Público, 27/2/2019 |
Em vez de criar mecanismos que disciplinassem os mercados financeiros, a Comissão Europeia deixou-os à solta e, ao mesmo tempo, pressionou o governo português - e de outros países - a receber um empréstimo da troica que elevou a dívida pública para níveis incomportáveis face aos níveis de crescimento económico e à luz do Tratado Orçamental. E aplicou um programa fortemente ideológico que afundou a economia, criou uma maré de desempregados (25% da população activa), uma emigração histórica e destruição de empresas. Criou uma situação de crédito malparado como nunca se vira antes. Afectou a banca nacional, fragilizando-a ainda mais.
E para quê? Para pagar os investimentos feitos pelos bancos franceses e alemães em tíulos portugueses e livrar essa banca de perdas possíveis. E aproveitar a boleia para aplicar um programa ideológico que se demonstrou desastroso.
E agora temos uma situação desequilibrada? Na realidade, trata-se antes de mais um branqueamento das políticas seguidas falhadas que se pretende reformatar e replicar, em mais políticas falhadas, seguindo a mesma receita.
Nada aprendem! E fazem de nós parvos.
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