I
Em certa ocasião, Salazar teria ido visitar um asilo de crianças pobres. Como não tinha descendentes, disse ao director que gostaria de proteger um desses meninos como se fosse seu filho.
Desejava, explicou, que esta sua decisão fosse mais do que um prémio ao melhor estudante: seria, sobretudo, uma distinção ao aluno mais inteligente, prometeu.
Sem hesitação, o responsável pelo asilo apontou ao ditador um garoto simpático, bom aluno, com um ar “muito esperto” e, “incontestavelmente, o mais inteligente”.
Dito isto, Salazar aproximou-se dele:
- “Que desejarias ser quando fores homem?”Perguntou.
“Que posso eu ser, sem pai, nem recursos?”,
Disse o jovem, devolvendo a questão.
Disse o jovem, devolvendo a questão.
- “Bem”, insistiu Salazar “mas, se fosses meu filho, o que desejarias ser ?”
Órfão!”, respondeu a criança, delicadamente.
II
Diz-se “Que Salazar teria caído a um rio.
Salvo por nadador afoito, quando em terra, teria perguntado ao seu salvador o que desejava que lhe oferecesse, por lhe ter salvo a vida.
Mas que pode o Sr. dar-me ?
- O que quiser. Ou não sabe que eu sou o Salazar?
Ah é! Não sabia não. – Então peço-lhe realmente um grande favor.
- Sou todo ouvidos, disse Salazar.
Não diga a ninguém que fui eu que o salvei.
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