Escândalo: trabalho escravo na roupa da Zara
Inditex já tomou medidas para corrigir a situação
O grupo espanhol Inditex, que detém a cadeia têxtil Zara, foi abalado por um escândalo internacional, depois de se saber que foi usada mão-de-obra escrava no fabrico de algumas das suas roupas.
A empresa comprou roupas fabricadas no Brasil por imigrantes bolivianos e peruanos, cujas condições de trabalho se equiparam à escravatura, revelou a revista brasileira «Band».
Os repórteres da publicação acompanharam uma equipa de fiscais do Ministério do Trabalho que libertou 15 pessoas que trabalhavam em condições degradantes em dois ateliers clandestinos de São Paulo que produziam roupas para a AHA, fornecedora da Zara.
Os imigrantes estavam a ser sujeitos a dias de trabalho de 16 horas, em troca de salários inferiores ao salário mínimo do país (a rondar os 300 euros por mês) e desse salário era ainda descontado o preço da viagem para entrar no Brasil, comida e outros gastos.
O grupo Inditex já negou qualquer responsabilidade nas irregularidades detectadas e diz que a AHA «violou seriamente» o Código de Conduta para Fabricantes. Por isso, a dona da Zara já tomou medidas para que a AHA pague compensações económicas aos trabalhadores explorados e se comprometa a corrigir as condições de trabalho naqueles dois ateliers ilegais.
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