João de Deus Pinheiro – O aceitante
O “bon vivant” João de Deus Pinheiro, bem poderia limitar-se a achar as bolas de golfe que atira para a água, ou para o meio das árvores... mas não. Também acha outras coisas e, infelizmente, partilha os seus achados. Recentemente fez dois:
1. Acha que deve ser aumentada a idade da reforma e que as pensões devem ser «menos generosas».
2. Decidiu que não se deve dar muito crédito a «algumas coisas que se dizem sobre a degradação ambiental» e, na passada, defendeu a construção de centrais nucleares em Portugal, sob o pretexto de que é mais barata... os riscos são «perfeitamente aceitáveis».
Atendendo aos exemplos que nos são dados pelo recente desastre no Japão e pela longa lista de anteriores desastres, noutros países, com os mortíferos resultados que se conhecem; atendendo ao facto de mesmo os mais antigos acidentes em centrais nucleares continuarem a fazer vítimas entre os sobreviventes; atendendo ao facto de ainda ninguém saber o que fazer aos resíduos tóxicos que as ditas centrais produzem... a não ser depositá-los em países do terceiro mundo... não me parece que “aceitável” seja o melhor termo para classificar o risco nuclear.
Já muito "aceitável", extremamente aceitável, diria mesmo, é o volume de dinheiro, presentes vários e demais "argumentos", com que os investidores e “lobistas” da energia nuclear enchem os bolsos e as contas bancárias de figuras públicas e políticos da estirpe de João de Deus Pinheiro, para que andem por aí vomitando elogios à energia nuclear e ao carácter «perfeitamente aceitável» dos seus riscos.
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