Devo confessar que até bem pouco tempo atrás nunca havia ouvido sequer falar neste dispositivo movido a água que é utilizado na captura de peixes, particularmente salmão adulto, e consiste em uma roda giratória com cestas e pás ligadas a um aro. Funciona mais ou menos como uma roda d'água: o mecanismo é colocado no rio de forma que parte do aro fique submerso no rio; a correnteza então impulsiona a roda fazendo com que as cestas "cirandem" as águas confinando os peixes que nadam rio acima, e uma travessa em ângulo desliza a presa pela força da gravidade para uma caixa de coleta.
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O engenhoso dispositivo pode pegar grandes quantidades de peixes e a melhor parte é que os pescadores não tem nem que estar lá. A história conta que uma Roda de Peixes operando no Rio Columbia -o quarto maior dos Estados Unidos, que nasce na Colúmbia Britânica, Canadá-, no início do século 20 capturava nada menos que meia tonelada de salmão todos os dias.
Toda esta eficiência como dispositivo de captura de peixes, no entanto, fez com que as rodas de peixes fossem proibidas nos Estados Unidos, porque ameaçavam extinguir a população de salmão.
Hoje em dia, nos Estados Unidos, as rodas de peixes para a pesca comercial ainda não foram de todo banidas: ainda são permitidas no Alasca ao longo dos rios Copper e Yukon.
Não se sabe quem começou a utilizar rodas de peixe, mas tudo indica que elas foram inventadas na China. As rodas de peixes foram muito utilizadas no passado no Japão; no Garonne, na França e no Tibre em Roma.
Elas foram utilizadas pela primeira vez nos Estados Unidos na Carolina do Norte em 1829, mas a sua implantação mais importante aconteceu no Rio Columbia, no final da década de 1870 onde se tornaram tremendamente eficazes na captura das piracemas de salmão.
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