CHEGAR TARDE DEMAIS À ÍTACA DO COSTUME
Por Ítaca me fui desencontrando
Da sagrada missão da Poesia...
Se acaso a encontrei, nem nela havia
Tradução pr`á linguagem do meu pranto
Mal Ítaca pisei, fui encalhando
Naquele praia urgente e já vazia
Que quanto mais negada, mais crescia
Enredando-me toda no seu manto
Se algum farol em Ítaca se erguia,
Se, à porta, me pediram senha ou santo
Pr`á singular passagem que antevia
Não o posso afirmar. E, no entanto,
Em Ítaca, chorando, eu redimia
Cada poema à luz do desencanto
Maria João Brito de Sousa
blog poetaporkedeusker
1 comentário:
Muito obrigada pela publicação, amigos! :) Saí do CJ para vir publicar e fui "apanhada" pelo caminho, no cafézinho do costume.
Um enorme abraço para vocês! :)
Enviar um comentário