Como evitar?
Desde Janeiro que terão voado de Portugal 1,3 mil milhões de euros - cerca de 9 milhões diários - para paraísos fiscais. O que, segundo o Banco de Portugal, representará um aumento de 700% face a igual período do ano passado.
Se pensarmos um pouco, esta importância supera aquela que o governo espera arrecadar, com o corte de 50% no subsídio de Natal a recair sobre o valor acima do salário mínimo.
As pessoas que não têm dinheiro andam assustadas e tentam fugir das medidas de austeridade com baixas médicas ou outros subterfúgios equivalentes. Os que têm dinheiro põem-no lá fora, a salvo, em zonas que sendo paraísos fiscais, garantem não só confidencialidade como taxas mais reduzidas ou mesmo nulas.
Só em Março, que foi o mês em que mais se falou da troika, saíram do país 440 milhões de euros, o que mostra bem que quando a austeridade bate forte, o dinheiro não tem pátria. Tem apenas dono!
Todavia será importante que o governo olhe para estes números. É que sem dinheiro não há investimento e sem este não há emprego. Convém não esquecer que quando se estica muito a corda, ela acaba por nos bater no rosto. É de qualquer manual de economia...
HSC
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