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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Quarta-feira, 24 de Agosto de 2011

Falsa consciência


Bom trabalho do Negócios. Procuram saber se o interesse próprio esclarecido de alguns milionários franceses ou norte-americanos, que se vão apercebendo do horror económico que resultou das sucessivas vitórias políticas da sua classe nas últimas décadas, pode ter alguma tradução fiscal em Portugal, indo assim um pouco para lá da austeridade assimétrica. Tem a palavra Américo Amorim, do alto dos seus vários mil milhões de euros: “Não me considero rico. Sou um trabalhador”. Quantos processos prescritos, quantas privatizações ruinosas, quanta complacência do nosso Estado fiscal de classe ou quantos pobres são precisos para fazer um rico em Portugal?

De resto, leia-se o editorial algo incomodado e confuso do Negócios. Para lá da habitual e imoral economia da chantagem – “eles vão-se embora” – avança-se com um argumento de antologia para tentar aumentar os riscos da justiça fiscal: “apanhar receitas adicionais fáceis de obter [afinal, os ricos sempre ficam…] é um desincentivo ao combate à fraude e evasão num país em que a economia paralela anda no intervalo entre um quarto e um quinto do produto interno bruto.” Como se a economia da fraude e da evasão não tivesse precisamente nos mais ricos um dos seus principais pilares...

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