Rainha de Castela, Isabel nasceu a 22 de Abril de 1451 em Madrigal de las Altas Torres, Ávila. Foi responsável no seu reinado por uma política que favoreceu os descobrimentos e a expansão territorial, bases da formação do império espanhol. Filha de João II de Castela e de Isabel de Portugal, quando tinha três anos, o seu meio-irmão Henrique IV ascendeu ao trono e ela foi posta sob sua custódia.
Henrique IV reconheceu-a como herdeira do trono de Castela pelo pacto dos Toros de Guisando, contra as pretensões de Joana, a Beltraneja, filha do próprio Henrique IV. Assumiu o trono, após uma guerra civil contra Joana, decorrida depois da morte de Henrique. Casou-se com o seu primo em segundo-grau, o príncipe Fernando de Aragão e, devido ao seu parentesco próximo, tiveram de pedir permissão ao Papa. Com a morte de João II de Aragão, Fernando, marido da rainha, assumiu o trono aragonês, unindo-se assim os dois reinos. É conhecida como Isabel, a Católica, título que lhe foi concedido a ela e ao marido pelo papa Alexandre VI mediante a bula Si convenit no dia 19 de Dezembro de 1496.
A expansão territorial de Castela sob o mando dos Reis Católicos, iniciou-se com a anexação do arquipélago das Canárias e terminou (1492), com a conquista de Granada, último reino muçulmano da península ibérica. O evento mais marcante do seu reinado foi a descoberta da América por Cristóvão Colombo, no qual participou activamente do financiamento da viagem e, depois, da evangelização e implantação da igreja nas novas terras.
O seu reinado também favoreceu a pecuária ovina em Castela e o comércio de lã, centralizou e fiscalizou as operações mercantis com as Índias e saneou a moeda castelhana. Politicamente fortaleceu as instituições reais, aumentou o controle sobre as ordens militares, a fazenda real, as Cortes, a justiça. No campo religioso e cultural, efectuou uma extensa reforma do clero, com a ajuda do cardeal Francisco Jiménez de Cisneros, e terminou o processo de unificação religiosa, com a expulsão dos judeus não-convertidos (1492) e a imposição do cristianismo à população árabe. Para fiscalizar o cumprimento dessas medidas, fortaleceu o tribunal da Inquisição. Isabel criou uma escola palaciana, que elaborou a primeira Gramática castelhana (1492). Morreu em Medina do Campo, Valladolid, a 26 de Novembro de 1504. No seu testamento, reflexo de uma concepção patrimonial do reino, não legou os direitos sucessórios a Fernando, mas à filha Joana a Louca, mãe do futuro imperador Carlos V (I da Espanha), que deu início a uma nova dinastia espanhola, a dinastia dos Habsburgos.
Fontes:http://www.dec.ufcg.edu.br
wikipedia (Imagens)
Possível imagem de Isabel, a Católica
Fernando e Isabel com os seus súbditos - Autor desconhecido
Cristóvão Colombo apresenta-se a Isabel I de Castela - Emanuel Gottlieb Leutze
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