Por mais de 5.000 anos, os árabes comercializaram especiarias, sobretudo de duas fragrâncias altamente valorizadas no passado: o incenso e a mirra, obtidas de árvores que crescem exclusivamente no extremo sul da Península Arábica. A seiva seca e aromática era então transportada por caravanas, seguindo pelo deserto do Sinai até o Egito, através daquela que ficou conhecida como "rota do incenso". Uma vez ali, eram carregadas em navios que tinham distantes destinos através do Mar Mediterrâneo.
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O incenso e a mirra estavam em alta demanda na Europa e Ásia. Os gregos, os romanos, os egípcios, os israelitas e muitas outras culturas usavam estes perfumes como parte de suas cerimônias religiosas.
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O incenso era muito utilizado também em rituais de funerais como material de embalsamamento ou também como oferendas em festas religiosas.
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Supostamente grande parte do interesse se originou pelo incenso ter sido um dos três presentes oferecidos ao menino Jesus pelos três reis magos, de acordo com o Evangelho de Mateus.
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Além de suas propriedades aromáticas, o franquincenso tem muitos usos práticos, sua fumaça, por exemplo, ardente afasta os mosquitos e outros insetos voadores.
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Tradicionalmente, o incenso foi usado para curar uma grande variedade de aflições, incluindo úlceras, hipertensão, náuseas, febre, indigestão, tosse torácica e recuperação pós-parto.
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O comércio de incenso floresceu entre o século XIII a.C. e o século IV d.C., tornando os comerciantes árabes uns dos mais ricos do mundo.
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No entanto, uma vez que o cristianismo se tornou a religião dominante, a cremação foi substituída por enterros que diminuíram de forma significativa a demanda por incenso.
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O uso como cosmético para o cuidado do corpo também diminuiu drasticamente no mundo cristão, que franziu a testa para a luxúria e a indulgência nos prazeres corporais.
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O comércio de perfumes morreu lentamente e muitas cidades ao longo das rotas comerciais foram ficando gradualmente desertas.
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As plantações da própria árvore de olíbano diminuiu lentamente, em parte devido à sobrexploração.
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Além disso, a queima, o pastoreio e os ataques do besouro-chifrudo (cerambicídeos) reduziram a população de árvores.
Via: Salalah Oman
Um dos locais originais onde esta árvore era cultivada, e ainda floresce, é Wadi Dawkah, no Omã.
Via: Salalah Oman
Este vale seco tem uma estimativa de 5.000 pés de incenso desenvolvendo, a mais antiga com estimativa de mais de 200 anos de idade. A seiva das árvores ainda é colhida ali pelas tribos de beduínos locais.
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As árvores de incenso de Wadi Dawkah, juntamente com os restos do oásis da caravana de Shisr e os assentamentos abandonados de Khor Rori e Al-Baleed foram coletivamente inscritos na lista de Patrimônio Mundial da Unesco como "A Terra do Incenso".
Via: Wandering Quilter
Fonte: Amusing Planet.
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