente ao Sporting Clube Farense, pelo preço base de venda de 415,9 mil euros.
Esse terreno, situado junto às piscinas e ao pavilhão municipais, na freguesia da Sé, foi doado ao clube da capital algarvia pelo anterior executivo camarário.
“A sua localização exacta nunca foi bem definida pela Câmara, nem o Farense efectuou qualquer edificação no mesmo”, explicou António Barão, presidente do Sporting Clube Farense, que até nem se importava que aparecesse um comprador do terreno. “Essa verba daria para reduzirmos o passivo que temos para com o Estado,”, afirmou o dirigente algarvio.
Também Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, não se opõe a esta hasta pública, mas não acredita na sua viabilidade.
“O terreno, por imposição da Câmara, só poderá servir para a instalação de um infra-estrutura desportiva e, dificilmente, haverá um privado a investir tanto dinheiro para esse efeito”, esclarece o autarca.
As propostas para a aquisição do terreno poderão ser efectuadas até dia 28 de Setembro.
Passivo ronda os três milhões
A direcção do Farense anunciou na assembleia-geral, realizada em Fevereiro, que o passivo do clube desceu de 10 milhões para cerca de três milhões de euros.
“Houve um grande trabalho do nosso fiscalista, que aproveitou a prescrição de alguns processos junto da Segurança Social e do Fisco”, explicou, na altura, António Barão, que anunciou que há um acordo com a Segurança Social para pagar, em 60 prestações, os 80 mil euros em dívida.
“O grande problema continua a ser as dívidas para com alguns ex-atletas que accionaram judicialmente o clube e que nos impede de realizar inscrições na Federação Portuguesa de Futebol”, explicou o presidente do Farense.
Parado está o processo de venda da Estádio de S. Luís, que permitiria o saneamento financeiro do Farense, mas a actual conjuntura de crise, que baixou significativamente os preços no mercado imobiliário, fez com que as negociações com alguns grupos económicos não se concretizassem.
Observatório do Algarve
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