Governo Passos/Portas – Sim, há culpados!
Enquanto estiveram na oposição, ou, mais precisamente, há espera de alternar no poder, os palhaços-ladrões que hoje estão no governo (medíocres enquanto palhaços, eficientíssimos enquanto ladrões) foram os campeões do “estado mais magro”, dos “cortes na despesa do estado”, da condenação do desperdício...
Mentiam com quantos neoliberais dentes têm na boca!
Passadas poucas semanas da chegada ao poder desta gente, ao serviço da troika, já muitos dos que não queriam ver a realidade começam a ser obrigados a fazê-lo. Tornou-se evidente ao que vem esta tropa de radicais executantes do assalto aos cidadãos, da privatização cega de tudo o que cheire a lucro, da caridade fétida como única política social.
Esta última performance pública do falso tontinho Vítor Gaspar é apenas mais um dado para confirmar o que digo. Prometia-se uma apresentação ao país de grandes e numerosas medidas para “cortar a despesa”... e dali apenas saiu mais um aumento de impostos, mais um assalto aos bolsos daqueles que já têm o dinheiro contados todos os meses. Aquilo a que estes bandidos insistem em chamar “despesa” e que realmente têm a intenção de cortar, como a saúde, educação, cultura, etc., é dinheiro dos trabalhadores e de que estes são credores. Não são uma “despesa” do governo.
Mesmo o mito do “desperdício” e da “má gestão” dos dinheiros públicos, numa grande parte dos casos não passa do disfarce adoptado para encobrir a corrupção, o roubo descarado e o enriquecimento dos amigos.
Afinal, as únicas despesas que sofrerão, mais uma vez, um violento corte, são aquelas despesas que os portugueses que menos têm são obrigados a enfrentar a cada chegada da factura da electricidade e do gás, na compra de um passe ou de comida... naquela despesa extra que planeavam para o Natal, para fazer um agrado aos filhos e demais membros da família... ou aos amigos...
Somos governados por criminosos, com os aplausos dos "padrinhos" da troika, a cumplicidade activa dos poucos que lucram com isso... e, infelizmente, com a cumplicidade inconsciente dos milhões que não querem saber... e que só começam a desconfiar que há algo de muito errado na sua velha máxima que já vem do tempo do fascismo, “a minha política é o trabalho”, quando deixam de ter trabalho, quando já não há mais imigrantes para arcar com as culpas... ou quando o futebol e as novelas não conseguem preencher todo o espaço disponível no cérebro.
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