O fascismo é um regime de governo altamente nacionalista e autoritário que teve grande relevância na Europa no século XX.
Na Itália, o regime fascista foi estabelecido após a Primeira Guerra Mundial sob o comando de Benito Mussolini, que governou de 1922 a 1943. Na mesma época, os ideais fascistas serviram de base para o surgimento do nazismo na Alemanha.
Com ideias altamente contrárias ao liberalismo, marxismo e anarquismo, o fascismo é classificado como um regime de extrema-direita marcado por um governo ditatorial e militarizado.
Veja as 8 principais características que definem esse tipo de governo.
1. Valoriza o nacionalismo
Os regimes fascistas valorizam de forma intensa o sentimento de nacionalismo. Assim, é comum que os governos fascistas utilizem, de forma exacerbada, propagandas nacionalistas através de lemas, símbolos, músicas e bandeiras.
Em nome no nacionalismo, os governos fascistas utilizam todas as formas possíveis de manipulação da população, seja através da média, da religião ou mesmo da violência. Além disso, os regimes fascistas estabelecidos na Itália e na Alemanha buscavam constantemente a expansão do seu território.
2. Totalitarismo e Corporativismo
O fascismo estabelece um governo totalitário que exerce o controle absoluto dos direitos dos cidadãos, seja no contexto político, cultural ou econômico. Além disso, o governo incita o corporativismo entre todos os setores da sociedade com o objetivo de criar um “Estado Orgânico”.
O maior exemplo de corporativismo fascista ocorreu na Itália durante o governo de Mussolini. Na época, foram criados sindicatos de trabalhadores e de patrões para cada profissão. Esses sindicatos eram submetidos à supervisão do Partido Nacional Fascista, o que garantia que todas as classes, de todas as áreas, estivessem sempre em harmonia com os ideais do governo.
3. Ênfase no militarismo
O fascismo é um regime que acredita na utilização da força e da violência para atingir seus objetivos. Por esse motivo, o governo dedica quantidades desproporcionais de recursos ao financiamento de armas e guerras, chegando a negligenciar outras áreas como saúde ou educação. Neste tipo de governo, soldados e militares são vangloriados pelas massas.
Nos regimes fascistas a polícia é altamente militarizada e possui ampla autonomia para lidar com problemas internos e domésticos que normalmente não necessitam de participação militar.
4. Obsessão com a segurança nacional
Os regimes fascistas possuem uma necessidade constante de preparar a nação para um conflito armado. Com esse objetivo, são propagados discursos de terror para causar um sentimento de insegurança e paranoia na população, que busca se unir para lutar pela mesma causa. Assim, o fascismo utiliza o medo como instrumento de motivação.
5. Desprezo pelos direitos humanos
Em uma sociedade altamente militarizada e em constante confronto, os ideais do governo são constantemente impostos de forma violenta, convencendo os cidadãos de que os direitos humanos não são prioridade. Assim, no fascismo não existe valorização da liberdade, da integridade física, da igualdade ou mesmo da vida.
Nos regimes fascistas, o desprezo pelos direitos humanos é transmitido para a população, que passa a ser conivente com práticas como execuções, torturas, prisões arbitrárias, etc.
6. Desprezo por intelectuais e artistas
Considerando que os governos fascistas possuem o apoio da população, aqueles que não se adéquam aos ideais da nação são abertamente hostilizados.
Por esse motivo, intelectuais e artistas com a capacidade de questionar o regime e influenciar o povo a fazer o mesmo são perseguidos, e qualquer forma de insurgência contra o Estado é rechaçada de forma violenta.
7. Controle da mídia e censura
A fim de manter a integridade do sistema, os regimes fascistas tendem a controlar os meios de comunicação. Por vezes, o controle é exercido diretamente pelo governo e, em outras, a mídia sofre regulação indireta. De qualquer forma, a censura a ideias contrárias ao regime é comum.
8. Usa a religião como forma de manipulação
Tanto na Alemanha quanto na Itália o fascismo, nos primeiros anos, disputava a devoção das pessoas com a igreja. No entanto, os dois governos resolveram utilizar a religião a seu favor para manter os ideais da população alinhados e reunir mais seguidores. Dessa forma, os fascistas passaram a traçar paralelos forçados entre preceitos religiosos e ideologias políticas para manipular as pessoas.
Na Itália, Mussolini, além de ser ateu, havia planeado confiscar os bens da igreja até decidir incorporar a retórica religiosa em seus discursos.
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