foto jornaldoalgarve.pt
O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre o encerramento das instalações da Docapesca em Armação de Pêra (Silves), enquanto o Partido Comunista Português (PCP) manifestou solidariedade na luta daqueles pescadores.
Cerca de 30 pessoas manifestaram-se na semana passada em frente ao edifício da antiga lota de Armação de Pêra para exigir a sua reabertura e a possibilidade de venderem peixe diretamente ao consumidor.
Com o encerramento da lota há cerca de um mês, por falta de compradores, os pescadores ficaram impedidos de comercializar o pescado fresco naquela vila e alegam que "não têm condições" para o transportar para as lotas de Albufeira e de Portimão.
"Tendo em conta que a Docapesca, enquanto instituição pública, é responsável pelos serviços que permitem aos pescadores a venda dos seus produtos, como justifica o Governo o encerramento destas instalações sem que se tenham salvaguardado alternativas para aqueles pescadores?", lê-se no requerimento entregue hoje pelo BE ao Ministério da Agricultura e do Mar.
A deputada bloquista Cecília Honório questionou também o Governo sobre quais as medidas que se propõe tomar para preservar o trabalhos dos pescadores e a comercialização do pescado e se o executivo se prepara para privatizar no futuro a Docapesca.
O PCP reuniu no sábado com a Associação de Pescadores de Armação de Pêra, que viram a lota ser encerrada no dia 11 de junho, e manifestaram, em comunicado de imprensa enviado hoje à comunicação social, a sua "solidariedade com a "luta desenvolvida em defesa de uma atividade económica essencial para o desenvolvimento" do Algarve.
"Os problemas criados com o encerramento da lota constituem um rude golpe para a comunidade piscatória de Armação de Pêra, cujas raízes remontam ao século XVI", recordou o PCP, considerando que as atividades produtivas na pesca, agricultura e industria são da maior importância para a região.
Observatório do Algarve
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