ILHA DESERTA: PARAISO SÓ DE ALGUNS!
esta foto da flickr foi retirada da net e acrescentada á notícia do blog Olhão Livre por António Garrochinho
A designada ilha deserta, é indicada no Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, como Ilha da Barreta e integra "Área de Protecção Total" nos termos do nº 2 do artigo 17º e sujeita às restrições do artigo 18º, nº 2, que diz só ser permitida a presença humana a funcionários do ICNB, a visitantes de índole cientifica desde que autorizados pelo ICNB, a agentes da autoridade ou em situações de risco ou calamidade.
Não sendo permitida a presença humana, não se compreende como está lá um restaurante de dimensão apreciável, nem como hajam carreiras para aquele destino, a não ser que poderosíssimos interesses se sobreponham.
Enquanto Valentina Calixto presidente da Administração da Região Hidrográfica do Algarve e Macário Correia presidente da Câmara Municipal de Faro e o mentiroso João Alves do ICNB fazem finca pé na demolição das casas dos pescadores na Praia de Faro e admitem esta situação. O restaurante, enquanto apoio de praia é objecto de uma concessão precária e revogável e não podia ali estar por violação do POPNRF.
A imagem mostra o cartaz de uma empresa que faz carreiras para a Ilha Deserta a coberto de passeios turístico-marítimos, com escalas na Ilha dos Hangares, onde os outros barcos de carreira foram proibidos pelo facto de o cais ser pertença do Ministério da Defesa. Resta ainda saber, porque ao estabelecer um preço de ida e volta, na pratica configura uma carreira, onde está o alvará para carreiras de transporte de passageiros como é exigido ás demais empresas do sector.
Francisco Leal, sempre ele, deu uma ajudinha a ultrapassar as ilegalidades, porque precisava de favorecer o Hotel da Estrumeira, proporcionando aos clientes um exclusivo de fruição "publica" que aos nativos da Ria Formosa é proibido.
E se em Olhão é assim, de Faro existem duas carreiras para aquele paraíso a cargo da Sulnideo e de um tal Vargues, curiosamente também proprietario do restaurante.
É verdade que o POOC permite o cais da Estacada da Barreta, mas o POPNRF proíbe a presença humana naquela ilha. O que isto mostra é que a tão apregoada aposta no mar como fonte de recursos é só mais uma atoarda propagandistica do governo, porque afinal as restrições apenas atingem pescadores e mariscadores indígenas e as benesses são para o elemento exterior.
DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS, É ASSIM NESTE PAIS!
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