Entre historiadores, teólogos e arqueólogos, é quase unanimidade que sua descoberta é a mais importante do século 20. Trata-se dos Pergaminhos do Mar Morto, uma antiga coleção de textos, em cujo grupo encontram-se manuscritos bíblicos, documentos religiosos distintos e outros documentos seculares.
O primeiro conjunto de rolos foi revelado por um grupo de pastores beduínos adolescentes, localizados num antigo assentamento de Qumran. Por vezes, os manuscritos são referenciados por Pergaminhos ou escritos de Qumran.
Os rolos foram encontrados dentro de jarros antigos, colocados dentro de cavernas da região.
Após passarem pelas mãos de colecionadores de antiguidades, caíram nas mãos de estudiosos que estimaram a idade dos pergaminhos em torno de 2 mil anos! De tão notável, a descoberta passou a atrair a atenção de outros arqueólogos e caçadores de tesouros. Milhares de fragmentos adicionais foram descobertos em 11 cavernas da região, totalizando 972 manuscritos.
Os jovens beduínos, infelizmente, conseguiram pouco pela descoberta, um valor irrisório de 35,00 dólares, mas dias depois, o arqueólogo Yigal Yadin obteve os materiais desembolsando 250 mil dólares.
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Duas literaturas existem nos achados de Qumran, ambas as quais foram proeminentes na compreensão da história do Judaísmo e da região. Cerca de 230 são considerados manuscritos bíblicos, fragmentos de textos das Bíblia atual. Outra parte refere-se a outros escritos religiosos, datados da era do segundo templo (de 530 a.C até 70 d.C), e estão relacionados à bíblia hebraica sob algum aspecto.
Nota-se que os achados abrangem um longo período histórico, do terceiro século antes de Cristo, ao primeiro da era cristã, pouco tempo depois das guerras romano-judaicas e da destruição do templo de Herodes. A maior parte dos escritos foi registrada em hebraico, 15% em aramaico e uma parte em grego antigo.
Não se conhece a autoria dos rolos; o caráter sectário leva-nos a acreditar que uma seita ascética tenha sido responsável pelo material. Os essênios, que viveram na judeia romana, são cotados como responsáveis por estes pergaminhos. Uma das mais fortes evidência é a similaridade entre os rituais descritos nos rolos, conhecido por "Regras da Comunidade", e a descrição dos rituais essênios, pelo historiador romano-judaico, Flávio Josefo.
Os Pergaminhos do Mar Morto jogaram luz na história da bíblia hebraica. Dentre os pergaminhos, encontram-se cópias parciais ou completas de cada livro da Bíblia, exceto do livro de Ester. Incrivelmente, muitos destes textos estão muito próximos do texto massorético, o texto aceito para a bíblia hebraica.
Por outro lado, os textos também fornecem uma riqueza de detalhes sobre a complexidade da era romana do Segundo Templo, quando existiam muitos grupos distintos de judeus. Os manuscritos pintam uma sociedade mais diversa e complicada do que os historiadores tinham dado conta.
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