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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Bolsonaro quer dar licença para matar ao país com mais homicídios do mundo

www.tsf.pt


Uma em cada quatro mortes provocadas por armas de fogo no mundo acontece no Brasil. Para diminuir este número, o novo Presidente aposta em pôr mais armas nas mãos dos cidadãos.


Jair Bolsonaro tenciona mudar a lei das armas ainda este ano, mesmo antes da sua tomada de posse, em janeiro.

liberalização das armas vai ajudar a diminuir a violência e criminalidade , reafirmou esta segunda-feira o Presidente eleito do Brasil, em entrevista à TV Record.


Na prática, qualquer brasileiro com mais 25 anos e sem antecedentes criminais pode ter uma arma em casa, mas o Estatuto do Desarmamento no Brasil, assinado em dezembro de 2003, limita o número de pessoas que tem licença de porte de arma para além de licença de posse de arma.


Apenas militares, policias, seguranças privados e trabalhadores rurais que vivam em locais isolados e sem policiamento podem andar armados na rua.



A procura de armas aumentou nos últimos anos no Brasil, assim como as mortes violentas.


Nos últimos 14 anos, o total de registos de armas aumentou de 5.459 em 2004 para 42.387 em 2017. Segundo a Polícia Federal, há no país 646.127 armas legais nas mãos de civis - mais quase 10 milhões com a polícia e as Forças Armadas.


O Brasil encabeça o ranking mundial de homicídios causados por armas de fogo por ano - em 2017 foram 63,8 mil mortes e até agosto deste ano já se registaram mais de 43 mil, a maioria provocadas por armas ilegais.


Segundo um estudo publicado na revista científica JAMA, uma cada quatro mortes por homicídio no mundo acontece no Brasil, e no Rio de Janeiro até há uma app para saber "onde tem tiroteio" .


Os Estados Unidos, onde existem quase 400 milhões de armas - uma média de 121 por cada 100 pessoas - surgem em segundo lugar neste ranking.



No seu primeiro dia como Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro reiterou a ideia que defendeu ao longo de toda a campanha: é preciso armar os brasileiros.


O possível risco de aumentar o número de pessoas armadas é comparável, diz, ao risco de deixar todos os cidadãos conduzir.

"Se for pensar dessa maneira, tem que proibir conduzir carros no Brasil. Quem quiser ter uma arma, tem que ser responsabilizado por ela. Quem quer fazer maldade não precisa comprar uma arma no mercado. E fácil adquiri-la no mercado paralelo."


"Mais do que garantir a vida, uma arma de fogo garante a liberdade do povo", reforçou.


No seu programa eleitoral, Bolsonaro fala das armas como "instrumentos, objetos inertes, que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas". Tudo depende, escreve, "de quem as está segurando: pessoas boas ou más".
Por isso, Bolsonaro prometeu mexer no "Estatuto do Desarmamento para garantir o direito do cidadão à legitima defesa".



Apesar de a maioria dos brasileiros ter eleito Bolsonaro, a maioria dos brasileiros não está de acordo com a liberalização das armas.

Uma sondagem do Datafolha realizada entre os dias 24 e 25 de outubro concluiu que 55% dos brasileiros dizem acreditar que a posse de armas deve ser proibida por representar uma ameaça à vida de outras pessoas. Para 41%, a arma legalizada devia ser um direito do cidadão para legitima defesa. Os restantes 4% disseram não saber.
Quem está satisfeito com a ideia são os vários fabricantes de armamento que já se mostraram interessados a abrir novas fábricas no Brasil.

https://www.tsf.pt

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