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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Paulo Portas apoia em força campanha na

Madeira. PSD incomodado

 
Para além das Jornadas do CDS, Portas voltará para o final da campanha
Continua a troca de mimos entre PSD e CDS com a Madeira em pano de fundo. E para que a coisa azede ainda mais sucedem-se as visitas de Paulo Portas à autonomia regional, onde vai encerrar as próximas jornadas parlamentares do CDS, marcadas para 5 e 6 de Setembro, e regressará para a última fase da campanha eleitoral, em Outubro. O líder do CDS-M, José Manuel Rodrigues, disse ao i que a visita já foi combinada com Portas, mas espera pelas jornadas parlamentares para confirmar a data.

Estas visitas provocam mal-estar no PSD, parceiro de coligação no governo da República. Guilherme Silva, da Comissão Política Regional do PSD-Madeira, diz que "a região autónoma não precisa de políticos nacionais" e que as visitas do líder nacional do CDS mostram que não compreende o sentido da autonomia regional: "Se entendesse bem a autonomia, Paulo Portas não teria este tipo de postura." O deputado que representa a Madeira na Assembleia da República ainda acrescenta que "para o PSD estas visitas são ajudas, pois confirmam que o PSD é o único partido que garante a autonomia e os nossos resultados dos últimos anos provam que os madeirenses percebem isto".

José Manuel Rodrigues, que não poupa críticas à governação de Alberto João Jardim, defende não haver uma presença de Portas na ilha maior que nas campanhas anteriores. A tese suportada igualmente por João Almeida, vice-presidente do grupo parlamentar centrista, que recorda ter havido um apoio muito superior de Portas ao CDS-Açores durante a última campanha eleitoral no arquipélago, com visitas a todas as ilhas. Mas desta vez Portas é parceiro de coligação do PSD de Passos Coelho no governo. Nem por isso o social-democrata Alberto João Jardim é agora poupado pelo CDS.

Para José Manuel Rodrigues, o pensamento do CDS-M é conhecido e consequente desde sempre e o que mudou é que na Madeira não há dinheiro e "João Jardim está a enterrar a autonomia". E acrescenta ser "uma pena que João Jardim não tenha saído em 2000, pois isso teria permitido renovar a classe política madeirense". Rodrigues, que foi recentemente considerado por João Jardim "um fariseu que se diz de um partido cristão", compara a herança de três décadas de governação na Madeira com a deixada por Sócrates. "O Dr. Jardim é muito parecido com o Eng. Sócrates na forma de governar e a Madeira precisa de abandonar este modelo despesista", defende.

Já Guilherme Silva nega aos centristas fundamento moral para se arvorarem em defensores dos madeirenses, recordando que "quando o PSD votou contra a lei do PS de finanças das regiões autónomas, que retirou aos madeirenses milhões de euros, o CDS absteve-se". E não perdoa ao líder do CDS-M ter dito que "nunca fará uma coligação com Jardim" caso este não obtenha maioria governativa. No entanto, o deputado do PSD ressalva não esperar que "esta postura" afecte a coligação a nível nacional, lembrando que a história das coligações PSD/CDS foram sempre marcadas pela ausência de coligação entre os dois partidos na Madeira. A convicção é partilhada por Hermínio Loureiro, secretário- -geral adjunto do PSD, ao lembrar que os dois partidos têm o direito de escolher aquela que entendem ser a melhor forma de fazer política, mas não sem criticar "a estratégia definida pelo CDS na Madeira".

João Jardim começa a dar sinais de irritação face às denúncias de desgoverno com que tem sido mimoseado pelo CDS-M, nomeadamente quanto à exigência da troika ao governo da República face à derrapagem financeira da região. Em declarações ao "Jornal da Madeira" durante as suas férias em Porto Santo, Jardim afirmou que "não ia deixar de desenvolver a Madeira só para continuar subjugadinho a Lisboa, que é o que o senhor Rodrigues e os socialistas nos querem impor". José Manuel Rodrigues denuncia: "Jardim transformou a Madeira num protectorado, condenou precisamente a autonomia com uma governação desastrosa." "Agora percebeu que o CDS é o seu adversário principal por ser a verdadeira alternativa", acredita.
jornal i 

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