AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

terça-feira, 30 de julho de 2019

30 de Julho de 1848: É inaugurada a iluminação a gás, na Baixa de Lisboa, a primeira em Portugal


A iluminação pública em Lisboa teve início em 1780, com iluminação a azeite, em candeeiros oferecidos pela Rainha, para iluminar as ruas mais importantes da cidade. 

Estes foram retirados em 1792 devido à falta de financiamento do azeite para os candeeiros, que era feito através de cobranças aos habitantes das ruas iluminadas. Passados 10 anos as ruas voltaram a ser iluminadas para satisfazer a vontade da Rainha, que incluía a expansão para mais ruas, para além daquelas que estariam iluminadas em 1792. É criado um imposto para manter este sistema


Em 1848 é inaugurado o novo sistema de iluminação a gás. Companhia Lisbonense de iluminação a Gás inicia o seu serviço de iluminação pública a gás. 
Os seus candeeiros iluminavam a zona central da cidade e a pouco e pouco foram-se estendendo a toda a cidade. Os candeeiros adoptados tinham armações de base rectangular em que o sistema (de espalhador) era acendido manualmente pelo chamado vaga-lumes.


No dia 30 de Julho de 1848 a população da cidade de Lisboa saiu em massa  à rua, para assistir à inauguração da  iluminação a gás.

Nas noites seguintes continuava o “alvoroço”, a nova luz "abria a noite", para muitos tinha chegado a Portugal a inovação, para outros era uma nova desgraça que ia arruinar as indústrias do azeite, estragar e esburacar as ruas da cidade. 

A iluminação a gás era feita através de uma rede de canalizações subterrâneas. Entretanto, as freguesias mais periféricas do centro de Lisboa eram iluminadas por candeeiros a petróleo, que acabaram por ser o substituto dos óleos naturais nestas áreas.

Coube a um conjunto de empresários lançar este projecto em Portugal, sendo actualmente o gás o mais antigo serviço público privado existente em Portugal. 

Lisboa foi a primeira cidade a ter gás, seguindo-se outras cidades, entre elas, Oeiras, Matosinhos, Évora, Aveiro, Setúbal, Braga, Leiria, Santarém, Porto…


Imagem relacionada
Terreiro do Paço, destacando-se a estátua equestre de D. José I e o acendedor de candeeiros, Arquivo Municipal de Lisboa, AFML - A12592

Sem comentários: