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domingo, 3 de fevereiro de 2013



    O GINDUNGO - (Piri-piri)


    Quem coloca o gindungo no dia-a-dia está levando, além de tempero, uma série
    de medicamentos naturais: analgésico, anti-inflamatório, xarope, vitaminas,
    benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora
    estão sendo comprovados pela ciência.

    O gindungo faz bem à saúde e seu consumo é essencial para quem tem
    enxaqueca. Essa afirmação pode cair como uma surpresa para muitas pessoas
    que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser evitado. O gindungo
    traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca gastrite,
    úlcera, pressão alta e até hemorróidas.. Nada disso é verdade. Por incrível
    que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto! A
    substância química que dá ao gindungo o seu carácter ardido é exactamente
    aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.

    No caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina. No gindungo, é
    a capsaicina. Surpresa! Elas provocam a libertação de endorfinas -
    verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes
    que o nosso cérebro fabrica!
    O mecanismo é simples: Assim que você ingere um alimento apimentado, a
    capsaicina ou a piperina activam receptores sensíveis na língua e na boca.
    Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de
    que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente,
    uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a
    salivar, sua face transpira e seu nariz fica húmido, tudo isso no intuito de
    refrescá-lo.
    Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real,
    seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo,
    inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo
    no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um
    estado alterado de consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro
    banho de morfina interna do cérebro. E tudo isso sem nenhuma gota de álcool!

    Quanto mais arder o gindungo, mais endorfina é produzida! E quanto mais
    endorfina, menos dor e menos enxaqueca. E tem mais: as substâncias picantes
    do gindungo (capsaicina e piperina) melhoram a digestão, estimulando as
    secreções do estômago. Possuem efeito carminativo (antiflatulência).
    Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas
    (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de
    vida sejam aplicadas conjuntamente. Existem cada vez mais estudos
    demonstrando a potente ação antioxidante (antienvelhecimento) da capsaicina
    e piperina. Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que o
    gindungo, tanto do género piper (pimenta-do-reino) como do capsicum
    (gindungo), tem qualidades farmacológicas importantes. Além dos princípios
    ativos capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em vitaminas A, E e
    C, ácido fólico, zinco e potássio. Tem, por isso, fortes propriedades
    antioxidantes e protectores do DNA celular. Também contém bioflavonóides,
    pigmentos vegetais que previnem o câncer.

    Graças a essas vantagens, a planta já está classificada como alimento
    funcional, o que significa que, além de seus nutrientes, possui componentes
    que promovem e preservam a saúde. Hoje ela é usada como matéria-prima para
    vários remédios que aliviam dores musculares e reumatismo, desordens
    gastro-intestinais e na prevenção de arteriosclerose. Apesar disso, muitas
    pessoas ainda têm receio de consumi-la, pois acreditam que possa causar mais
    mal do que bem. Se você é uma delas, saiba que diversos estudos recentes têm
    revelado que o gindungo não é um veneno nem mesmo para quem tem hemorróidas,
    gastrite ou hipertensão.

    DOENÇAS QUE O GINDUNGO CURA E PREVINE


    Baixa imunidade - O gindungo tem sido aplicada em diversas partes do mundo
    no combate à aids com resultados promissores.

    Câncer - Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade da capsaicina de
    inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata, sem causar
    toxicidade. Outro grupo de cientistas tratou seres humanos portadores de
    tumores pancreáticos malignos com doses desse mesmo princípio ativo. Depois
    de algum tempo constataram que houve redução de 50% dos tumores, sem
    afectação das células pancreáticas saudáveis ou efeitos colaterais. Já em
    Taiwan os médicos observaram a morte de células cancerosas do esófago.

    Depressão - A ingestão da iguaria aumenta a libertação de noradrenalina e
    adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está associado
    também à melhoria do ânimo em pessoas deprimidas.

    Enxaqueca - Provoca a libertação de endorfinas, analgésicos naturais
    potentes, que atenuam a dor.

    Esquistossomose - A cubebina, extraída de um tipo de pimenta asiática, foi
    usada em uma substância semi-sintética por cientistas da Universidade de
    Franca e da Universidade de São Paulo. Depois do tratamento (que tem baixa
    toxicidade e, por isso, é mais seguro), a doença em cobaias foi eliminada.

    Feridas abertas - É anti-séptica, analgésica, cicatrizante e
    anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado directamente sobre a pele
    machucada.

    Gripes e resfriados - Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas
    doenças, é comum recomendar a ingestão de um pequeno gindungo por dia, como
    se fosse uma pílula.

    Hemorróidas - A capsaicina tem poder cicatrizante e já existem remédios com
    gindungo para uso tópico.

    Infecções - O alimento combate as bactérias, já que tem poder
    bacteriostático e bactericida, e não prejudica o sistema de defesa. Pelo
    contrário, até estimula a recuperação imunológica.

    Males do coração - O gindungo caiena tem sido apontado como capaz de
    interromper um ataque cardíaco em 30 segundos.. Contém componentes
    anticoagulantes que ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos e activam a
    circulação arterial.

    Obesidade - Consumida nas refeições, ela estimula o organismo a diminuir o
    apetite nas seguintes. Um estudo revelou que o gindungo derrete os estoques
    de energia acumulados em forma de gordura corporal. Além disso, aumenta a
    temperatura (termogênese) e, para dissipá-la, o organismo gasta mais
    calorias. As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.

    Pressão alta - Como tem propriedades vasodilatadoras, ajuda a regularizar a
    pressão arterial.

    Meus amigos, usem e abusem pois tenho percebido que, quem usa este
    condimento em todas as refeições, tem menos queixas de saúde do que os que
    se afastam dele.


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