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sábado, 6 de julho de 2019

Centeno arrasa programa de Rui Rio: "Falha ali quase tudo"


Não há "razoabilidade orçamental" no quadro macro apresentado esta semana pelo PSD, diz Centeno, que vai rever em alta a sua previsão de crescimento económico. O cuidado é para continuar: "Não havia serviços públicos melhores quando gerávamos défices"É uma entrevista muito política, a que Mário Centeno dá ao Público este sábado. Política de defesa da política do Governo, que o próprio ministro das Finanças tem conduzido a partir do Terreiro do Paço. Centeno diz que "não há nada pior que travar, acelerar,travar, acelerar" - defendendo assim que nos próximos anos a cautela tem que manter-se.

É também uma defesa política de que, apesar de tudo, o Governo tem investido nos serviços públicos. "Não havia serviços públicos melhores quando gerávamos défices", anota Mário Centeno, mesmo reconhecendo que não tem tido a necessidade ("felizmente") de usar esses serviços, por exemplo o SNS. Mas há também uma defesa dos números: garante o ministro das Finanças que a despesa de Saúde subiu nesta legislatura 13%, mais 4,6 mil milhões de euros. E que "as 35 horas não são nem de perto nem de longe a parte mais significativa desse bolo".
O ministro das Finanças admite estar a ajudar na preparação do programa eleitoral socialista. E diz que nesse documento está preparado para rever em alta a previsão de crescimento da economia este ano. Mas Centeno aproveita para fazer uma crítica violenta ao cenário macro-económico que Rui Rio, líder do PSD, apresentou esta semana como base do programa social-democrata às legislativas.
O problema não é a previsão de um crescimento do PIB de 2,7%, diz o ministro de António Costa. Já quanto à "razoabilidade orçamental, do pouco que sabemos falha ali quase tudo". "Há ali o habitual milagre do corte da despesa que levanta alguma dúvidas, em particular no que respeita aos consumos intermédios. Há uma dimensão enormíssima dessa despesa que é precisamente na Saúde. Portanto é preciso saber onde é que esses cortes são feitos. E a mesma coisa é verdade para as despesas com pessoal e prestações sociais".
Sobre a sua continuidade num próximo Governo, Centeno deixa apenas pistas. "O Mário Centeno não deixa nenhum legado, ainda tem muitos anos de vida ativa. Seja como ministro das Finanças ou não". Mas é a António Costa "que cabe anunciar o que quer que seja".



expresso.pt

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