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A campanha presidencial de 2011, que levou à reeleição de Cavaco Silva como Presidente da República, está envolta em polémica e o DCIAP está a investigar a existência de um alegado esquema de financiamento ilegal. A investigação, revelada pela Sábado, aponta o nome de dez antigos gestores de topo do banco.
O esquema, segundo a revista Sábado, que relata o caso na edição desta quinta-feira, centrava-se no famoso saco azul do grupo (ES Enterprises, sediada no Panamá), envolvendo 253.360 euros, distribuídos por 10 pessoas.
Quem foram os gestores do BES/GES que beneficiaram de um alegado esquema fraudulento que lhes permitiu recuperar os donativos individuais com que financiaram a candidatura presidencial de Cavaco Silva, em 2011?
À cabeça dos doadores suspeitos encontra-se Ricardo Salgado, o ex-banqueiro que está a ser investigado na Operação Marquês. Mas a lista conta com outros elementos da família Espírito Santo, como Manuel Fernando Espírito Santo Silva, presidente da Rioforte, o comandante António Ricciardi, pai do então administrador José Maria Ricciardi e Manuel Fernando Galvão Espírito Santo, um dos gestores do Grupo Espírito Santo.
Na lista dos financiamentos à candidatura de Cavaco Silva surgem os administradores executivos do BES à época: Rui Silveira, Joaquim Goes, António Souto, Pedro Fernandes Homem e Amílcar Morais Pires, o braço-direito de Salgado.
Segundo a Sábado, um outro financiador ligado a Salgado que passou um cheque para a campanha foi Mário Mosqueira do Amaral, acionista de referência da holding Espírito Santo Control, falecido em março de 2014.
No total, as doações do clã Espírito Santo atingiu os 253.360 euros - a receita apurada por Cavaco Silva para a campanha foi de 1,5 milhões.
Segundo a Sábado apurou, há uma coincidência perfeita de valores e datas entre os donativos dos gestores do BES e a saída posterior de dinheiro do saco azul para as suas contas pessoais.
De acordo com a lei de financiamento das campanhas, as candidaturas não podem ser financiadas por empresas ou instituições, mas apenas por cidadãos a título individual. Daí os donativos, todos no valor do limite legal, dos administradores do banco.
Na realidade, os donativos individuais terão resultado de um acordo de bastidores que iludiu a lei portuguesa, que só permite donativos até um determinado montante, sempre feitos por pessoas individuais e nunca por empresas ou outras entidades coletivas. O Ministério Público estará a investigar estas movimentações e suspeitas de financiamento ilegal da campanha.
Em Julho de 2014, com o BES a dar sinais de debilidade, Cavaco Silva apareceu publicamente a dizer que os portugueses podiam confiar no banco, separando o banco do universo privado da família.
Entre os financiadores da campanha de Cavaco Silva de 2011, contam-se empresários como Nuno Vasconcelos, o fundador da Ongoing, João Pereira Coutinho, ( 25.560 euros cada), José Guilherme (75 mil, distribuídos pela mulher e filho) e António Barroca (grupo Lena), um dos fiéis de Cavaco que contribuiu com 40 mil euros para as campanhas de 2006 e 2011.
O esquema, segundo a revista Sábado, que relata o caso na edição desta quinta-feira, centrava-se no famoso saco azul do grupo (ES Enterprises, sediada no Panamá), envolvendo 253.360 euros, distribuídos por 10 pessoas.
Quem foram os gestores do BES/GES que beneficiaram de um alegado esquema fraudulento que lhes permitiu recuperar os donativos individuais com que financiaram a candidatura presidencial de Cavaco Silva, em 2011?
À cabeça dos doadores suspeitos encontra-se Ricardo Salgado, o ex-banqueiro que está a ser investigado na Operação Marquês. Mas a lista conta com outros elementos da família Espírito Santo, como Manuel Fernando Espírito Santo Silva, presidente da Rioforte, o comandante António Ricciardi, pai do então administrador José Maria Ricciardi e Manuel Fernando Galvão Espírito Santo, um dos gestores do Grupo Espírito Santo.
Na lista dos financiamentos à candidatura de Cavaco Silva surgem os administradores executivos do BES à época: Rui Silveira, Joaquim Goes, António Souto, Pedro Fernandes Homem e Amílcar Morais Pires, o braço-direito de Salgado.
Segundo a Sábado, um outro financiador ligado a Salgado que passou um cheque para a campanha foi Mário Mosqueira do Amaral, acionista de referência da holding Espírito Santo Control, falecido em março de 2014.
Contribuição máxima
Na maioria dos casos, os donativos atingiram o valor máximo permitido por lei: 25.600 euros (60 salários mínimos). Os restantes ficaram entre os 25 mil euros e o valor máximo.No total, as doações do clã Espírito Santo atingiu os 253.360 euros - a receita apurada por Cavaco Silva para a campanha foi de 1,5 milhões.
Segundo a Sábado apurou, há uma coincidência perfeita de valores e datas entre os donativos dos gestores do BES e a saída posterior de dinheiro do saco azul para as suas contas pessoais.
De acordo com a lei de financiamento das campanhas, as candidaturas não podem ser financiadas por empresas ou instituições, mas apenas por cidadãos a título individual. Daí os donativos, todos no valor do limite legal, dos administradores do banco.
Esquema fraudulento
Os nove cheques do BES e um do Barclays registados em novembro e dezembro de 2010 nas contas da candidatura de Cavaco Silva terão configurado falsos donativos individuais, contornando a proibição de empresas de financiarem a campanha presidencial, refere a Sábado (link da revista AQUI), que noticia a abertura de uma investigação autónoma do DCIAP a este caso de financiamento de campanha..Na realidade, os donativos individuais terão resultado de um acordo de bastidores que iludiu a lei portuguesa, que só permite donativos até um determinado montante, sempre feitos por pessoas individuais e nunca por empresas ou outras entidades coletivas. O Ministério Público estará a investigar estas movimentações e suspeitas de financiamento ilegal da campanha.
Em Julho de 2014, com o BES a dar sinais de debilidade, Cavaco Silva apareceu publicamente a dizer que os portugueses podiam confiar no banco, separando o banco do universo privado da família.
Entre os financiadores da campanha de Cavaco Silva de 2011, contam-se empresários como Nuno Vasconcelos, o fundador da Ongoing, João Pereira Coutinho, ( 25.560 euros cada), José Guilherme (75 mil, distribuídos pela mulher e filho) e António Barroca (grupo Lena), um dos fiéis de Cavaco que contribuiu com 40 mil euros para as campanhas de 2006 e 2011.
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