Por que os Estados Unidos romperam relações com Cuba?
Após a derrube do ditador Fulgencio Batista pelos rebeldes comandados por Fidel Castro, em 1959, as relações entre Cuba e Estados Unidos começaram a deteriorar-se.
Apesar disso, o governo americano reconheceu como legítimo o novo regime cubano. Com a decisão de Fidel de nacionalizar uma série de empresas norte-americanas baseadas em Cuba, as relações pioraram significativamente.
Ao longo do ano de 1960, os Estados Unidos pararam de comprar açúcar de Cuba, o principal produto exportado do país, e cessaram a venda de petróleo ao vizinho.
A crise de energia causou graves efeitos na economia cubana.
Com isso, Fidel passou a se aproximar da União Soviética, então a maior antagonista dos Estados Unidos.
No auge da Guerra Fria, em outubro de 1960, a pequena ilha caribenha passou a ser abastecida pelos soviéticos.
Em 3 de janeiro de 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Cuba, retiram todo pessoal do corpo diplomático da ilha e fecharam a embaixada em Havana.
O que é o embargo económico?
É uma interdição económica, financeira e comercial imposta pelos Estados Unidos ao governo cubano.
Os norte-americanos bloquearam qualquer tipo de relação comercial, financeira ou económica com a ilha, onde o embargo é conhecido como “el bloqueo”.
O objetivo era tentar fazer com que a população, privada do acesso a bens de consumo, e empresas, impedidas de realizarem negociações comerciais com as companhias norte-americanas, forçassem a queda de Fidel Castro.
O embarco é formalmente condenado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A Assembleia Geral da ONU, em sua reunião deste ano, votou pela 23ª vez pela condenação do embargo. Ao todo, 188 países assinaram a resolução pelo fim das restrições.
– É proibido a empresas de terceiros países a exportação para os Estados Unidos de qualquer produto que contenha alguma matéria-prima cubana (A França não pode exportar para os Estados Unidos uma geleia que contenha açúcar cubano).
– É proibido a empresas de terceiros países que vendam a Cuba bens ou serviços nos quais seja utilizada tecnologia norte-americana ou que precisem, na sua fabricação, produtos dessa procedência que excedam 10% do seu valor, ainda quando os seus proprietários sejam nacionais de terceiros países.
– Proíbe-se a bancos de terceiros países que abram contas em dólares norte-americanos a pessoas individuais ou jurídicas cubanas, ou que realizem qualquer transação financeira em essa moeda com entidades ou pessoas cubanas, e que serão confiscadas. Isso bloqueia totalmente Cuba de utilizar o dólar em suas transações de comércio exterior.
– É proibido aos empresários de terceiros países realizar investimentos ou negócios com Cuba, sob o pretexto de que essas operações estejam relacionadas com prioridades sujeitas a reclamação por parte dos Estados Unidos. Os empresários que não se submeterem a essa proibição serão alvo de sanções e represálias como o cancelamento, ou não renovação, de seus vistos de viagem aos Estados Unidos.
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