“A QUEM INTERESSA ACABAR COM ESTA ADSE ?
A quem a quer transformar em algo idêntico a um seguro privado de saúde.
A quem a quer transformar em algo idêntico a um seguro privado de saúde.
Mas esta ADSE não é um seguro de saúde, pois os valores dos prémios não aumentam com a idade, pelo contrário, até diminuem quando o beneficiário se aposenta.
A ADSE não exclui os beneficiários com idade mais avançada, nem os obriga a pagar prémios incomportáveis.
Num seguro de saúde, há limite de despesa anual; mesmo numa situação de doença grave, se o plafond for atingido, o beneficiário é expulso e na ADSE tal não acontece.
A ADSE é uma conquista dos trabalhadores da Administração Pública, não é um privilégio. São estes trabalhadores e também os seus aposentados que a sustentam com as suas contribuições mensais.
Quarenta em cada cem beneficiários da ADSE não descontam, mas têm os mesmos direitos, por exemplo os familiares e os beneficiários que têm pensões mais baixas.
Quarenta em cada cem beneficiários da ADSE não descontam, mas têm os mesmos direitos, por exemplo os familiares e os beneficiários que têm pensões mais baixas.
Este é também um princípio estruturante neste subsistema de saúde, o princípio da solidariedade interprofissional e intergeracional.
Estranha coincidência, a saída destas notícias, no preciso momento em que os cinco grandes grupos privados da saúde em Portugal (LUZ, JOSÉ MELLO SAÚDE, LUSÍADAS, TROFA E HP ALGARVE) ameaçam cessar os atos cirúrgicos através da ADSE, se esta continuar a exigir os cerca de 38 milhões de euros, cobrados abusivamente entre 2015 e 2016.
Estranha coincidência, a saída destas notícias, no preciso momento em que os cinco grandes grupos privados da saúde em Portugal (LUZ, JOSÉ MELLO SAÚDE, LUSÍADAS, TROFA E HP ALGARVE) ameaçam cessar os atos cirúrgicos através da ADSE, se esta continuar a exigir os cerca de 38 milhões de euros, cobrados abusivamente entre 2015 e 2016.
Abusivamente, porque estes cinco prestadores, com base em regras definidas por si próprios, num esquema de cartelização, podem cobrar os preços que entenderem.
Por exemplo, a diferença cobrada por uma prótese, idêntica, entre duas unidades hospitalares de grupos de saúde diferentes pode variar entre 19345 e 31141 euros, uma diferença de 11796 euros.
Outro exemplo, 50mg/ml de Glucose, utilizado em qualquer ato médico, o valor pode variar entre 0.92 euros e 10,60 euros.
Foi esta sobrefaturação cobrada abusivamente e que implica um descontrolo total na despesa, que os grupos privados de saúde se recusam a devolver, tendo recorrido aos tribunais.
Sem a ADSE, estes grupos de saúde não sobrevivem; só entre 2015 e 2018, faturaram a este subsistema 878 milhões de euros .
A ADSE, agora I.P. (Instituto Público), movimenta anualmente mais de 650 milhões de euros, é por isso um bolo muito apetecível para os grupos privados de saúde, que sempre defenderam o caminho da mutualização para este subsistema, o que o transformaria a curto prazo num seguro de saúde privado.
Os beneficiários da ADSE são, também utentes do SNS e para ele descontam; um eventual enfraquecimento deste subsistema levaria, provavelmente, à migração de grande parte dos seus beneficiários (atualmente são 1 211 980) para o SNS, o que provocaria o caos na sua capacidade de resposta.
DEFENDER POR ISSO A ADSE É UM DIREITO E UM DEVER DE TODOS NÓS.
José Costa Dirigente Spgl Barreiro Zona
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