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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

RTA quer que autorização para pesquisa de petróleo ao largo de Aljezur seja revogada


A Região de Turismo do Algarve considera que a autorização da prospeção de hidrocarbonetos, ao largo de Aljezur, dada pelo Governo a um consórcio integrado pela ENI/GALP «é claramente um atentado à marca Algarve e ao seu valor para a economia do país» e pede que a decisão seja revogada.

Em comunicado, a RTA «manifesta a sua firme rejeição e profundo descontentamento com a decisão, agora conhecida, de autorizar a prospeção e exploração de hidrocarbonetos».
Desidério Silva considera que «esta é uma decisão que afeta gravemente o futuro do turismo na região, pondo em causa os equilíbrios ecológicos e ambientais perante o eventual avanço de uma atividade altamente poluente e perigosa».
O presidente da RTA refere ainda que «numa região que se afirma cada vez mais ao nível do Turismo de Natureza, com uma oferta de praia que está atualmente entre as melhores do mundo, a decisão de autorizar a prospeção de hidrocarbonetos é claramente um atentado à marca Algarve e ao seu valor para a economia do país».
A RTA diz que «o setor do turismo é hoje o principal setor exportador de bens e serviços da economia portuguesa, sendo que as receitas geradas pelo turismo algarvio são responsáveis por cerca de 50% das receitas totais. É este valioso ativo que está agora em perigo e que a Região de Turismo do Algarve tudo fará para que não seja destruído».
A decisão da Administração Central é, para a RTA, «tanto mais surpreendente quando, não há muito tempo, o Governo decidiu, e bem, rescindir os contratos de prospeção e exploração de petróleo no Algarve com a Portfuel e com o consórcio Repsol/Partex. Tudo indicava então que os planos para a instalação de uma indústria altamente prejudicial ao turismo algarvio tinham sido definitivamente anulados. Pelos vistos, os cidadãos algarvios estavam enganados, tal como a generalidade dos agentes económicos que operam na região e demais entidades que se têm manifestado contra o avanço daquela indústria».
A Região de Turismo do Algarve diz esperar – e ainda acreditar – «que a decisão agora tomada possa ser rapidamente revogada. O Algarve pretende continuar a ser um destino natural que prima pela segurança, pela qualidade das suas infraestruturas e pela excelência da sua oferta, respondendo de forma cabal àquilo que são as principais motivações dos turistas que nos visitam».



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