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Marcelo admite recandidatura como “efeito colateral” de dez anos de Web Summit
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta segunda-feira que a permanência da Web Summit em Portugal por dez anos em Portugal possa ter como “efeito colateral” uma recandidatura sua nas presidenciais de 2021.
O chefe de Estado falava durante um encontro com representantes de ‘start-ups’ portuguesas que vão participar na edição deste ano desta cimeira internacional de tecnologia e inovação, a quem confidenciou que na última noite, em que se realizou a segunda volta das eleições presidenciais no Brasil, dormiu pouco.
“Não dormi muito, como é habitual. E pensei: há alguma vantagem adicional para a minha vida de ter dez anos da Web Summit em Portugal? E eu disse: bom, há algo que pode tornar-se um efeito colateral, não necessariamente muito positivo, que é ter a responsabilidade de me candidatar novamente à Presidência”, relatou Marcelo Rebelo de Sousa.
Perante dezenas de participantes portugueses na Web Summit, no antigo Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, num discurso em tom informal, em inglês, o Presidente da República acrescentou: “Não é bom ter este tipo de pressão sobre mim, para ver o resto dos anos [da Web Summit]. Não, não é boa ideia”.
Participaram também neste encontro o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o irlandês Paddy Cosgrave, cofundador da Web Summit, a quem o chefe de Estado disse que merece tornar-se português “um dia destes, sem dúvida”, o que provocou uma salva de palmas.
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