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segunda-feira, 12 de setembro de 2011


Alcoutim quer ligação a Espanha por teleférico
12-09-2011

Os municípios de Alcoutim e de Sanlúcar, Espanha, estão a estudar a possibilidade de ficarem ligados por teleférico em 2014, no âmbito de um projeto transfronteiriço comparticipado comunitariamente que seria “inédito”, disse o presidente da câmara algarvia.  
 
O projeto prevê a ligação por teleférico entre Alcoutim e Sanlúcar sobre o Rio Guadiana, fronteira natural entre Portugal e Espanha, e terá fins turísticos, uma vez que, segundo Francisco Amaral, a localidade algarvia “continua a bater-se pela construção da ponte” internacional entre as duas localidades.
“Este projeto está em fase inicial, existe esta ideia apadrinhada pela Câmara de Alcoutim, pelo Ayuntamiento (município) de Sanlúcar e pela Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlúcar. Foi feita uma consulta prévia a uma empresa do Porto, que fez o teleférico do Funchal, há quatro propostas de localização e estamos a escolher uma delas”, afirmou Francisco Amaral.
O presidente da Câmara de Alcoutim, um dos concelhos do país mais desertificados e com a população mais envelhecida, explicou que o teleférico seria “inédito, uma vez que não há nenhuma estrutura deste tipo que ligue dois países”.
Francisco Amaral frisou que continua “a lutar pela construção da ponte”, apesar de reconhecer “as dificuldades que o Governo tem” devido às medidas de contenção orçamental adotadas para fazer frente à crise financeira e económica que se vive no país.
“Mas é exatamente em tempos de dificuldades que se deve ter mais atenção às zonas mais deprimidas, como é o caso das zonas do nordeste algarvio”, defendeu.
O autarca revelou que o custo do projeto “será de dois milhões de euros, que podem ser financiados a 80 por cento pela União Europeia”, ao abrigo de uma dotação existente para a cooperação transfronteiriça.
“A restante verba será financiada a 50 por cento pela Câmara de Alcoutim e pela Diputacíon Provincial de Huelva”, da qual faz parte o Ayuntamiento de Sanlúcar, “que não tem capacidade financeira para o projeto”, adiantou.
Questionado pela Lusa sobre o horizonte temporal para a realização do projeto, o presidente da câmara algarvia respondeu que “o próximo ano será praticamente destinado só às questões burocráticas, porque há uma série de organismos a consultar e têm que dar pareceres e tem que ser formalizada a candidatura aos fundos comunitários”.
“Por isso, só deverá ser feito em 2013, devendo estar concluído em 2014”, precisou.
Eleito pelo PSD, Francisco Amaral tem sido muito crítico dos mecanismos de ordenamento do território, que diz serem “muitas vezes bloqueadores de projetos de investimento que poderia trazer riqueza” para o concelho de Alcoutim e “ajudar a combater desertificação” da zona.
“O país está ávido de investimento e já houve investidores que queriam realizar projetos e foram para outros países, como a Polónia, porque os mecanismos de ordenamento do território criaram demasiados obstáculos”, acrescentou.
Ainda assim, o autarca manifestou-se confiante de que o novo Governo de coligação entre o PSD e o CDS-PP “seja mais sensível” aos projetos de investimento na zona e “possa ajudar a ultrapassar esses obstáculos”.
Observatório do Algarve

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