O compasso de espera… no Algarve
As crises são um compasso de espera e quando tudo deveria ser posto em causa, o lado contrário, o do poder que provocou a crise, procura subjugar o outro, impondo-lhe as suas soluções.
Num dos momentos chave da vida do Algarve e respaldadas na governação PSD/CDS com maioria reforçada no parlamento pela extensão ao P”S”, as forças dominantes na região lançam os primeiros traços da estratégia de retoma sem data marcada.
A primeira semente saiu do honoris André Jordan, com a perspectiva da “Florida da Europa” e, a segunda, em concertação, do incontornável “porta-voz” da região, o doutor Mendes Bota, deputado que se propõe conduzir a aprovação do Estatuto dos Cidadãos Estrangeiros Residentes que, pelo peso dos bolsos, naturalmente alcançarão mais benesses que os residentes.
Duas ideias convergentes destes dignitários e largamente sustentadas entre a alta finança, com propósito de, passadas as convulsões para o pagamento da dívida pelo trabalho, recolocar como paradigma da nova escalada económica e financeira, os motores das várias frentes do imobiliário e da sua enorme capacidade especulativa e geradora de grandes lucros que, invariavelmente, recebem apoios superiores, flanqueiam as leis e as malhas das contribuições tributárias.
Será o regresso do velho sistema com novas vestes jurídicas, para uma nova etapa de exaustão da ocupação dos espaços e resultados proveitosos de curto prazo.
Nesta estratégia, cabem todos os rincões naturais disponíveis no território algarvio, abandonando de todo a afectação e o interesse pela propalada diversificação dos recursos, como forma de resolver os agravados problemas estruturais resultantes da monocultura do Turismo.
O compasso da crise – a qual no Algarve vem desde o trágico 11 de Setembro de 2001-, só produziu declarações em conformidade com as formas centralistas de ver o Algarve, como uma região de escape nacional e de fixação de escolhas e de receitas, fazendo jeito o apelo especial de Cavaco e deixando quase tudo ao sabor do Allgarve, do curto período de sol e praia e dos estereótipos processuais resultantes das rivalidades partidárias com assentos garantidos.
No decorrer da crise não há debate, as instituições que nos superintendem preferem enfatizar a falta de meios e em tempo de mudança de Governo, a estratégia para o Turismo (a nova secretária de Estado ainda não abriu o livro) é substituída pela luta intestina pela hegemonia nessas instituições, com os maus resultados acumulados.
Os factores negativos do funcionamento da presente época de veraneio vão deixar marcas profundas no tecido empresarial e no emprego e, quando se esperaria um discurso de renovação assente em iniciativa e criatividade, o que se ouve são planos de assalto para o futuro.
De um modo geral, as crises são um tempo para o capital se reorganizar e impor aos seus serventuários da política as novas condições em que se querem mover. E tal como a crise no país está a servir para o estado desinvestir nas necessidades básicas da população, a nível regional, para além desses impactos, são legítimos os receios de que os interesses unilaterais que comandaram a região se preparam para os colocar por cima, com as conivências do costume.
Do Governo não há sinais… apostando na terra queimada e nas práticas da renovação natural do tecido empresarial… as tais mortes positivas, na ideia de que outros se levantarão para o novo ciclo de custearem as novas divagações do Estado e dos prevaricadores protegidos… até nova crise…
Luis Alexandre
Num dos momentos chave da vida do Algarve e respaldadas na governação PSD/CDS com maioria reforçada no parlamento pela extensão ao P”S”, as forças dominantes na região lançam os primeiros traços da estratégia de retoma sem data marcada.
A primeira semente saiu do honoris André Jordan, com a perspectiva da “Florida da Europa” e, a segunda, em concertação, do incontornável “porta-voz” da região, o doutor Mendes Bota, deputado que se propõe conduzir a aprovação do Estatuto dos Cidadãos Estrangeiros Residentes que, pelo peso dos bolsos, naturalmente alcançarão mais benesses que os residentes.
Duas ideias convergentes destes dignitários e largamente sustentadas entre a alta finança, com propósito de, passadas as convulsões para o pagamento da dívida pelo trabalho, recolocar como paradigma da nova escalada económica e financeira, os motores das várias frentes do imobiliário e da sua enorme capacidade especulativa e geradora de grandes lucros que, invariavelmente, recebem apoios superiores, flanqueiam as leis e as malhas das contribuições tributárias.
Será o regresso do velho sistema com novas vestes jurídicas, para uma nova etapa de exaustão da ocupação dos espaços e resultados proveitosos de curto prazo.
Nesta estratégia, cabem todos os rincões naturais disponíveis no território algarvio, abandonando de todo a afectação e o interesse pela propalada diversificação dos recursos, como forma de resolver os agravados problemas estruturais resultantes da monocultura do Turismo.
O compasso da crise – a qual no Algarve vem desde o trágico 11 de Setembro de 2001-, só produziu declarações em conformidade com as formas centralistas de ver o Algarve, como uma região de escape nacional e de fixação de escolhas e de receitas, fazendo jeito o apelo especial de Cavaco e deixando quase tudo ao sabor do Allgarve, do curto período de sol e praia e dos estereótipos processuais resultantes das rivalidades partidárias com assentos garantidos.
No decorrer da crise não há debate, as instituições que nos superintendem preferem enfatizar a falta de meios e em tempo de mudança de Governo, a estratégia para o Turismo (a nova secretária de Estado ainda não abriu o livro) é substituída pela luta intestina pela hegemonia nessas instituições, com os maus resultados acumulados.
Os factores negativos do funcionamento da presente época de veraneio vão deixar marcas profundas no tecido empresarial e no emprego e, quando se esperaria um discurso de renovação assente em iniciativa e criatividade, o que se ouve são planos de assalto para o futuro.
De um modo geral, as crises são um tempo para o capital se reorganizar e impor aos seus serventuários da política as novas condições em que se querem mover. E tal como a crise no país está a servir para o estado desinvestir nas necessidades básicas da população, a nível regional, para além desses impactos, são legítimos os receios de que os interesses unilaterais que comandaram a região se preparam para os colocar por cima, com as conivências do costume.
Do Governo não há sinais… apostando na terra queimada e nas práticas da renovação natural do tecido empresarial… as tais mortes positivas, na ideia de que outros se levantarão para o novo ciclo de custearem as novas divagações do Estado e dos prevaricadores protegidos… até nova crise…
Luis Alexandre
Sem comentários:
Enviar um comentário