Secretário-geral do PCP culpa agenda "capitalista" da UE e forças políticas da direita em Portugal pela "estagnação crónica do país".
O líder comunista afirmou que os últimos anos de Portugal são "um exemplo esclarecedor do que é o capitalismo" Lusa 0 0O secretário-geral do PCP disse hoje que a crise iniciada em 2007/2008 "continua sem fim à vista", responsabilizando a agenda "capitalista" da União Europeia e as forças políticas da direita em Portugal pela "estagnação crónica do país". "Assistimos à aceleração da integração capitalista da União Europeia que, assumindo a mesma agenda do capitalismo dominante de liberalização, privatização e financeirização da economia, de ataque aos direitos laborais e sociais, contribuiu com a conivência e iniciativa própria das forças da política de direita em Portugal, para uma acentuada fragilização e dependência do país", criticou Jerónimo de Sousa na sessão de abertura das comemorações do centenário da Revolução de Outubro, em Lisboa.
O líder comunista afirmou que os últimos anos de Portugal são "um exemplo esclarecedor do que é o capitalismo" e confirmam que "o capitalismo não tem soluções para os problemas do mundo contemporâneo". Pelo contrário, "a sua ação aprofunda todos os problemas", sublinhou, dando como exemplo os aspetos negativos para Portugal "da integração capitalista da União Europeia", em termos de "liquidação e privatização dos setores estratégicos da economia nacional" e "destruição dos principais setores produtivos nacionais".
"Uma evolução que conduziu o país à estagnação crónica e à crise que está longe de ultrapassar", disse Jerónimo de Sousa, apontando "consequências desastrosas" para Portugal, como o desemprego, precariedade, mais dívida pública, maior endividamento, das empresas e das famílias, e aumento da pobreza.
"A incapacidade para reanimar a economia está a acelerar a centralização e concentração do poder económico e político e a animar derivas securitárias e militaristas", destacou igualmente o secretário-geral do PCP.
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