O género humano ao adquirir uma consciência intelectual,tornou-se superior a todos os seres viventes na Terra. As civilizações mais primitivas questionavam as raízes dessa consciência, deparando-se com um mistério nunca decifrado: de onde viemos? Como surgiu o universo, a terra, o céu, a vida? O questionamento jamais foi elucidado, acompanhando a evolução das civilizações, e mesmo no seu grau mais avançando, jamais houve uma reposta concreta, a não ser as teorias, tanto científicas quanto místicas.
Os gregos antigos, assim como os povos que os cerceavam, na busca por repostas ao princípio de tudo, criaram o mito cosmogônico. A origem da vida era mais misteriosa do que a própria existência concreta. Assim, situando o Caos como princípio desordenado e solitário de tudo, engendraram a primeira divindade a habitar este nada, Gaia, a poderosa mãe Terra. Ser imortal e de importância cosmogônica, cabe a Gaia povoar o Caos, gerar incessantemente a vida, todos os seres do universo. Mãe de deuses e de monstros, não cabe a ela questionar a prole, mas dar a vida. Gaia concebe até mesmo sem a fecundação de outro ser, dentro da sua solidão no Caos gerou Urano, o Céu. Será com ele que terá as divindades primordiais do universo, dando origem à linhagem dos deuses que governarão o mundo e criarão a raça humana.
Urano, o Céu estrelado, é tão grandioso quanto Gaia, a Terra, cobrindo-a por completo. Sua função é fecundá-la, sua força é fálica, é o primeiro governante do mundo, tendo como cetro o órgão reprodutivo, como garantia do trono o sêmen fecundador. Cabe a Gaia gerar a vida, a Urano fecundá-la.
Urano e Gaia, Céu e Terra, juntos povoam o universo de seres monstruosos, como os Ciclopes, que só possuem um olho no meio da testa, os Hecatônquiros, gigantes de cem braços e cinqüenta cabeças; e ainda os Titãs, deuses primitivos, já com a forma que será transmitida quando Prometeu criar o homem.
Urano não suporta as forças violentas e ações aterradoras dos filhos. Para evitar que destruam as coisas, encerra-os no Tártaro. Gaia é a mãe de todos, não suporta ver os filhos presos. Não os culpa pela forma que têm, culpa a Urano, que a fecunda todos os minutos do dia. No embate entre Gaia e Urano, virá Cronos (Saturno), o maior dos Titãs, que incitado pela revolta da mãe, destronará o pai e será o próximo senhor dos deuses. Urano não pode morrer, pois é imortal, mas é castrado pelo filho. Sem a força fecundadora, tem a morte do seu poder. Assim, está cumprido o reinado de Urano e Gaia. O Céu e a Terra geraram a vida, os deuses, cabe a eles continuar a evolução, gerando os homens, a maior de todas as criações dos seres mitológicos.
Os gregos antigos, assim como os povos que os cerceavam, na busca por repostas ao princípio de tudo, criaram o mito cosmogônico. A origem da vida era mais misteriosa do que a própria existência concreta. Assim, situando o Caos como princípio desordenado e solitário de tudo, engendraram a primeira divindade a habitar este nada, Gaia, a poderosa mãe Terra. Ser imortal e de importância cosmogônica, cabe a Gaia povoar o Caos, gerar incessantemente a vida, todos os seres do universo. Mãe de deuses e de monstros, não cabe a ela questionar a prole, mas dar a vida. Gaia concebe até mesmo sem a fecundação de outro ser, dentro da sua solidão no Caos gerou Urano, o Céu. Será com ele que terá as divindades primordiais do universo, dando origem à linhagem dos deuses que governarão o mundo e criarão a raça humana.
Urano, o Céu estrelado, é tão grandioso quanto Gaia, a Terra, cobrindo-a por completo. Sua função é fecundá-la, sua força é fálica, é o primeiro governante do mundo, tendo como cetro o órgão reprodutivo, como garantia do trono o sêmen fecundador. Cabe a Gaia gerar a vida, a Urano fecundá-la.
Urano e Gaia, Céu e Terra, juntos povoam o universo de seres monstruosos, como os Ciclopes, que só possuem um olho no meio da testa, os Hecatônquiros, gigantes de cem braços e cinqüenta cabeças; e ainda os Titãs, deuses primitivos, já com a forma que será transmitida quando Prometeu criar o homem.
Urano não suporta as forças violentas e ações aterradoras dos filhos. Para evitar que destruam as coisas, encerra-os no Tártaro. Gaia é a mãe de todos, não suporta ver os filhos presos. Não os culpa pela forma que têm, culpa a Urano, que a fecunda todos os minutos do dia. No embate entre Gaia e Urano, virá Cronos (Saturno), o maior dos Titãs, que incitado pela revolta da mãe, destronará o pai e será o próximo senhor dos deuses. Urano não pode morrer, pois é imortal, mas é castrado pelo filho. Sem a força fecundadora, tem a morte do seu poder. Assim, está cumprido o reinado de Urano e Gaia. O Céu e a Terra geraram a vida, os deuses, cabe a eles continuar a evolução, gerando os homens, a maior de todas as criações dos seres mitológicos.
A partir do Caos Surge a Vida
No primórdio dos tempos havia o Caos, uma extensão ilimitada e desordenada, um espaço aberto em um abismo sem fundo. Antes do Caos nada existia, o princípio extinguia-se abruptamente. No meio do abismo do Caos, em determinado momento um ínfimo chão foi instaurado, surgindo Gaia, a Terra, através do mito do cosmo e da força intelectual, encerrando a desordem do nada.
Gaia trazia em si a pulsação da vida, a latência de uma natureza que não se continha sozinha. Na solidão fria do Caos, surgiu, seguido a Gaia, Eros, o amor. A partir dele, nada mais poderia caminhar sozinho.
Antes de ser atingida pela força de Eros, Gaia trazia o principio que fecundava e era fecundada por si mesma. Podia sozinha gerar a vida. No ímpeto de querer um ser tão poderoso quanto ela, concebeu Urano, o Céu estrelado, que a cobriu por inteiro. Ainda sozinha, gerou as Montanhas, o Mar, o Ponto e as Ninfas.
No meio do Caos, depois de Gaia, surgiu a Noite, ser constituído por uma treva profunda. Assim como Gaia, a Noite engendrou sozinha o Éter, a luz feita somente para iluminar os deuses; e, o Dia, claridade maior que se iria estender não somente aos imortais, como às criaturas perecíveis, entre elas os homens.
No instante em que se gerou a Noite, o Caos viu nascer o Érebo, lugar sombrio que se alojaria debaixo da Terra, constituindo a morada das sombras, das almas.
Mas Eros, o amor, força maior do que a própria madre geradora de Gaia, já não permitia que entidade alguma fecundasse solitariamente. O amor exigia dois pólos como geradores da vida: o fecundador e o fecundado. Movida pelo impulso determinador de Eros, Gaia uniu-se ao seu filho primogênito, Urano.
Urano mostrou-se um amante apaixonado. Ao lado de Gaia, tornou-se o senhor de todos os seres e deuses. Da união e do amor dos dois, nasceram seres violentos e primitivos, povoando o universo e a Terra.
O Caos, princípio de tudo, já não seria o presente ou o futuro, perdera a solidão do nada diante da vida. Antes dele não se sabe o que existia. Nunca será revelado aos deuses e aos homens. Depois de organizado, o Caos chamar-se-á Cosmos.
Gaia trazia em si a pulsação da vida, a latência de uma natureza que não se continha sozinha. Na solidão fria do Caos, surgiu, seguido a Gaia, Eros, o amor. A partir dele, nada mais poderia caminhar sozinho.
Antes de ser atingida pela força de Eros, Gaia trazia o principio que fecundava e era fecundada por si mesma. Podia sozinha gerar a vida. No ímpeto de querer um ser tão poderoso quanto ela, concebeu Urano, o Céu estrelado, que a cobriu por inteiro. Ainda sozinha, gerou as Montanhas, o Mar, o Ponto e as Ninfas.
No meio do Caos, depois de Gaia, surgiu a Noite, ser constituído por uma treva profunda. Assim como Gaia, a Noite engendrou sozinha o Éter, a luz feita somente para iluminar os deuses; e, o Dia, claridade maior que se iria estender não somente aos imortais, como às criaturas perecíveis, entre elas os homens.
No instante em que se gerou a Noite, o Caos viu nascer o Érebo, lugar sombrio que se alojaria debaixo da Terra, constituindo a morada das sombras, das almas.
Mas Eros, o amor, força maior do que a própria madre geradora de Gaia, já não permitia que entidade alguma fecundasse solitariamente. O amor exigia dois pólos como geradores da vida: o fecundador e o fecundado. Movida pelo impulso determinador de Eros, Gaia uniu-se ao seu filho primogênito, Urano.
Urano mostrou-se um amante apaixonado. Ao lado de Gaia, tornou-se o senhor de todos os seres e deuses. Da união e do amor dos dois, nasceram seres violentos e primitivos, povoando o universo e a Terra.
O Caos, princípio de tudo, já não seria o presente ou o futuro, perdera a solidão do nada diante da vida. Antes dele não se sabe o que existia. Nunca será revelado aos deuses e aos homens. Depois de organizado, o Caos chamar-se-á Cosmos.
Gaia e Urano, Cultos e Representações
A primeira geração dos seres imortais da mitologia foi classificada como divindades primordiais. Com a evolução da civilização grega, tais divindades perderam o sentido religioso, adquirindo apenas uma importância cosmogônica, ou seja, para justificar a origem do universo, dos deuses e dos homens. São seres unicamente mitológicos, sem que se ergam templos, ou que sejam cultuados.
Eros, o amor, a segunda força primordial a existir, muitas vezes assume a existência como uma segunda geração de deuses, o que lhe retira apenas a alusão mitológica, sendo considerado filho de Afrodite (Vênus), a deusa do amor, inserido assim no seu séquito e recebendo o seu culto.
Gaia é, talvez, a única divindade primordial que recebeu culto dos gregos antigos. É a deusa mãe, difundida ou assimilada em todas as religiões politeístas. Se no monoteísmo Deus é onipotente, deidade absoluta, criador através da sua força divina, sem a conotação de gênero masculino ou feminino, no politeísmo a força geradora é feminina. Todo ser vem da preparação do ventre da mulher, portanto uma deusa trará a madre procriadora, concebendo a vida. Gaia é a Terra, o planeta da vida, tudo passa a existir a partir dela. É o símbolo da fecundidade universal. Faz parte dos deuses primordiais que constituem a ordem material, a força indomável do universo, causando o desequilíbrio divino, impedindo-o de chegar aos homens. Zeus (Júpiter), será quem constituíra a ordem espiritual, governando Céu e Terra com a ajuda dos deuses do Olimpo.
Tidos como geradores da ordem material e não espiritual, os deuses primitivos não carecem de cultos ou adoração. Gaia é diferente, é a deusa mãe. Nos primórdios da civilização grega, recebia cultos em Patras, onde lhe era atribuído o dom de poder curar todas as doenças. Também a cidade de Delfos lhe atribuiu um templo. Com o decorrer da civilização grega, Gaia perde espaço para os deuses filosóficos, os olímpicos que se assemelham mais ao homem, não só fisicamente, como na personalidade de cada divindade. Delfos substituiu a adoração a Gaia pela de Apolo, o deus da luz. Nas outras partes da Grécia, Gaia vai tendo o mito confundido com o de Afrodite e o de Hera (Juno), a esposa de Zeus e rainha do Olimpo, deusa da família.
As representações artísticas de Gaia na arte grega são ínfimas. Normalmente é figurada como uma mulher enorme, assim como o é o planeta Terra; com os seios fartos, para amamentar todos os filhos. É a própria concepção materna que jamais se perde.
Urano, por sua vez, é um ser mitológico, sem a conotação do culto. Pai de todos, é o maior representante da ordem material. Será destronado pelo filho Cronos, que também não trará a ordem espiritual ao mundo. Urano é o pai que fecunda, mas não o pai que ama os filhos. Questiona sempre a prole, as suas ações devastadoras. Limita-se a prendê-los no Érebo. Nas artes, Urano tem poucas representações, permanecendo o estigma procriador, sendo figurado com os órgãos genitais desproporcionalmente grandes diante do resto do corpo. Assim, Gaia e Urano, trazem como símbolos principais os seios fartos e falo gigante, respectivamente, demonstrando que o Céu tem como função básica fecundar a Terra, reproduzindo a vida pululante do mundo.
Eros, o amor, a segunda força primordial a existir, muitas vezes assume a existência como uma segunda geração de deuses, o que lhe retira apenas a alusão mitológica, sendo considerado filho de Afrodite (Vênus), a deusa do amor, inserido assim no seu séquito e recebendo o seu culto.
Gaia é, talvez, a única divindade primordial que recebeu culto dos gregos antigos. É a deusa mãe, difundida ou assimilada em todas as religiões politeístas. Se no monoteísmo Deus é onipotente, deidade absoluta, criador através da sua força divina, sem a conotação de gênero masculino ou feminino, no politeísmo a força geradora é feminina. Todo ser vem da preparação do ventre da mulher, portanto uma deusa trará a madre procriadora, concebendo a vida. Gaia é a Terra, o planeta da vida, tudo passa a existir a partir dela. É o símbolo da fecundidade universal. Faz parte dos deuses primordiais que constituem a ordem material, a força indomável do universo, causando o desequilíbrio divino, impedindo-o de chegar aos homens. Zeus (Júpiter), será quem constituíra a ordem espiritual, governando Céu e Terra com a ajuda dos deuses do Olimpo.
Tidos como geradores da ordem material e não espiritual, os deuses primitivos não carecem de cultos ou adoração. Gaia é diferente, é a deusa mãe. Nos primórdios da civilização grega, recebia cultos em Patras, onde lhe era atribuído o dom de poder curar todas as doenças. Também a cidade de Delfos lhe atribuiu um templo. Com o decorrer da civilização grega, Gaia perde espaço para os deuses filosóficos, os olímpicos que se assemelham mais ao homem, não só fisicamente, como na personalidade de cada divindade. Delfos substituiu a adoração a Gaia pela de Apolo, o deus da luz. Nas outras partes da Grécia, Gaia vai tendo o mito confundido com o de Afrodite e o de Hera (Juno), a esposa de Zeus e rainha do Olimpo, deusa da família.
As representações artísticas de Gaia na arte grega são ínfimas. Normalmente é figurada como uma mulher enorme, assim como o é o planeta Terra; com os seios fartos, para amamentar todos os filhos. É a própria concepção materna que jamais se perde.
Urano, por sua vez, é um ser mitológico, sem a conotação do culto. Pai de todos, é o maior representante da ordem material. Será destronado pelo filho Cronos, que também não trará a ordem espiritual ao mundo. Urano é o pai que fecunda, mas não o pai que ama os filhos. Questiona sempre a prole, as suas ações devastadoras. Limita-se a prendê-los no Érebo. Nas artes, Urano tem poucas representações, permanecendo o estigma procriador, sendo figurado com os órgãos genitais desproporcionalmente grandes diante do resto do corpo. Assim, Gaia e Urano, trazem como símbolos principais os seios fartos e falo gigante, respectivamente, demonstrando que o Céu tem como função básica fecundar a Terra, reproduzindo a vida pululante do mundo.
Urano Aprisiona os Filhos
Ao perder a capacidade de gerar os filhos sozinha, Gaia submete-se à força universal de Eros, o deus do amor, que estabelece o princípio de dois corpos, tanto aos imortais como aos mortais, para que se faça a fusão que resultará na vida.
Gaia une-se ao seu primeiro filho, Urano. Envolvida por Eros, sente pelo marido a paixão dos grandes amantes, no que é correspondida na plenitude. Juntos, Gaia e Urano irão governar os imortais, as forças da natureza, constituindo a primeira dinastia dos deuses.
O reinado de Urano é marcado pela violência das forças naturais dos seus filhos. Do amor entre Gaia e Urano nascerão primeiro os doze filhos mais poderosos, sendo seis homens, os Titãs: Hipérion, Iápeto, Cronos, Crio, Ceo e Oceano; e, seis mulheres, as Titânias: Mnemósine, Tétis, Réia (Cibele), Têmis, Febe e Téia. Os Titãs constituem um caráter violento, proporcionando ao mundo imortal o desequilíbrio e a desordem.
As proles seguintes de Urano e Gaia são compostas pelos Ciclopes, seres gigantes, que possuem apenas um olho no meio da testa; e, os Hecatônquiros, criaturas monstruosas, possuidoras de cem braços e cinqüentas cabeças. São seres indomáveis, fazendo parte da primeira geração evolutiva dos deuses. São responsáveis pelas forças catastróficas da natureza, fazendo os vulcões entrarem em erupção, os terremotos abalarem a Terra, as tempestades e os furacões assolarem os campos e os mares, provocando todos os cataclismos que transformam a face do planeta desordenadamente, preparando-o para a evolução da vida e para o surgimento do próprio homem.
Urano é o pai e o irmão desses seres. O sentimento paterno é menor do que o fraterno. Não consegue aceitar a força devastadora dos filhos sobre a Gaia, a Terra. Urano não suporta os Titãs. Odeia ainda mais os Ciclopes e os Hecatônquiros. Revolta-se contra a violência destruidora da sua prole. Na sua revolta de pai, decide que não verá mais a face dos filhos rebeldes, encerrando-os para sempre no Tártaro, a parte subterrânea do Érebo.
Gaia, a mãe Terra, que a tudo suporta, sofre com a reclusão dos filhos no subterrâneo do seu ventre. Ela é a mãe natureza, não podendo impedir os fenômenos naturais provocados pelos filhos na construção da vida. Urano não suporta os filhos, mas não deixa de gerá-los. Impõe a Gaia uma fecundidade contínua. Desde que se unira a Urano, a deusa jamais deixou de ver o seu ventre crescer, não parando de gerar um só dia.
O que lhe causava mais dor do que o parto, era ver os filhos arrancados do seu convívio e aprisionados no Érebo. O coração de Gaia encheu-se de mágoa, transformando o amor que sentia por Urano em ódio. Já não suportava mais ser fecundada por ele.
Gaia une-se ao seu primeiro filho, Urano. Envolvida por Eros, sente pelo marido a paixão dos grandes amantes, no que é correspondida na plenitude. Juntos, Gaia e Urano irão governar os imortais, as forças da natureza, constituindo a primeira dinastia dos deuses.
O reinado de Urano é marcado pela violência das forças naturais dos seus filhos. Do amor entre Gaia e Urano nascerão primeiro os doze filhos mais poderosos, sendo seis homens, os Titãs: Hipérion, Iápeto, Cronos, Crio, Ceo e Oceano; e, seis mulheres, as Titânias: Mnemósine, Tétis, Réia (Cibele), Têmis, Febe e Téia. Os Titãs constituem um caráter violento, proporcionando ao mundo imortal o desequilíbrio e a desordem.
As proles seguintes de Urano e Gaia são compostas pelos Ciclopes, seres gigantes, que possuem apenas um olho no meio da testa; e, os Hecatônquiros, criaturas monstruosas, possuidoras de cem braços e cinqüentas cabeças. São seres indomáveis, fazendo parte da primeira geração evolutiva dos deuses. São responsáveis pelas forças catastróficas da natureza, fazendo os vulcões entrarem em erupção, os terremotos abalarem a Terra, as tempestades e os furacões assolarem os campos e os mares, provocando todos os cataclismos que transformam a face do planeta desordenadamente, preparando-o para a evolução da vida e para o surgimento do próprio homem.
Urano é o pai e o irmão desses seres. O sentimento paterno é menor do que o fraterno. Não consegue aceitar a força devastadora dos filhos sobre a Gaia, a Terra. Urano não suporta os Titãs. Odeia ainda mais os Ciclopes e os Hecatônquiros. Revolta-se contra a violência destruidora da sua prole. Na sua revolta de pai, decide que não verá mais a face dos filhos rebeldes, encerrando-os para sempre no Tártaro, a parte subterrânea do Érebo.
Gaia, a mãe Terra, que a tudo suporta, sofre com a reclusão dos filhos no subterrâneo do seu ventre. Ela é a mãe natureza, não podendo impedir os fenômenos naturais provocados pelos filhos na construção da vida. Urano não suporta os filhos, mas não deixa de gerá-los. Impõe a Gaia uma fecundidade contínua. Desde que se unira a Urano, a deusa jamais deixou de ver o seu ventre crescer, não parando de gerar um só dia.
O que lhe causava mais dor do que o parto, era ver os filhos arrancados do seu convívio e aprisionados no Érebo. O coração de Gaia encheu-se de mágoa, transformando o amor que sentia por Urano em ódio. Já não suportava mais ser fecundada por ele.
Cronos Destrona Urano
Gaia revolta-se contra Urano. À revelia do marido, decide libertar os Titãs. Reúne os filhos e ordena-os que destronem o pai. Mas os Titãs se recusam a obedecer à mãe, com exceção de Cronos, o deus do tempo, que não se conformava com o sofrimento da mãe diante da fecundação continua de Urano.
Juntos, Gaia e Cronos urdem um plano para destronar Urano. A deusa mãe afia uma foice que há muito talhara, entregando-a ao filho. Na mitologia grega, a foice é o símbolo da morte, é através dela que se ceifa a vida; ambiguamente é também o símbolo da colheita, da esperança vinda dos grãos da natureza. Será com a foice afiada por Gaia que Cronos destronará o pai.
Num embate final entre Cronos, o deus do Tempo, e Urano, o Céu estrelado, a hierarquia dos deuses terá um novo líder, iniciando um novo reinado. Urano, em seu princípio insaciável pela fecundação, sente o falo procriador crescido. Imediatamente aproxima-se de Gaia, na intenção de possuí-la e gerar um novo filho. Mas Cronos, preparado pela mãe, espreita e aguarda aquele momento fatídico. O deus do tempo atira-se sobre o pai, lutando ferozmente com ele, subjugando-o. Num gesto ligeiro e certeiro, atravessa os testículos cheios do pai, cortando-os com a foice. No chão, Urano sangra intensamente, contorcendo-se de dor. Agarrando-se ao desespero da perda da viriliade, o deus solta um grito ensurdecedor, que ecoa pelos quatro cantos do mundo.
Cronos segura os testículos do pai. Estava concretizado o fim do seu reinado. Urano é imortal, não pode ser morto. O seu reinado é constituído pelo princípio da fecundação. Extirpar-lhe os testículos é usurpar-lhe o poder, condená-lo à morte divina. Declarar o fim do seu reinado. Era a vez de de Cronos fazer ecoar o seu grito de vitória, para que todas as criaturas imortais saibam. Em seguida, atira os testículos do pai pelo espaço. Era o novo rei dos deuses.
Em um último momento de fertilidade absoluta, o sangue de Urano escorre sobre a terra, mais uma vez fecundando a natureza. Do sangue do deus derramado sobre a terra, nasce as Melíadas, ninfas dos carvalhos; os Gigantes, seres de grande força e altura; e, as Erínias, divindades vingadoras dos crimes, inclusive o que cometera Cronos contra o pai. Mas o deus do tempo é o novo senhor dos deuses. As Erínias nada fazem contra ele.
Os testículos de Urano vão parar no mar. Os órgãos extirpados carregam a última quantidade de sêmen do deus, que expelidos nas águas, formam uma espuma branca, dela emergindo Afrodite, a deusa do amor e da beleza.
Juntos, Gaia e Cronos urdem um plano para destronar Urano. A deusa mãe afia uma foice que há muito talhara, entregando-a ao filho. Na mitologia grega, a foice é o símbolo da morte, é através dela que se ceifa a vida; ambiguamente é também o símbolo da colheita, da esperança vinda dos grãos da natureza. Será com a foice afiada por Gaia que Cronos destronará o pai.
Num embate final entre Cronos, o deus do Tempo, e Urano, o Céu estrelado, a hierarquia dos deuses terá um novo líder, iniciando um novo reinado. Urano, em seu princípio insaciável pela fecundação, sente o falo procriador crescido. Imediatamente aproxima-se de Gaia, na intenção de possuí-la e gerar um novo filho. Mas Cronos, preparado pela mãe, espreita e aguarda aquele momento fatídico. O deus do tempo atira-se sobre o pai, lutando ferozmente com ele, subjugando-o. Num gesto ligeiro e certeiro, atravessa os testículos cheios do pai, cortando-os com a foice. No chão, Urano sangra intensamente, contorcendo-se de dor. Agarrando-se ao desespero da perda da viriliade, o deus solta um grito ensurdecedor, que ecoa pelos quatro cantos do mundo.
Cronos segura os testículos do pai. Estava concretizado o fim do seu reinado. Urano é imortal, não pode ser morto. O seu reinado é constituído pelo princípio da fecundação. Extirpar-lhe os testículos é usurpar-lhe o poder, condená-lo à morte divina. Declarar o fim do seu reinado. Era a vez de de Cronos fazer ecoar o seu grito de vitória, para que todas as criaturas imortais saibam. Em seguida, atira os testículos do pai pelo espaço. Era o novo rei dos deuses.
Em um último momento de fertilidade absoluta, o sangue de Urano escorre sobre a terra, mais uma vez fecundando a natureza. Do sangue do deus derramado sobre a terra, nasce as Melíadas, ninfas dos carvalhos; os Gigantes, seres de grande força e altura; e, as Erínias, divindades vingadoras dos crimes, inclusive o que cometera Cronos contra o pai. Mas o deus do tempo é o novo senhor dos deuses. As Erínias nada fazem contra ele.
Os testículos de Urano vão parar no mar. Os órgãos extirpados carregam a última quantidade de sêmen do deus, que expelidos nas águas, formam uma espuma branca, dela emergindo Afrodite, a deusa do amor e da beleza.
Os Mitos de Gaia e Urano na Evolução do Culto Grego
A ascensão de Cronos ao poder não trará para Gaia o objetivo que planejara. Tão logo sobe ao poder, o filho liberta somente os Titãs e as Titânias, deixando permanecer os Ciclopes e os Hecatônquiros no Tártaro.
A traição de Cronos faz com que Gaia se revolte contra ele. Será ela quem ajudará a Titânia Réia, mulher de Cronos, a salvar o filho Zeus (Júpiter), de ser devorado pelo pai. Zeus será quem destronará Cronos e libertará definitivamente os Ciclopes e os Hecatônquiros. Mas Gaia jamais verá todos os filhos em liberdade. Estabelecido o reinado de Zeus, ela verá os filhos Titãs e os Gigantes derrotados e confinados no Tártaro.
Além de gerar filhos sozinha e com Urano, Gaia, divindade símbolo da fecundação, teve filhos com outras entidades. Com o Mar gerou Nereu, Taumante, Fórcis, Ceto e Euríbia. Com o Tártaro engendrou Equidna, e segundo algumas versões da lenda, o monstro Tifão. Outros monstros são tidos como filhos de Gaia por variantes das lendas do mito, sendo eles Pitão, Caribde, Anteu e Fama.
O mito de Urano está intimamente ligado ao de Gaia. É através dela que ele gerará a prole da qual irá nascer os deuses do Olimpo, e o próprio homem. Não lhe cabe a organização espiritual do universo, mas sim a sua formação material. O seu reinado é turbulento, responsável pelo surgimento das forças primitivas do planeta. Caberá aos olímpicos a implantação da ordem, e, da essência espiritual.
Gaia, a força da fecundidade, é considerada a mãe do universo e de todos os deuses. Nos primórdios da formação do povo grego, era tida como inspiradora dos oráculos. Com tempo, deixou de ser divindade cultuada, para ser apenas mitológica dentro do politeísmo grego, passando a ser a explicação para a origem do universo. Foi perdendo espaço para outras deusas, mais elaboradas e mais próximas da personalidade humana. Assim, Afrodite, a deusa do amor, passou a representar também a fecundidade. Réia, mãe de Zeus, tomou para si o título de mãe do senhor dos deuses, sendo por este motivo mais venerada. Deméter (Ceres), passou a ser a deusa que fecunda os campos e proporciona o alimento e as colheitas aos homens. Finalmente Hera, a ciumenta esposa de Zeus, tornou-se a deusa protetora da família e dos lares. Gaia, aos poucos, ficou somente com a função de revelar aos homens a origem divina de todas as coisas e da vida.
A traição de Cronos faz com que Gaia se revolte contra ele. Será ela quem ajudará a Titânia Réia, mulher de Cronos, a salvar o filho Zeus (Júpiter), de ser devorado pelo pai. Zeus será quem destronará Cronos e libertará definitivamente os Ciclopes e os Hecatônquiros. Mas Gaia jamais verá todos os filhos em liberdade. Estabelecido o reinado de Zeus, ela verá os filhos Titãs e os Gigantes derrotados e confinados no Tártaro.
Além de gerar filhos sozinha e com Urano, Gaia, divindade símbolo da fecundação, teve filhos com outras entidades. Com o Mar gerou Nereu, Taumante, Fórcis, Ceto e Euríbia. Com o Tártaro engendrou Equidna, e segundo algumas versões da lenda, o monstro Tifão. Outros monstros são tidos como filhos de Gaia por variantes das lendas do mito, sendo eles Pitão, Caribde, Anteu e Fama.
O mito de Urano está intimamente ligado ao de Gaia. É através dela que ele gerará a prole da qual irá nascer os deuses do Olimpo, e o próprio homem. Não lhe cabe a organização espiritual do universo, mas sim a sua formação material. O seu reinado é turbulento, responsável pelo surgimento das forças primitivas do planeta. Caberá aos olímpicos a implantação da ordem, e, da essência espiritual.
Gaia, a força da fecundidade, é considerada a mãe do universo e de todos os deuses. Nos primórdios da formação do povo grego, era tida como inspiradora dos oráculos. Com tempo, deixou de ser divindade cultuada, para ser apenas mitológica dentro do politeísmo grego, passando a ser a explicação para a origem do universo. Foi perdendo espaço para outras deusas, mais elaboradas e mais próximas da personalidade humana. Assim, Afrodite, a deusa do amor, passou a representar também a fecundidade. Réia, mãe de Zeus, tomou para si o título de mãe do senhor dos deuses, sendo por este motivo mais venerada. Deméter (Ceres), passou a ser a deusa que fecunda os campos e proporciona o alimento e as colheitas aos homens. Finalmente Hera, a ciumenta esposa de Zeus, tornou-se a deusa protetora da família e dos lares. Gaia, aos poucos, ficou somente com a função de revelar aos homens a origem divina de todas as coisas e da vida.
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