EM CADA ESQUINA UM BANQUEIRO.
comerciais portugueses tivessem "banco" escrito no nome.
Nenhum negócio iria à falência, porque o Estado acudiria a
todos.
Ser dirigente de um banco bem sucedido é bom.
Ser dirigente de um banco bem sucedido é bom.
Ser dirigente de um banco mal sucedido é ainda melhor.
As mercearias falidas não são nacionalizadas e as casas
As mercearias falidas não são nacionalizadas e as casas
de ferragens com problemas de tesouraria não se recapitalizam
com dinheiro do Estado.
O problema é das mercearias e das casas de ferragens. Toda a gente já percebeu
O problema é das mercearias e das casas de ferragens. Toda a gente já percebeu
a diferença entre recapitalizar-se, por um lado, e pedir emprestado porque se
vive acima das suas possibilidades, por outro.
O ideal seria que todos os estabelecimentos comerciais portugueses tivessem
O ideal seria que todos os estabelecimentos comerciais portugueses tivessem
"banco" escrito no nome. Um talho chamado Banco Carnes de Ouro.
Uma mercearia chamada Banco Frutas Idalina. Um restaurante chamado Banco
Adega Regional O Botelho. Nenhum negócio iria à falência, porque o Estado
acudiria a todos. Se falisse, pagava o País inteiro. Só por falta de visão comercial
é que continua a haver empresários que ignoram esta estratégia simples mas vencedora.
O negócio da banca é duro e complexo. Trata-se de comprar dinheiro barato e vendê-lo
O negócio da banca é duro e complexo. Trata-se de comprar dinheiro barato e vendê-lo
mais caro. Pensando bem, talvez não seja assim tão complexo. Estamos a falar da
comercialização de um produto que toda a gente aprecia. O risco não é muito grande.
E, além disso, é um bem que não se estraga. Ninguém diz, ao levantar um cheque:
"Olhe, desculpe, estas notas são da semana passada."
Ainda assim, um número bastante elevado de banqueiros consegue reunir a
Ainda assim, um número bastante elevado de banqueiros consegue reunir a
mistura de talento e obstinação necessária para levar muitas destas instituições à completa ruína.
Não deve ser fácil.
O jornalista Nicolau Santos fez, há dias, uma lista não exaustiva de banqueiros portugueses
O jornalista Nicolau Santos fez, há dias, uma lista não exaustiva de banqueiros portugueses
envolvidos em escândalos financeiros e consequentes processos judiciais. São cerca de dezena e meia.
E acrescentou uma lista de bancos que o Estado português já ajudou, com avultadas injecções de capital.
Contando com o BPP e o BPN, são cinco.
Num país com a dimensão de Portugal, 15 banqueiros e cinco bancos parece muito.
Num país com a dimensão de Portugal, 15 banqueiros e cinco bancos parece muito.
Não sei se é o suficiente para estabelecer uma regra, mas são números um tanto
alarmantes. Qualquer dia, banqueiro detido passa a ser um pleonasmo.
Talvez fosse bom remodelar os testes psicotécnicos na admissão de candidatos
ao lugar de banqueiro. Aparentemente, saber de finanças não habilita ninguém a gerir instituições financeiras.
" Ricardo Araújo Pereira visao.sapo.pt
Todos começamos a tomar consciência de que a ganancia da
banca é das maiores responsáveis pelas crises instaladas.
Depois de se perceber que a banca vive de esquemas de usura apoiados
Depois de se perceber que a banca vive de esquemas de usura apoiados
pelos políticos. Abuso do poder sobre os cidadãos. Abuso da confiança
dos que desconhecem os esquemas que os bancos ocultam, com o aval
do governo.
Porque se permite que a banca continue a sustentar luxos ás custas da
Porque se permite que a banca continue a sustentar luxos ás custas da
miséria a que dotou mais de metade do país? Porque se permite dinheiro
fácil a quem vive sem produzir e dificultando a vida aos que produzem?
Todo o processo que sustenta os bancos, é repugnante e descaradamente
Todo o processo que sustenta os bancos, é repugnante e descaradamente
imoral, deveria ser ilegal. Como se explica neste video, eles tem todo o interesse em
levar as pessoas a viver de créditos, eles tem todo o interesse em criar a falsa ideia,
e incentivar as pessoas, de que podem e devem comprar com empréstimos.
Eles tem todo o interesse em que a crise obrigue as pessoas a devolver casas,
pois eles são os únicos que ficam a ganhar.
Mas afinal onde fica a defesa dos interesses dos cidadãos, neste negócio?
A regulamentação deste sector está decididamente entregue à ganancia.
E ainda tem o descaramento de acusar os portugueses, que confiam na
Mas afinal onde fica a defesa dos interesses dos cidadãos, neste negócio?
A regulamentação deste sector está decididamente entregue à ganancia.
E ainda tem o descaramento de acusar os portugueses, que confiam na
banca, no governo e no Banco de Portugal, de viverem acima do que podiam!!??
E os bancos? Não tem responsabilidade por se aproveitarem da sua imagem
E os bancos? Não tem responsabilidade por se aproveitarem da sua imagem
de confiança e fazerem crer ás pessoas que podem e devem pedir emprestado,
que devem confiar nos bancos? E o Banco de Portugal?
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