Ministro da Defesa admite que reprivatização dos Estaleiros de Viana pode estar comprometida
Arménio Belo, Lusa
José Pedro Aguiar-Branco admitiu hoje no parlamento que, ao abrir um processo sobre os apoios do Estado aos Estaleiros de Viana do Castelo, a Comissão Europeia “inquina de forma dramática” a estratégia governamental de reprivatizar aquela unidade industrial. Consequentemente, o ministro referiu-se à possibilidade de outros cenários para o futuro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
Para já, o objectivo do Governo, segundo reconheceu Aguiar Branco, consiste em evitar a publicação oficial da investigação da Comissão Europeia. Esta refere-se a apoios do Estado aos Estaleiros entre 2006 e 2010. Foi instaurada em Janeiro e em processos deste tipo "não costuma haver decisões" em menos de seis meses.
Ainda segundo o ministro, já em Dezembro do ano passado o Governo se viu na necessidade de fazer um compasso de espera na reprivatização, tendo em conta as dúvidas da Comissão Europeia: "Tivemos de suspender, retardar a decisão e desde essa altura empenhamo-nos em prestar os esclarecimentos máximos para destruir o argumento de que estaríamos perante ajudas do Estado, com várias conferências telefónicas e duas reuniões em Bruxelas com a equipa jurídica e política e até com o comissário Almunía".
Na audição parlamentar do ministro da Defesa, realizada a pedido do PCP, o socialista Jorge Fão acusou o atual Governo de "ziguezaguear", de impor aos Estaleiros "uma via sacra" e de ter apenas "um desastre [para apresentar] ao fim de ano e meio", porque "nada funciona nos ENVC".
Por seu lado, o deputado Abel Baptista, do CDS-PP, tomou a defesa do ministro, afirmando: "Se isto é uma via sacra ela começou com o PS a fazer o papel de Pilatos, depois com uma administração [do Governo] dos Açores chicoteando e atirando para o chão pelo menos três vezes os ENVC".
E também o deputado Correia de Jesus, do PSD, arremessou contra o PS citações de uma resolução de 1998, sob um dos governos de António Guterres, visando já a reprivatização dos ENVC: "Quando ouço o senhor deputado falar numa via sacra de um ano e sete meses, fico com alguma perplexidade porque o PS esteve com o doutor António Guterres mais quatro anos no poder [após esta resolução] e mais seis anos com o engenheiro José Sócrates”.
Aludindo a esta troca de acusações entre PS e maioria, a deputada bloquista Mariana Aiveca condenou o "jogo do empurra sem nenhuma solução à vista".
Ainda segundo o ministro, já em Dezembro do ano passado o Governo se viu na necessidade de fazer um compasso de espera na reprivatização, tendo em conta as dúvidas da Comissão Europeia: "Tivemos de suspender, retardar a decisão e desde essa altura empenhamo-nos em prestar os esclarecimentos máximos para destruir o argumento de que estaríamos perante ajudas do Estado, com várias conferências telefónicas e duas reuniões em Bruxelas com a equipa jurídica e política e até com o comissário Almunía".
Na audição parlamentar do ministro da Defesa, realizada a pedido do PCP, o socialista Jorge Fão acusou o atual Governo de "ziguezaguear", de impor aos Estaleiros "uma via sacra" e de ter apenas "um desastre [para apresentar] ao fim de ano e meio", porque "nada funciona nos ENVC".
Por seu lado, o deputado Abel Baptista, do CDS-PP, tomou a defesa do ministro, afirmando: "Se isto é uma via sacra ela começou com o PS a fazer o papel de Pilatos, depois com uma administração [do Governo] dos Açores chicoteando e atirando para o chão pelo menos três vezes os ENVC".
E também o deputado Correia de Jesus, do PSD, arremessou contra o PS citações de uma resolução de 1998, sob um dos governos de António Guterres, visando já a reprivatização dos ENVC: "Quando ouço o senhor deputado falar numa via sacra de um ano e sete meses, fico com alguma perplexidade porque o PS esteve com o doutor António Guterres mais quatro anos no poder [após esta resolução] e mais seis anos com o engenheiro José Sócrates”.
Aludindo a esta troca de acusações entre PS e maioria, a deputada bloquista Mariana Aiveca condenou o "jogo do empurra sem nenhuma solução à vista".
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