Marcelo Rebelo de Sousa "Governo tem dois caminhos: ou disfarça e é suicida, ou é honesto"
O comentador Marcelo Rebelo de Sousa frisou que, depois de o Executivo ter falhado nas previsões económicas para 2013, só restam “dois caminhos ao Governo: disfarçar, como fez ao de leve o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ou o da honestidade intelectual, assumindo o erro”. Caso opte pelo primeiro, incorre num "suicídio" político, observou o social-democrata, este domingo à noite, na antena da TVI.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o falhanço do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho no que diz respeito às previsões económicas para 2013 “estava na cara”. Até porque, ilustrou o comentador na sua habitual intervenção aos domingos à noite na TVI, “quando se bate com a cabeça na parede e a parede não muda tem de se seguir outro caminho”. Desta feita, considerou, restam apenas “dois caminhos ao Governo: disfarçar, como fez ao de leve o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ou o da honestidade intelectual, assumindo o erro”.
O antigo dirigente do PSD não tem dúvidas quanto ao facto de o Executivo ter saído “fragilizadíssimo do falhanço nas previsões”, defendendo que o “primeiro-ministro tem de fazer uma inflexão de discurso e mudar de rumo”. Nesta senda, o Governo terá de admitir que “precisamos de mais tempo para levar a cabo os corte de 4 mil milhões de euros no Estado Social; e que não é possível consolidação orçamental sem arranque económico”, sendo que “a diminuição do IRC é uma medida “boa, mas não chega”. Caso contrário, vaticinou o comentador, “é suicida política e economicamente”.
E, uma vez que “contra factos não há
argumentos”, a “troika [que chega esta segunda-feira a Portugal para a sétima avaliação do programa de ajustamento] tem de aceitar” estas inevitabilidades, referiu Marcelo, acrescentando que o Presidente da República, Cavaco Silva, quando falou em espiral recessiva na sua mensagem de Ano Novo, “viu o que o Governo não quis ver”. Ao mesmo tempo, o também conselheiro de Estado disse que seria positivo que o Tribunal Constitucional se pronunciasse o quanto antes relativamente à fiscalização sucessiva de algumas normas do Orçamento do Estado para 2013, salvaguardando, porém, não querer “pressionar”.
No entender do social-democrata, e discordando do secretário-geral do PS, António José Seguro, o País não está na iminência de “uma ruptura social”. Somos “um povo com inteligência prática”, consciente de que a violência de nada adiantaria, e que “prefere pagar a factura nas próximas eleições”, sustentou Marcelo, ressalvando, no entanto, que há que ter cuidado com o “deslaçar do tecido social”. “Dá a sensação de que o Governo se quer afastar do País velho. Mas esse País velho vai votar maciçamente” nos próximos sufrágios, assinalou o comentador.
Quanto às manifestações já popularizadas por ‘Grandoladas’, Marcelo Rebelo de Sousa advogou que o Executivo deve “desdramatizá-las”. “Desdramatizando, ao fim da 25ª Grândola isso deixa de ser notícia e passa a ser banal”, sublinhou o antigo líder ‘laranja’. Todavia, fez sobressair, “se o Governo não tem estratégia política para nada” é natural que também “não a tenha agora para a ‘Grândola’”.
Aliás, o que se passou no ISCTE com o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, não foi mais do que “falta de gestão política total”. “O Governo não tem sabido gerir praticamente nada”, sendo que “a maioria PSD fala demais e esse excesso de protagonismo joga contra o Governo”, rematou Marcelo Rebelo de Sousa.
O antigo dirigente do PSD não tem dúvidas quanto ao facto de o Executivo ter saído “fragilizadíssimo do falhanço nas previsões”, defendendo que o “primeiro-ministro tem de fazer uma inflexão de discurso e mudar de rumo”. Nesta senda, o Governo terá de admitir que “precisamos de mais tempo para levar a cabo os corte de 4 mil milhões de euros no Estado Social; e que não é possível consolidação orçamental sem arranque económico”, sendo que “a diminuição do IRC é uma medida “boa, mas não chega”. Caso contrário, vaticinou o comentador, “é suicida política e economicamente”.
E, uma vez que “contra factos não há
argumentos”, a “troika [que chega esta segunda-feira a Portugal para a sétima avaliação do programa de ajustamento] tem de aceitar” estas inevitabilidades, referiu Marcelo, acrescentando que o Presidente da República, Cavaco Silva, quando falou em espiral recessiva na sua mensagem de Ano Novo, “viu o que o Governo não quis ver”. Ao mesmo tempo, o também conselheiro de Estado disse que seria positivo que o Tribunal Constitucional se pronunciasse o quanto antes relativamente à fiscalização sucessiva de algumas normas do Orçamento do Estado para 2013, salvaguardando, porém, não querer “pressionar”.
No entender do social-democrata, e discordando do secretário-geral do PS, António José Seguro, o País não está na iminência de “uma ruptura social”. Somos “um povo com inteligência prática”, consciente de que a violência de nada adiantaria, e que “prefere pagar a factura nas próximas eleições”, sustentou Marcelo, ressalvando, no entanto, que há que ter cuidado com o “deslaçar do tecido social”. “Dá a sensação de que o Governo se quer afastar do País velho. Mas esse País velho vai votar maciçamente” nos próximos sufrágios, assinalou o comentador.
Quanto às manifestações já popularizadas por ‘Grandoladas’, Marcelo Rebelo de Sousa advogou que o Executivo deve “desdramatizá-las”. “Desdramatizando, ao fim da 25ª Grândola isso deixa de ser notícia e passa a ser banal”, sublinhou o antigo líder ‘laranja’. Todavia, fez sobressair, “se o Governo não tem estratégia política para nada” é natural que também “não a tenha agora para a ‘Grândola’”.
Aliás, o que se passou no ISCTE com o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, não foi mais do que “falta de gestão política total”. “O Governo não tem sabido gerir praticamente nada”, sendo que “a maioria PSD fala demais e esse excesso de protagonismo joga contra o Governo”, rematou Marcelo Rebelo de Sousa.
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