AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O Conflito Árabe - Israelita



Um dos conflitos mais dramáticos do Oriente Médio tem sido o conflito árabe- israelense, cujas origens remontam ao período que segue à Primeira Guerra Mundial. 

Com a derrota dos turcos e a desintegração de seu império, a Liga das Nações aprovou, em, 1922, a Declaração Balfour, proposta em 1917 pelo chanceler inglês Lord Balfour, que colocou a palestina sob o governo da Inglaterra. Comprometendo-se a criar o Estado Nacional judeu na região, a tutela inglesa ativou a emigração judaica entre judeus e árabes.

Em 1947, no final da Segunda Guerra Mundial, diante dos crescentes conflitos entre judeus emigrantes e palestinos árabes, a ONU foi incitada a intervir, decidindo pela divisão da Palestina em duas áreas: a judaica , representando 57% de sua área e a palestina, com 43% da área, que provocou o protesto dos países vizinhos.

Com a retirada da Inglaterra e a criação em 1948, do Estado de Israel, aumentou a tensão na região. Os países da liga Árabe - Egipto,, Iraque Transjordânia (atual Jordânea), Líbano e Síria - invadiram a região desencadenado a Primeira Guerra Árabe- Israelense (1948 - 1949), vencida por Israel, que ampliou seu domínio territorial sobre a Palestina. 

Como conseqüência, quase um milhão de palestinos fugiram ou foram expulsos da região, tendo a situação dos refugiados, que se instalaram em regiões vizinhas desencadeando a Questão Palestina, isto é, a luta dos árabes palestinos pela recuperação territorial. 

Em 1956, os crescentes atritos de fronteiras entre Egipto e Israel e o reconhecimento do Canal de Suez como egípcio, desencadearam a Segunda Guerra Árabe- israelense, também conhecida como guerra de Suez. 

Apesar de o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser ter contado com com ajuda militar soviética, Israel, apoiado pela Inglaterra e França, sairam novamente vitoriosos, conquistando a península do Sinai. Sob pressão dos Estados Unidos e da União Soviética, a ONU enviou à região forças de paz, que obrigaram Israel a abandonar o Sinai, restabelecendo as fronteiras de 1949.

Em 1967, a tensão na região culminou com a Guerra dos Seis Dias, a Terceira Guerra Árabe-Israelense, pois a recém-criada Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tentava, desde 1964, recuperar o território ocupado por Israel por meio de guerrilhas. 

A situação agravou-se com a retirada das tropas da ONU e colocação de soldados egípcios na fronteira, bloqueando o acesso aos portos israelenses. A vitória israelense levou à ocupação de Gaza e Cisjordânea, ampliando o êxodo palestino, com mais de um milhão e seiscentos mil refulgidos.

Apesar da intervenção da ONU, Israel não acatou a decisão de retirada do territórios ocupados, tendo essa nova investida israelense provocando, em 1973, a Quarta Guerra Árabe-Israelense - a Guerra do Yom Kippur -, assim chamada por ter sido iniciada em um dia sagrado para os judeus, Dia do Perdão. 

O conflito iniciou-se com o ataque simultâneo da Síria e do Egito contra Israel. Com a intervenção do presidente dos Estado Unidos, Richard Nixon , do secretário da União Soviética, Leonid Brejnev, a guerra terminou, com a assinatura de um acordo de paz de paz.

Em 1979, o presidente egípcio Anuar Sadat e o dirigente israelense Menahem Begin, num encontro promovido pelo presidente norte-americano Jimmy Carter, assinaram os acordos de Camp David, pelos quais o Egipto recuperava o Sinai e inaugurava uma nova fase de relacionamentos e negociações.

A questão palestina, entretanto, sobrevivia, pois os refugiados seguiam lutando pela obtenção de um Estado palestino e pela devolução dos territórios da Cisjordânia e Gaza, ocupados por Israel.

Foi somente no início dos anos 90 que ganhou forças a via política diplomática, levando às negociações entre as partes nas região, substituído a confrontação militar constante. Em grande parte possível devido ao fim da Guerra Fria, à neutralização do Iraque e à pressão norte-americana contra o radicalismo israelense, os encontros diplomáticos proporcionaram o reconhecimento mútuo entre Israel e OLP e, em 1993, a assinatura da paz em Washington, entre os representantes de Israel, Yitzhak Rabin, e da Palestina, Yassser Arafat.

Outro foi a derrota eleitoral de Shimon Peres, em 1996, vencido por Likud de Benjamim, defensor de uma política externa com os vizinhos árabes.
hid0141.blogspot.pt

Sem comentários: