São milimétricas lesmas-do-mar que encantam por seu visual discreto.
Com cores espetaculares e padrões incomuns, os nudibrânquios são alguns dos animais mais fascinantes do fundo do mar. O estranho nome vem de uma característica visível, comum a quase todas as 3 mil espécies existentes: as brânquias expostas.
O órgão respiratório destas pequenas lesmas – em geral, os nudibrânquios medem milímetros ou, no máximo, alguns poucos centímetros de comprimento – fica na parte externa do corpo e se assemelha a um ramalhete.
Tais filamentos podem também recobrir o animal todo (veja nas fotos), mas não devem ser confundidos com os rinóforos, como é chamada outra adaptação evolutiva das lesmas-do-mar (trata-se de um sensível par de tentáculos quimiorreceptores, geralmente localizados na cabeça).
As cores vibrantes são associadas a substâncias tóxicas e ajudam a afastar predadores. Os animais que ainda assim ousam atacar nudibrânquios – como caranguejos e lagostas – podem acabar surpreendidos por uma mistura de ácido sulfúrico e clorídrico.
A perigosa combinação é expelida através da pele apenas por algumas espécies, entre elas a Berthella californica.
Outras, porém, são mais engenhosas. Ao se alimentar de cnidários, como as anêmonas, elas retêm as suas células urticantes (as que causam ardência) e as utilizam para se defender. A dieta destes minúsculos carnívoros inclui ainda corais, esponjas, cracas e até mesmo outros nudibrânquios.
A maioria das lesmas-do-mar, assim como as terrestres, é hermafrodita. Ou seja, os nudibrânquios possuem um sistema reprodutivo tanto feminino quanto masculino. Incapazes de se autofecundar, eles formam pares e trocam espermatozoides – usados em seguida para fecundar, cada qual, os seus próprios óvulos.
bio-orbis.blogspot.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário