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sábado, 23 de fevereiro de 2013


Os fotógrafos românticos……

Mercado de Loule - Fotógrafo António Cravilho.
Minutero - Santiago do Chile
Em Portugal aos fotógrafos ambulantes também se dava o nome de «a la minute». No Brasil chamavam-lhes os « lambe-lambe». Eis uma pequena descrição desses velhos retratistas ambulantes
que povoavam as praças, largos ou lugares turisticos das nossas vilas e cidades :
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“Nas primeiras décadas do século XX surgiram os fotógrafos ambulantes, chamados lambe-lambe, que trabalhavam nas praças e parques fotografando as famílias, casais de apaixonados, reunião de amigos, etc. Eram quase sempre procurados para perpetuarem ocasiões especiais e familiares. Muitas pessoas também procuravam os lambe-lambe para tirar retratos para documentos do tipo 3X4. Atualmente, este ofício popular e bastante intuitivo está quase desaparecido, superado pelas facilidades tecnológicas, pela pressa em registar o instante sob a forma de imagem e por não ser possível trabalhar com foto colorida, pois a câmara usada por este tipo de fotógrafo é muito simples e não atende à função da exigência de um processo muito mais preciso e complexo. Mas, apesar disso, alguns lambe-lambe ainda resistem e são procurados, atendendo em domicílio, para fotografar noivas, batizados, aniversários e casamentos. A máquina dos lambe-lambe é conhecida entre eles por máquina-caixote, por ser semelhante a um pequeno caixote. São externamente revestidas com couro cru, madeira ou metal. Há ainda a camisa preta, espécie de saco negro pendurado na máquina, com três aberturas: dois orifícios para os braços e um para enfiar a cabeça na hora de bater e revelar as fotografias. A função da camisa é proteger as fotografias de qualquer tipo de claridade.
A máquina é utilizada para tirar fotografias e serve também para mostruário. Suas laterais são cobertas de fotos. Todo fotógrafo lambe-lambe estende próximo à máquina uma cordinha onde coloca as fotos para secar. Num balde de plástico contendo água limpa, ele lava as fotos quando retiradas do fixador e revelador. Uma tesoura é essencial para separar as fotografias e acertar o tamanho a gosto do freguês. Há ainda um paletó e uma gravata para serem emprestados aos jovens que não dispõem dessas peças.
Existem algumas versões que explicam a origem do termo lambe-lambe. O historiador Boris Kossoy, em O Fotógrafo Ambulante – a história da fotografia nas praças de São Paulo explica algumas delas. Segundo alguns, lambia-se a placa de vidro para saber qual era o lado da emulsão. Outros diziam que se lambia a chapa para fixá-la. Porém a origem mais viável parece estar ligada ao processo da ferrotipia: depois de feita a revelação, o fotógrafo lambia a chapa de ferro, coberta por uma camada de asfalto, fazendo com que a imagem se destacasse do fundo preto pela ação do cloreto de sódio presente na saliva. “
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Fonte – Edukbr.com.br
Fotos : Fotógrafo ambulante « Um minutero» como lhe chamam em Santiago do Chile
Fotógrafo ambulante de Loulé chamado António Cravilho.

www.louletania.com

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