Mercedes Sosa – Ser comunista ou não ser
“A semente do meu comunismo vem de uma pergunta que ao longo do tempo se renova: Por que há pessoas que nascem sem nada, castigadas pela miséria e pela fome e outras que nascem com tudo e com a possibilidade de se desenvolver intelectualmente?”
“Se é verdade que, como dizem, o capitalismo controla grande parte do mundo, bem, esse capitalismo é o responsável por tanta escravidão, tanta fome e tanta mortalidade infantil.”
“Sim, a direita existe, sem dúvida, e como existe! E com ela o capitalismo, que todo o tempo vive dizendo que não existe mais esquerda.”
“Do jeito que vão as coisas, se fosse verdade o que não é verdade, quero dizer, se fosse verdade que não há mais esquerda, teríamos que inventá-la urgentemente!”
Hoje a nossa amiga Mercedes Sosa não veio aqui para cantar, mas para falar. Estas quatro frases são excertos de uma entrevista que faz parte da sua biografia “Mercedes Sosa – La Negra”, escrita por Rodolfo Braceli. Um dos meus leitores brasileiros e autor de letras de canções, Léo Nogueira, dono de um excelente blog, “O X do poema”, fez a tradução para português, que pode ser lida AQUI.
Vem isto a propósito do facto de, dentro de poucas horas, ir fazer uma visita à Festa que me proporcionou, há muitos anos (1979, Alto da Ajuda), ouvir Mercedes Sosa cantando ao vivo. E como cantou!
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