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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Trabalhadores portugueses recebem fatia cada vez menor do PIB




www.tsf.pt



Os trabalhadores em Portugal recebem uma parcela cada vez menor da riqueza produzida anualmente no país. A conclusão é visível num relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O documento analisado pela TSF revela que em 2004 os rendimentos do trabalho representavam 65,8% do PIB em Portugal, mas, em 2016, último ano disponível neste estudo, o valor desceu para apenas 54,7%. Ou seja, uma queda de 11,1 pontos percentuais, a sexta maior do mundo - apenas atrás do que aconteceu no Panamá, Guatemala, Ucrânia, Irlanda e Índia. Em 2004, Portugal era o 6.º país, entre 190, onde uma maior parte do PIB ia para os trabalhadores, descendo, em 12 anos, para o 44.º lugar.

A Suíça era, em 2016, o país onde os rendimentos do trabalho representavam uma maior parte da riqueza produzida a nível nacional (70,8%). No outro extremo, com 18,6%, o Qatar é o país onde esse valor é mais baixo.

A Organização Internacional do Trabalho, uma agência das Nações Unidas especializada na área, sublinha que a tendência, a nível global, é para o trabalho receber uma menor parte dos respetivos PIBs (com variações muito diferentes de país para país), algo que levanta dúvidas e obriga os economistas a estudar a evolução.

Desigualdade também entre trabalhadores

Noutro indicador, o relatório agora apresentado também revela que 10% dos trabalhadores que ganham os salários mais altos em Portugal recebem cerca de 30% do total das remunerações pagas no país.
O número, referente a 2017, é considerado importante para medir a desigualdade e coloca Portugal perto do meio da tabela entre 190 países do Mundo.

Na média mundial, segundo a OIT, metade das remunerações pagas no mundo estão concentrada em 10% dos trabalhadores.

Desigualdade mundial

Em geral, o relatório alerta que quanto maior a pobreza num país, maior é a desigualdade salarial.

Em todo o mundo, o salário médio mensal dos 10% mais ricos é de 6.623 euros e dos 10% mais pobres não ultrapassa os 19,50 euros.

O economista do Departamento de Estatística da OIT, Roger Gomis, dá mesmo um exemplo: "Os 10% mais pobres teriam que trabalhar três séculos para ganhar o mesmo que os 10% mais ricos num ano".

SOM AUDIO



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